Blog do Jornal Dois Irmãos


10 de jul. de 2015

Artidor Lemes da Rosa, um colorado 100%


Que a fase do Internacional não é boa, não é mesmo. Mas colorado que é colorado ainda acredita. Não no Brasileirão. Na Libertadores. E eu fui em busca de positividade, pra ver se traz um pouquinho de sorte para a próxima quarta-feira, quando o Inter entra em campo contra o Tigres pela Libertadores da América, às 22h, no estádio Beira Rio. E eu achei o cara certo, o seu Artidor Lemes da Rosa, de 74 anos, mais conhecido como “Colorado”. Natural de Chapecó, ele mora há 27 anos em Dois Irmãos. Lá no bairro onde mora, no São João, se falar em Artidor pouca gente conhece, mas se falar do Colorado, eles logo sabem quem é.
Colorado desde pequeno, de apelido e de coração, ele é um fiel torcedor do Inter e colecionador nato de posterês, canecos, camisetas, bandeiras, toalhas de banho, chapéus, bonés, calções, casacos, cuia, térmica, enfeites de estante, copos, enfim, uma infinidade de coisas do time. Tem Carteira de Habilitação do Torcedor, recorte de matérias sobre o Inter e milhares de recortes de símbolos do “Campeão de Tudo”, como ele faz questão de falar. “O dono do mundo é Deus, e depois vem o Inter, que é campeão de tudo”, brinca ele, lembrando que a maior emoção como colorado foi ver o time do coração vencer o Mundial de Clubes, em 2006. “Tenho uma memória ótima. Aposto que tu não lembra assim de cabeça o dia que o Inter ficou campeão do Mundo, e a hora que começou o jogo”, me desafiou. Disparei: “16 de dezembro, 12h”. Errou. “Mas eu sei. Dia 17 de dezembro, 8h45”, diz ele, aos risos. “Não assisti os primeiros 30 minutos do jogo, porque estava muito nervoso, mas depois acompanhei tudo. Foi a minha maior emoção como colorado. Ganhar do Barcelona e com um gol do Gabirú ainda. O Fernandão também foi um touro na final”, lembra ele, sorrindo, e lembrando do seu maior ídolo. “Ele, o Guiñazú e o Índio são jogadores que eu gostava muito”, completa. 
Sobre a fase que o time vive, o Colorado mostra muito otimismo. “Jogar por bolacha não tem graça”, diz ele, se referindo às derrotas no Brasileirão. “Nós estamos mais ou menos, e isso pra mim, já passa de bom”, diz ele, aos risos. Para o jogo de quarta-feira, o fanático colorado já arrisca um palpite. “3 a 1 está bom. Melhor que isso é luxo”, finaliza ele, acreditando no time. 
E ele avisa: “Para morar aqui comigo, só sendo do Inter”. Se bem que, o aviso já está bem claro lá na rua, onde o seu Colorado pintou “INTER”, bem grande, pra não ter erro!

(Texto: Thaís Lauck)

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