Blog do Jornal Dois Irmãos


22 de jan. de 2015

Abandono e maus tratos de animais revoltam voluntárias da associação


Final de ano é época de férias e as famílias se programam para viajar. Consequentemente, é a época em que cresce o número de cães abandonados.

De acordo com a presidente da Associação Amigos dos Animais de Dois Irmãos, desde dezembro é possível afirmar que cresceu cerca de 50% o abandono de cães e gatos no município. “Muitos não querem levar e não tem com quem deixar seus animais durante as férias, e acabam os abandonando”, lamenta Marli, destacando que, na maioria das vezes, os animais são abandonados no bairro Travessão. “Quem abandona os cães não são os moradores de lá. São pessoas de outros bairros que levam até lá e soltam”, afirma ela, indignada.

120 CÃES ABANDONADOS

A voluntária da associação Dulce Lottermann, lamenta a situação e ressalta a responsabilidade dos donos. “Se querem viajar, ou vão se mudar para um local onde não são permitidos animais, eles devem se comprometer a encontrar um novo lar para eles”, diz ela, lamentando a falta de espaço para abrigar novos cães e gatos. “Nós não temos mais espaço. Damos prioridade para filhotes, cadelas grávidas e animais doentes, mas mesmo assim, está muito difícil. Hoje, temos 70 cães no canil e cerca de 50 abrigados em casas de famílias, estamos superlotados e ajudando como podemos. Alguns cães estão sendo tratados na rua”, acrescenta ela.

CASOS DE MAUS TRATOS

Os maus tratos também seguem preocupando a entidade. Nesta semana, um cão foi recolhido na rua Albano Hansen, no bairro Travessão, após a denúncia de moradores. “Recolhemos ele perto da escola. Ele tem câncer e estava muito machucado, com ferimentos horríveis. Temos certeza de que ele tinha dono”, lamenta Marli.
Outro caso de maus tratos foi denunciado por moradores da Av. 25 de Julho. “Fomos até lá na segunda-feira. O cãozinho é um filhote e está amarrado, assim como outros dois cães da família. O pote estava sujo e a comida já cheirava mal. Conversamos com a família e pedimos que dessem atenção e cuidassem dos cães. Porém, já recebemos novas denúncias de que a situação segue a mesma e algo precisa e será feito”, afirma ela.
Segundo Marli, essa mesma família já tinha adotado um cão na associação, que fugiu um tempo depois. “Eles nem se quer me disseram que ela fugiu. A encontramos e devolvemos. Depois, ela fugiu de novo e aconteceu a mesma coisa, ninguém veio atrás. Encontramos ela de novo e hoje ela está na associação”, diz ela. “Se não tem pátio fechado e não tem o mínimo de segurança e condição de cuidar, que não peguem os animais”, conclui.

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