Blog do Jornal Dois Irmãos


6 de ago. de 2014

Primeira audiência do caso do pai que atropelou e matou filha é nesta quinta


O dia 5 de agosto de 2013 ficou marcado por tragédia na rua Rio de Janeiro, no bairro São João. Um pai atropelou a ex-sogra e as duas filhas gêmeas. Uma das meninas morreu. Ele fugiu do local e na manhã do dia seguinte foi preso pela Polícia Civil. O fato completou exatamente um ano nesta terça-feira e a primeira audiência do caso será nesta quinta, dia 7, a partir das 14h, no Fórum de Dois Irmãos. Desde o dia 6 de agosto do ano passado, o acusado Orides Back, de 31 anos, está recolhido no Presídio Central de Porto Alegre.


A primeira audiência contará com a presença do acusado, três testemunhas e uma vítima, acusação e defesa. A acusação será feita pelo Promotor de Justiça Wilson Grezzana. “O que se quer é que a vítima e as testemunhas possam confirmar as versões que prestaram na ocasião do inquérito policial. A avó, que relate como vinha caminhando e qual o ritual que faziam, como por exemplo, os horários, para saber que ele tinha conhecimento desse ritual na prática. A mãe, que relate a separação, o desejo do acusado de reatar, as ameaças sofridas por ela, nas quais ele ameaçava tirar o que ela mais amava. Que ela relate em que condições, o que foi que ele disse”, destaca o promotor. Entre outros fatos que serão apontados pela acusação está o fato de Orides ter atropelado a ex-sogra e as filhas e fugir sem prestar socorro. “Queremos saber o que teria ocorrido em momentos anteriores, que justifiquem uma atitude tão selvagem e tão absurda”, acrescenta Wilson.
Ainda segundo o promotor, Orides é acusado de homicídio doloso duplamente qualificado (motivo torpe e sem possibilidade de defesa) e duas tentativas de homicídio. Há possibilidade de o acusado ir a julgamento ainda este ano.

4 de ago. de 2014

Moradora do Navegantes já teve três gatos envenenados

Pelo menos três gatos de uma moradora do bairro Navegantes, em Dois Irmãos, foram envenenados num período de um ano.
A dona de casa Simone de Moura Kronbauer, 39 anos, teve mais uma gata envenenada neste final de semana na rua Carlos Gomes. “Ela começou a vomitar e teve diarréia no sábado e ontem acabou morrendo”, conta a moradora, ressaltando que adotou o animal da rua há cerca de dois anos. O filho de Simone, Gabriel de Moura Kronbauer, de 9 anos, que esteve de aniversário neste domingo, se sensibilizou com o estado da gatinha e gastou os 50 reais recebidos de presente da sua madrinha para comprar medicamentos. Infelizmente, o animal de estimação não resistiu e acabou morrendo. Segundo o cunhado de Simone, Carlos Alberto Kronbauer, 40 anos, a gata estava amamentando três filhotes. “Não consigo entender a razão das pessoas matarem os animais. A gata vivia dentro de casa e no pátio”, comenta Carlos, destacando que desconfia de quem deu o veneno, mas que não pode acusar por falta de provas.
A moradora tem mais cinco gatos e quatro cachorros que recolheu das ruas. Ela pretendia registrar ocorrência na Delegacia de Polícia de Dois Irmãos ainda nesta segunda-feira.

ENVENENAR ANIMAIS É CRIME

Envenenar animais é um crime previsto na Lei de Crimes Ambientais. Nesta Lei consta que quem praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos é penalizado com detenção de 3 meses a um ano e multa. Mas se o acusado praticou um crime de menor gravidade (como é considerado o envenenamento de animais) e não cometeu delito nos últimos cino anos, a Lei permite ao juiz substituir a pena de detenção por multa revertida em bens como cestas básicas ou prestação de serviços à comunidade. Para castigar ou ao menos incomodar o envenenador, deve-se evidenciar a autoria dele e sua intenção em cometer o crime. Ao encontrar um animal morto com suspeita de envenenamento, tire várias fotos em vários ângulos, para mostrar onde foram encontrados o animal e os restos do alimento suspeito de conter veneno. Leve tudo (o animal e o alimento) para um veterinário, pois ele poderá encaminhá-lo a um órgão competente para fazer a necrópsia e emissão de um laudo oficial da causa da morte. Consiga testemunhas ou outros fatos relacionados ao envenenamento. Já de posse do laudo e com as fotos, vá a delegacia com as testemunhas munidas de RG e faça um BO (Boletim de Ocorrência). Se além de matar o animal, o veneno venha a afetar alguma pessoa, o crime torna-se mais grave, podendo ser qualificado como tentativa de homicídio.