Blog do Jornal Dois Irmãos


24 de out. de 2014

Esportes

União joga pelo
Gauchão de Várzea

neste sábado

A chuva de semana passada impediu a realização dos principais campeonatos pela região, entre eles o Gauchão de Várzea 2014. A partida entre União e o representante de Riozinho ficou para este sábado, dia 25, às 16h, no Parque Antártica. Será a segunda apresentação do União, que na estreia venceu Pareci Novo por 2 a 0, com dois gols de Fábio Pinho. Agora, na 2ª fase, são três times numa chave e apenas o melhor passa para a etapa seguinte. Há duas semanas, Riozinho venceu o representante de Portão por 1 a 0. Agora, o União precisa vencer Riozinho para depois buscar a classificação contra Portão, no próximo dia 2 de novembro. O Gauchão de Várzea 2014 é uma realização da Fundação do Eporte e Lazer do Rio Grande do Sul (FUNDERGS), envolvendo equipes de 497 municípios do Estado. 

Municipal de Futebol Sete

O Campeonato Municipal de Futebol Sete de Dois Irmãos não terá rodada neste final de semana em razão do jogo pelo Gauchão de Várzea 2014. “Como a prefeitura apoia a equipe do União, que representa a cidade neste competição; e como alguns clubes do futebol sete têm atletas envolvidos na disputa, a realização da rodada fica inviável”, explica Cláudio Neis, do Departamento de Desporto. Na última terça-feira, o futebol sete teve três partidas: Santa Cataraina 3 x 2 Três Passos, Los Guapos 1 x 1 SER Campinas e Associação de Moradores do Travessão 1 x 0 Killixal. A próxima rodada será na terça-feira, dia 28, a partir das 19h, com Milan x Os Pioneiros,Estrela x Duffers e Independente x Los Hermanos, em local a ser definido.

Segundona do Futsal

Nesta sexta-feira, dia 24, tem a rodada de ida pelas oitavas de final do Campeonato Municipal de Futsal de Dois Irmãos - 2ª Divisão 2014. Os confrontos acontecem a partir das 19h45, no Ginásio Santa Cecília, com 5 Estrelas x Paraná, Borússia x Assim Tá Bom, Pumas x Sempre Amigos e Os Abille x Pinga Fogo. A rodada de volta será no dia 31 de outubro. Os vencedores destes confrontos se juntarão a DC United, Arrankabaço, Los Hermanos e São Beiçado, que classificaram direto para as quartas de final.

Municipal de Morro Reuter

O Campeonato Municipal  de Futebol de Campo de Morro Reuter terá três partidas neste sábado, dia 25. A rodada será disputada no campo do EC 11 de Maio, na localidade de Walachai, com Guarani x Unidos do Morro às 13h, São Paulo x 20 de Março às 15h e 11 de Maio x São José às 17h.

23 de out. de 2014

Nova crise preocupa setor calçadista em Dois Irmãos

Demissões passam de 600 em 2014 e 10 empresas fecharam

A expectativa de um ano bom para o setor coureiro-calçadista não se confirmou. De janeiro até agora, dez empresas já fecharam as portas – nove delas em Dois Irmãos e uma Morro Reuter. Para piorar, a perspectiva a curto prazo não é animadora.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Sapateiros de Dois Irmãos e Morro Reuter, Romeo Schneider, o fechamento de empresas é reflexo de diversos fatores. “O ano de 2014 não foi bom para o setor. Tínhamos a Copa do Mundo, em que a expectativa era boa, mas não se confirmou. Além disso, fomos afetados pela crise internacional, especialmente a da Argentina, que era o segundo país que mais importava calçado brasileiro”, diz ele, acrescentando a queda no mercado interno. “O mercado brasileiro também não consumiu. Percebemos que as pessoas não estão priorizando o vestuário. Elas estão distribuindo mais a renda, investindo em outros setores. Hoje em dia, as pessoas estão investindo muito em celular e veículos”, analisa. 
O fechamento de nove pré-fabricados e uma fábrica representam 250 demissões diretas. Segundo Romeo, nenhum desses funcionários recebeu qualquer direito trabalhista. A partir de agora, a cobrança será na Justiça do Trabalho. “Temos duas audiências já marcadas, ainda em outubro. Posteriormente, outras serão agendadas”, comenta Romeo, destacando ainda a redução de funcionários e o fechamento de filiais de grandes empresas de Dois Irmãos. “Também tivemos grandes indústrias calçadistas demitindo funcionários. Uma delas chegou a fechar uma filial”, acrescenta o presidente do sindicato.
 Somados, o número de trabalhadores demitidos no setor calçadista em 2014 já passam de 600.

Setor já empregou 9,2 mil e hoje tem 5 mil trabalhadores

O presidente do sindicato destaca ainda que, na década de 90, 100% do calçado produzido em Dois Irmãos era exportado – quase 70% só para os Estados Unidos. Nos anos de 1994 e 1998, crises afetaram o setor e, consequentemente, veio a falta de emprego. “Aos poucos, as políticas industriais foram mudando. As empresas começaram a exportar para mais países e a fazer muito mercado interno. Com as crises, as empresas também buscaram novos nichos de mercado e serviço terceirizado. Chegamos a ter 100 pré-fabricados em Dois Irmãos. Nos últimos 10, 15 anos, os atelieres foram responsáveis por 40% da produção do calçado. Em razão disso, foram responsáveis, na época, pela geração de mais empregos”, destaca ele. Hoje, o setor calçadista do município conta com 50 empresas de pré-fabricado e oito fábricas. Atualmente, o setor coureiro-calçadista emprega aproximadamente 5 mil pessoas nos dois municípios, sendo 4,2 mil em Dois Irmãos e 800 em Morro Reuter. O declínio tem sido gradativo ao longo dos últimos anos. No auge do calçado, o setor chegou a empregar 9,2 mil trabalhadores.

Auge da crise previsto para primeiro trimestre de 2015

Na opinião de Paulo Vicente Bender, presidente do Sindicato Patronal, a atual crise não afeta apenas o setor coureiro-calçadista. “Vivi crises nas décadas de 70, 80, 90, e, na minha opinião, a de agora é uma das piores. E o pior ainda está por vir. Independente de quem vencer as eleições, o Brasil terá um problema sério. O governo atual deixou a indústria chegar a um patamar no qual o Brasil é um país caro em tudo o que exporta”, diz ele, destacando principalmente o calçado e as consequências sofridas pelo setor. “Tudo isso gerou a redução das fábricas e, consequentemente, dos empregos. Hoje em dia, de todo o calçado produzido em Dois Irmãos, apenas 30% é exportado. O restante é mercado interno”, completa.
Segundo Vicente, a crise no setor vinha se arrastando desde o início do ano, ocasionando as mais de 400 demissões nas grandes empresas calçadistas do município e suas filiais. Diante do quadro de incertezas, os empresários seguem atuando com cautela. “Temos uma grande preocupação, principalmente com o ano de 2015. Ainda não estamos no auge da crise. Na minha visão, veremos isso no primeiro trimestre do ano que vem. Quem governar vai ter que recuperar a credibilidade brasileira”, diz ele, reiterando a cautela dos empresários após a crise que se instalou. “Todos estão muito cautelosos e também não tenho visto investimentos. O que estão fazendo, é tentando manter o grupo de funcionários”, acrescenta Vicente.

Dissídio dos últimos anos

2011 8% (6,87% de inflação + 1,13% de aumento real)
2012 7,5% (5,36% de inflação + 2,14% de aumento real)
2013 8% (6,38% de inflação + 1,62% de aumento real)
2014 7% (6,33% de inflação + 0,67% de aumento real)


Mais de 90 horas sem luz no Travessão Rübenich


Quatro famílias da Estrada Morro dos Reis, número 2000, no bairro Travessão Rübenich, em Dois Irmãos, estão há mais de 90 horas sem luz. O problema iniciou no último sábado, por volta das 21h. Inúmeros protocolos já foram registrados na Central de Atendimento e no escritório da AES Sul, além da visita de equipes de manutenção com caminhonete no local, mas até agora nenhuma providência foi tomada para restabelecer a energia elétrica na casa das quatro famílias.
O morador Geromar Pereira, 33 anos, não sabe mais o que fazer para que a energia retorne na sua casa e na dos vizinhos. “Já registrei 17 protocolos, fui no escritório da AES Sul, já contatei a Brigada Militar, a equipe de manutenção veio de caminhonete várias vezes, mas não alcançam o local onde está o problema. A própria equipe telefonou para a central solicitando o caminhão, mas até hoje, não apareceram”, conta o morador. Na manhã desta quarta-feira, o atendimento da AES Sul prometeu a ele que o fornecimento de energia elétrica seria restabelecido até o meio-dia, mas nenhuma equipe esteve no local até as 15h. A vizinha de Geromar, Marilei Pereira, 37 anos, já teve que jogar fora sete quilos de carne, mortadela, queijo e salsicha. “Estou tentando conservar alguns produtos no freezer, mas o congelamento não vai durar muito tempo”, lamenta ela, que já registrou mais de 10 protocolos.

SEM RETORNO

A redação do Jornal Dois Irmãos contatou a assessoria de imprensa da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia, mas até o fechamento da edição, às 16h30, não obteve  retorno.