
De acordo com Ernani Galvão, médico atuante em Dois Irmãos e presidente do Sindicato dos Médicos de Novo Hamburgo, a categoria reivindica também mais recursos para a área de saúde e um plano de carreira que ofereça incentivos para a fixação de profissionais em pequenas cidades do interior. “Sem dúvida, a falta de estrutura na área da saúde é uma das nossas maiores reivindicações. Temos diversos serviços de saúde abertos, mas com falhas, deficiências. Preferem colocar mais médicos do que estrutura para trabalhar”, destaca o presidente.
Ainda segundo ele, os serviços de urgência e emergências serão mantidos. “Pessoas em risco de vida devem ser atendidas”, ressalta o profissional de saúde, destacando que 100% da categoria foi chamada a participar da paralisação, mas 50% permanece no trabalho. “Vamos organizar diversos mutirões de saúde, medindo pressão, fazendo testes de glicose, fazendo encaminhamentos e marcando consultas. Também vamos ter a oportunidade de conversar com as pessoas”, diz ele, destacando locais onde serão realizados os mutirões, como postos de saúde, prefeituras e hospitais. “Em Dois Irmãos, a ideia é fazer mutirões no Posto 24h e no Hospital São José”, completa. Os mutirões ainda não foram confirmados em Dois Irmãos.
De acordo com o secretário de Saúde, Jerri Meneghetti, as consultas que não puderem ser realizadas amanhã e quarta, se houver de fato os mutirões, serão remanejadas pela Secretaria Municipal de Saúde.
“Problema é a falta de estrutura”, diz pediatra

Outro ponto ressaltado pelo médico é o tratamento ao qual muitos profissionais acabam sendo expostos em hospitais públicos. “A comunidade se revolta e com razão. Porém, muitas vezes, acabam atacando os médicos e outros profissionais da saúde injustamente, sendo que esses não são os culpados pelo que está acontecendo”, afirmou o médico.
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