Blog do Jornal Dois Irmãos


8 de abr. de 2015

Saladas e frutas não podem faltar

Segundo pesquisa revelada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014), apenas 24,1% dos brasileiros têm o hábito de consumir frutas e hortaliças em cinco ou mais dias da semana, na quantidade de pelo menos 400 gramas diários. O consumo é menor entre os homens (19,3%) e maior entre as mulheres (28,2%). Isso representa apenas um em cada quatro brasileiros que consome a quantidade de frutas e hortaliças recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pesquisa, feita pelo Ministério da Saúde nas 27 capitais brasileiras, mostra ainda que 29,4% dos entrevistados consomem carne com excesso de gordura. O índice era de 32,3% em 2007.
Novamente, os homens têm hábitos menos saudáveis: 38,4% consomem essa carne, número que cai para 21,7% entre as mulheres. O levantamento revelou que o consumo de refrigerante caiu 20% nos últimos seis anos. Ao todo, 20,8% dos entrevistados dizem tomar refrigerante cinco vezes ou mais por semana. Os homens são, outra vez, quem mais consome o produto: 23,9% contra 18,2% das mulheres. O feijão é consumido cinco ou mais dias na semana por 66% dos brasileiros. Entre os homens, o índice é de 73%. Entre as mulheres, de 61%. Outras informações da pesquisa, relativas aos hábitos dos brasileiros, deverão sair ainda este mês.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, lembrou que as doenças infectocontagiosas não são mais a principal causa de mortes no Brasil, e sim as crônico-degenerativas, responsáveis por dois terços dos óbitos registrados no país. Essas doenças, disse o ministro, têm fortíssima ligação com a alimentação saudável. “Saímos de uma situação vexatória de desnutrição infantil para a situação oposta. Hoje um terço das crianças brasileiras tem sobrepeso, obesidade”, afirmou.


Projeto Global de olho na alimentação das crianças

No Projeto Global de Dois Irmãos, durante a Oficina de Culinária, a criançada recebe boas orientações para manter uma alimentação saudável e não fazer cara feia nem torcer o nariz na hora de comer frutas e verduras. Coordenada pela professora Lea Henrichsen, a oficina tem como principal objetivo fazer com que os alunos criem consciência do quanto a alimentação industrializada é prejudicial à saúde. Durante as aulas, as crianças também estudam a origem dos alimentos e vitaminas e acompanham a preparação das refeições.
“É um trabalho de formiguinha, em que os resultados são construídos aos poucos. Já tivemos casos de crianças que não comiam sequer um pedaço de verdura ou fruta, mas a alimentação saudável é uma questão de hábito, e aos poucos isso foi mudando. É trabalhoso, mas dá gosto de ver o prato deles se enchendo de cores com o passar do tempo”, comenta Lea. Ela reconhece, no entanto, que algumas crianças têm resistência maior em mudar seus hábitos alimentares. “E quanto antes isso for trabalhado, melhor. Hoje vejo as crianças se cobrando entre si quando o colega não está comendo as verduras ou as frutas, e isso é muito gratificante. Um apelo que faço aos pais é que tomem muito cuidado com os alimentos industrializados, pois eles fazem muito mal para a alimentação de qualquer pessoa. Tire um tempo e prepare as refeições com seus filhos do lado”, acrescenta a professora.

A garotada aprova a iniciativa. “Estou na oficina há quatro anos. Eu já gostava de comer frutas e verduras antes, mas aprendi a gostar de mais variedades depois das aulas da professora Lea, como por exemplo mamão e laranja. Estes alimentos são muito importantes para nossa saúde, além de fortalecer nossos ossos”, diz Cristina Eduarda de Souza Arend, 9 anos.

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