A fiel companheira de Alexander foi adquirida em um leilão no seu país. “Essa Vespa era dos Correios na Alemanha. Comprei em um leilão e hoje é minha relíquia”, diz ele, em um português ainda meio atravessado, mas apoiado pelo dois-irmonense Jonas Knorst, da Confraria Vespa Motor Club, de Dois Irmãos. A Vespa foi quase transformada em uma obra de arte bem irreverente, diga-se de passagem, e chama a atenção por onde passa. O GPS é um mapa. O suporte dos espelhos foi feito com coco - onde Alexander explorou sua arte de marcenaria, profissão em que atua na Alemanha. Na parte da frente, imagens de bandeiras de países como Estados Unidos, Canadá, El Salvador, Honduras, Colômbia, Equador, Bolívia, México, Guatemala, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Peru, Paraguai, Argentina e Brasil, e também um mapa desenhado por ele, indicam os lugares por qual passou.
O marceneiro chegou há cerca de um mês ao Brasil e destacou a receptividade do povo nos estados por onde passou, como Rio de Janeiro e São Paulo, além do Sul, é claro. “Fui muito bem recebido pelos clubes de Vespa. Uma das coisas que mais me impressionou foi o fato de ter clubes espalhados por todo o país. No Rio Grande do Sul, em especial, fui muito bem recebido”, diz ele, destacando também a receptividade do clube de Dois Irmãos. O alemão chegou à cidade na última sexta-feira, acompanhado pelos vespeiros daqui, que o buscaram em Caxias do Sul. “É sempre um prazer receber pessoas como ele. Não precisamos conhecer. Só o fato de gostar de vespas já preenche todos os outros pré-requisitos”, destaca Ricardo Finkler, também integrante do Confraria Vespa Motor Club.
Esta foi a segunda grande aventura de Alexander. Antes, ele percorreu 70 mil km pela Europa.
Agora, seu próximo destino será o Uruguai.
