Blog do Jornal Dois Irmãos


22 de ago. de 2014

Os dois lados da moeda

Bancos e estabelecimentos comerciais sofrem com a falta de moedas para troco.

O costume de juntar o troco de moedas em cofrinhos ou em casa sempre pareceu inofensivo, não é? Mas já parou para pensar que esse hábito pode estar prejudicando a economia do país?
Que atire a primeira pedra quem nunca recebeu uma bala como troco na hora das compras no supermercado. O motivo disso todos nós conhecemos, são as moedas que estão cada vez mais escassas. Mas você já imaginou que comerciantes podem estar tomando esse tipo de medida por uma atitude nossa? Afinal, quem não tem aquele punhado de moedas jogadas no carro, ou um troquinho esquecido na gaveta de casa? Mas o principal responsável, sem sombra de dúvidas, é o popular “cofrinho”, aquela economia que fazemos para comprar algo, sabe?
Segundo o Banco Central, uma em cada quatro moedas fabricadas no Brasil está fora de circulação, o que representa em média 27% das moedas, que provavelmente estão esquecidas em algum lugar. Os transtornos causados por esse hábito são visíveis nas transações comerciais de varejo, ou seja, a famosa falta de troco em praticamente todas as regiões brasileiras. A resistência por parte da população brasileira em utilizar moedas metálicas no seu dia a dia provoca um fenômeno chamado de entesouramento. O entesouramento leva o Banco Central a encomendar permanentemente mais peças para a Casa da Moeda, gerando um gasto de recursos públicos.

A história das moedas
As primeiras moedas, cunhadas em ouro e prata, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII a.C. Eram parecidas com as que conhecemos hoje, com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial. Dizem que as moedas revelam a mentalidade de um povo e de sua época. A escolha do que será representado em uma moeda não é aleatória e envolve aspectos políticos, econômicos e culturais. A primeira figura histórica a ter sua imagem registrada numa moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C.. Já a história da moeda no Brasil começou com Dom Sebastião, que determinou, em 1568, a circulação de moedas portuguesas na nova terra descoberta, a fim de promover a integração entre a América Portuguesa e o império de Portugal.


Quanto custa produzir moedas?
Moedas de um, cinco, dez e vinte e cinco centavos não se pagam. O custo de produção delas supera o valor que as mesmas têm no mercado. Confira os valores na tabela abaixo:
R$ 0,01 centavos, custo de produção R$ 0,09
R$ 0,05 centavos, custo de produção R$ 0,12
R$ 0,10 centavos, custo de produção R$ 0,16.
R$ 0,25 centavos, custo de produção R$ 0,27
R$ 0,50 centavos, custo de produção R$ 0,24
R$ 1,00 real, custo de produção R$ 0,28


Caixa Econômica Federal
“Conheço casos de pessoas que guardam muito dinheiro em casa em seus “cofrinhos”, tenho inclusive, um conhecido que paga o IPVA em moedas. Mas a população precisa se dar conta do custo e das questões de logística que a produção de mais moedas envolve, sendo assim, não podemos simplesmente tirá-las do mercado. Sempre que possível devemos facilitar o troco e colocar nossas moedas guardadas em circulação, pois elas são de grande valor para a economia. E para quem não deseja gastar seu dinheiro, existe a opção de abrir uma poupança, é seguro e você recebe os rendimentos”.
Mário João Walter, gerente geral da Caixa Econômica Federal, Agência Dois Irmãos

Lotérica Quinas & Zebras
“Sempre abasteci meu estoque de moedas da Caixa Econômica Federal, mas quando a fonte seca é sinal de que o problema atingiu outras proporções. Muitas pessoas cultivam o hábito de juntar moedas em casa, quando o ideal é que elas continuem circulando no mercado. Como trabalhamos com recebimento de contas, que dificilmente vem com valores arredondados, o troco é extremamente necessário. Em 16 anos de lotérica tive que tomar uma medida a respeito do assunto, coloquei um cartaz pedindo que os clientes procurassem facilitar o troco na hora do pagamento. Além de agilizar o atendimento, o uso das moedas movimenta um dinheiro que estava fora do mercado, ou seja, todo mundo sai ganhando”, diz José Carlos Vier, proprietário da Lotérica Quinas e Zebras.

Banrisul
“Cada um tem seu modo de economizar, e alguns optam pelas moedas. Porém, é uma maneira pouco viável de juntar dinheiro, até pelo transtorno de trazer uma grande quantia de moedas para uma agência bancária na hora de efetuar o depósito. Temos uma grande procura por troco da parte do comércio local, que, em minha opinião, é o mais atingido nessa situação. Acredito que a falta de moedas no mercado acaba fazendo com que as pessoas percam o costume de facilitar o troco na hora do pagamento, ou seja, um é efeito do outro”.
Gustavo Portella Faé, gerente geral do Banrisul, Agência Dois Irmãos

Sicredi
“Além de tirar dinheiro de circulação e gerar um custo grande com a produção de mais moedas, também afeta o comércio local”.
Joice Kunz, gerente do Sicredi, Unidade Dois Irmãos

Itaú
“As pessoas não gostam de carregar moedas, por esse motivo acabam chegando em casa e colocando todas de lado. Algumas moedas costumam ficar mais escassas no mercado, e um dos piores casos são as de R$ 0,05 centavos. Uma dica que dou para quem guarda grandes volumes de moedas em casa, é que comece a trocar estas por cédulas nos próprios estabelecimentos comerciais e depois passe em uma agência bancária para depositar o dinheiro”.
Jonatas Boesel Ribeiro, gerente operacional do Itaú, Agência Dois Irmãos

Banco do Brasil
“Guardar moedas em casa faz parte da cultura local, porém, depositar grandes volumes causa transtornos, até pelo tempo que se leva para conferir o valor total trazido pelo cliente. Como a carência de troco no comércio é grande, as pessoas deveriam trocar suas moedas nos estabelecimentos locais. O comércio agradece”.
Jorge Luiz Soares, gerente do Banco do Brasil, Agência Dois Irmãos

Bradesco
“Com o dinheiro em casa as pessoas deixam de rentabilizar. Além de não receber juros, também acabam prejudicando a circulação do dinheiro. Portanto, sempre que tiver moedas deposite ou repasse”.
Juliana Feldes, gerente de Pessoa Jurídica do Bradesco, Agência Dois Irmãos

Mercados
Gabriela Friedrich trabalha como caixa no Mercado Irmãos Schmitz e, diz que a situação se torna mais frequente em dias de pagamento, pois os clientes aparecem com notas de alto valor para pagar contas ou fazer compras. Segundo ela, o problema foi amenizado devido o uso de cartões de crédito, mas não nega que escuta frequentemente, durante seu expediente, pessoas falando que não gostam de carregar moedas, pois elas pesam nos bolsos e nas carteiras. “Talvez esse seja o motivo da falta de troco, mas a situação deveria ser revertida. Os clientes podem programar suas compras facilitando o troco com algumas moedas na hora do pagamento, assim elas não são acumuladas e esquecidas em casa” diz a funcionária do caixa.

Transporte Público
Marco Antônio Lima, popularmente conhecido como Marcão, é cobrador de ônibus na Empresa de Transportes Wendling, e conta que a falta de troco é uma reclamação antiga na profissão. Ele trabalha na empresa há um ano e meio, e já passou por diversas situações complicadas.  “Ontem, fiz a linha de Dois Irmãos até São Leopoldo, vale lembrar que o custo da passagem é de R$ 4,15, mas recebi dos passageiros 11 notas de R$ 50,00. Imaginem o quanto é complicado conseguir trocar tanto dinheiro em um espaço tão curto de tempo! É desgastante para mim e para os passageiros. Por isso, sempre que possível, facilite o troco. Você se livra das moedas que pesam na carteira e ainda ajuda o cobrador”, diz Marcão.

Reportagem de Greici Dapper.

Ginásio Arno Nienow passará por nova reforma no assoalho


O Ginásio Arno Nienow, localizado no bairro Navegantes, passará por novas reformas no assoalho. A última reforma foi concluída em abril, mas o trabalho deixou a desejar. Conforme o secretário de Planejamento e Habitação, Nei Fernando Ferraz, em decorrência da grande umidade no local, o piso reformado apresentou novos problemas. “Foram trocados os tabuões que estavam feios e soltos, e depois o piso foi lixado e selado. Mas, infelizmente, após a aplicação do selador, a umidade estufou o assoalho”, explica o secretário.

Todo o assoalho e os barrotes foram removidos. Agora, o contra-piso também será reformado. Segundo informações do secretário, empresas estão orçando a nova reforma, que ainda não tem um valor definido. “A ideia é revestir a quadra novamente com tabuão ou concreto emborrachado. É uma reforma que não estava prevista”, afirma Nei, destacando que o ginásio poderá ser usado somente no início do próximo ano. Mesmo sem custo definido ainda, sabe-se que o valor da nova reforma deve ser elevado. O secretário de Administração, Juarez Stein, lamenta que o problema não tenha sido percebido antes. “A umidade do prédio pode ter interferência por sua localização próxima ao arroio. Está sendo estudada a colocação de uma manta asfáltica na cobertura do ginásio, a fim de diminuir a umidade”, afirma Juarez.

Mais de 35 mil nos últimos 4 anos
De acordo com a Secretaria de Educação, Cultura e Desporto, o piso do Ginásio Arno Nienow passou por reformas anuais desde 2010. Em todas as manutenções, houve troca de tábuas deformadas, lixação e colocação de laka em partes distintas do piso. As reformas dos últimos quatro anos contabilizam um gasto total de R$ 35.234,00, sendo que a última foi de R$ 17.434,00.

21 de ago. de 2014

Despertando desde cedo a consciência ecológica


De fato as crianças estão preocupadas com o futuro do planeta! É por isso que a consciência ecológica tem sido incorporada à vida dos pequenos desde cedo na escola. 

Hoje em dia as crianças estão tão envolvidas com o tema da Ecologia, que muitas vezes acabamos aprendendo verdadeiras lições ao lado delas. Mas para que esse amor pela natureza seja despertado naqueles que são o futuro do planeta, é essencial que eles tenham contato com o assunto, desde pequenos, por meio de aulas e trabalhos relacionados ao meio ambiente. Os pais também exercem papel importante no engajamento dos filhos, o que pode ser percebido nas respostas afirmativas das crianças quando o assunto é economizar água e energia elétrica em casa.
Sabendo da importância desses ensinamentos, a Fundação Assistencial de Dois Irmãos (FADI), vem realizando uma série de ações em prol ao meio ambiente em suas unidades. Na tarde de ontem, dia 20, cerca de 40 alunos da Unidade Primavera, que foi inaugurada há duas semanas, receberam uma visita muito especial. Integrantes da Associação dos Recicladores de Dois Irmãos foram até o local com dois caminhões, que são usados diariamente na coleta seletiva. A visita teve como objetivo falar da separação do lixo seco e molhado, e de como o lixo molhado (orgânico) pode ser usado para adubação de hortas e fabricação de composteiras. Mas como era de se esperar, a grande atração da tarde foi o imenso caminhão, que despertou muitos olhares curiosos nos alunos.
A pedagoga da Fundação, Simone Hennemann, falou da importância que essas atividades têm para a formação da consciência ambiental do aluno. “Cada unidade da FADI vem realizando seu projeto. Por exemplo: as unidades São Miguel e Bem-Me-Quer fizeram uma visita a Cooperativa dos Recicladores, que fica na Estrada Picada Verão, e em seguida conheceram as instalações da Corsan na cidade. Todo esse trabalho é uma preparação para o Desfile Cívico, que se realizará em setembro (no próximo dia 10). Nossa intenção não é apenas realizar uma bela participação no dia do evento, mas fazer com que os alunos entendam o porquê daquele assunto ser escolhido e a verdadeira importância que ele tem nas nossas vidas, além de sensibilizá-los para o tema dos 20 anos da coleta seletiva”, explica a pedagoga. 

Leia mais na edição impressa desta quinta-feira.

20 de ago. de 2014

Cadela é encontrada amarrada com cabos no meio do mato

Uma cadela foi encontrada amarrada em cabos de antena nesta terça-feira, ao meio-dia, por um morador do Bairro Becker, na estrada Campo Bom, em Dois Irmãos. Delcio Binsfeld passava a pé pela estrada, quando ouviu o choro de um cachorro no meio do mato próximo a via. “Fui ver e encontrei a cadela enrolada nos cabos. Contatei a associação, para ajudar a resgata-la”, conta ele. A cadela estava magra, assustada e tinha uma expressão de tristeza, quando foi resgatada pelo morador e voluntárias da Associação dos Amigos dos Animais de Dois Irmãos. O animal foi levado ao veterinário e pode ser adotado. Mais informações pelo telefone 9881-8505, com Marli Terezinha da Silva, presidente da associação.


ABANDONO PODE DAR DETENÇÃO E MULTA
Abandono e maus tratos à animais é crime. A Associação dos Amigos dos Animais de Dois Irmãos recomenda que a pessoa que presenciar este tipo de crime vá à Delegacia de Polícia para lavrar Boletim de Ocorrência. A denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605 de 1998 (Lei de Crimes Ambientais) e o Art. 164 do Código Penal, prevê o crime de abandono de animais para aqueles que introduzirem ou deixarem animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte prejuízo: a pena prevista pelo Art. 32 da Lei de Crime Ambientais é de detenção de 3 meses a 1 ano e multa; a pena prevista pelo Art. 164 do Código Penal é de detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, ou multa.

LIXO vira LUXO nas mãos de jovem dois-irmonense

ARTE SUSTENTÁVEL: Peças produzidas por Juliano a partir do lixo
estão expostas na escola estadual João Wagner
Estudante de Educação de Jovens e Adultos (EJA), funcionário público e bombeiro voluntário, Juliano de Souza Borges, 31 anos, ainda consegue em suas horas vagas transformar materiais recicláveis em peças de decoração. Todo esse trabalho iniciou a cerca de três anos quando trabalhava no caminhão de coleta seletiva. Na verdade, os trabalhos já iniciaram na infância quando confeccionava brinquedos para a sua própria diversão, com tampinhas e outros materiais que certamente iriam parar na lixeira.
Com as questões ambientais cada vez mais em alta, a palavra de ordem é reaproveitamento. Os materiais descartados como, garrafas e canos de PVC viram luminárias e pendentes, troncos e máquina de lavar transformam se em sofás confortáveis, retalhos de madeira viram castiçais. Toda essa criatividade é instigada no seu dia a dia, enquanto, trabalha na confecção e remodelação dos enfeites do Natal dos Anjos, que ganha às ruas de Dois Irmãos, em novembro. Poucas peças lhe restam para o mostruário. Juliano conta que, faz peças sob encomenda ou quando produz posta as fotos do produto em seu perfil na rede social Facebook. “Os preços variam conforme a dificuldade de produção da peça que, geralmente, é exclusiva”, conta ele. Juliano projeta, futuramente, dedicar se integralmente na criação de peças a partir de materiais recicláveis. “A arte sustentável está na moda. E acredito estar colaborando com o meio ambiente”, afirma ele.
Juliano de Souza Borges

Na última semana, Juliano teve a oportunidade de participar com relatos de experiência do trabalho que vêm fazendo com os materiais recicláveis no projeto “Sustentabilidade: Sensibilização e Ações para Além da sala de Aula”, da escola estadual João Wagner, em Morro Reuter, onde cursa o EJA à noite. Sua criação preferida é o sofá feito com máquina de lavar roupas. O sofá, mesa de centro, luminárias e mensageiro do vento são algumas das peças em exposição na escola.




DIVULGADA nova relação do cadastro de famílias do Residencial das Flores

Uma nova relação de nomes de pessoas inscritas para serem contempladas com um apartamento do Residencial das Flores, no bairro São João, foi divulgada nesta terça-feira pela prefeitura de Dois Irmãos, através da Secretaria Municipal de Planejamento de Habitação. 
De acordo com o secretário Nei Fernando Ferraz, as pessoas que aparecem na lista têm até sexta-feira, dia 22, para procurar a Departamento de Assistência Social e resolver suas pendências. “As pessoas devem verificar a sua situação no CadÚnico, sendo que se o mesmo estiver desatualizado no que se refere à renda ou pessoas do grupo familiar, essa informação pode ser corrigida e o dados reenviados para nova análise”, diz Nei, ressaltando que até o momento 188 famílias foram aprovadas. Na manhã de hoje, a assistente social Joseli Oreste (foto) estava analisando o grupo de necessidades especiais e deficientes físicos, ao lado do secretário Nei. Veja quem deve procurar a Assistência Social até sexta:

Adelizia de Fatima Correa 
Adriana Peres Severo Hahn
Alfredo Valdir Weschenfelder 
Aline Martins dos Santos
Ana Lilian dos Santos
Andrei Carlos Ragiuk
Andreia Sampaio Scholz
Claudia Aparecida Ribeiro
Claudio dos Santos Lima
Cleodir Dorneles
Daniela Engel Dias
Debora Silva de Castro
Delair Soares Machado
Denise Flores de Oliveira
Ema Enedi Messa Siqueira
Gilmar de Oliveira
Gilvana Maria Forlin
Iara Lucia Delevati
Ivar Joao Mallmann
Ivete Friedrich de Oliveira 
Jacinta Stein Thomas
Jane Cler Bueno
Karina Dilkin
Madalena Maria Rolim
Marcia Hahn
Marilei Padilha
Marilei Vargas Nunes
Marisa Graciela Maciel
Nair da Silva Teixeira
Odete Maria Fuhr Kolling
Priscila de Almeida Arnold
Rejane Teresinha Freitag 
Roseli Pereira Amanco
Roseli Rodrigues Hesper 
Rosemeri Pereira Martins
Salete Terezinha Alves
Sandra Maria da Silva
Sibele Beatriz Kraemer
Silene Maria Koschan Reckzieg
Simone Aparecida Alves
Sireneia Rieger Weiss
Sirlei da Cruz Xavier
Sirlei do Nascimento
Sirlene Dias Goncalves
Soneide Vieira Batista
Sonia Maria Alves Rebelo
Sueli Bueno
Teresinha de Souza
Vera Lucia Padilha dos Santos
Viviana Ferrari
Zuleica dos Santos Kuck      

19 de ago. de 2014

Luta contra a balança







A obesidade vai muito além da estética, é uma questão de saúde que merece atenção especial. E para combatê-la é preciso muito esforço, dedicação e força de vontade.  O Jornal Dois Irmãos conversou com quatro pessoas que encararam o desafio de lutar contra a balança, seja através de cirurgia para redução do estômago ou de dieta e exercícios.






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“Incoerente ser obesa e falar com tanta ênfase sobre saúde”


A professora Lea Eudes dos Reis Henrichsen, 43 anos, diz que sempre foi fofinha. Aos 19 anos pesava mais de 90 quilos. Aos 23 anos foi mãe e chegou aos 96 quilos, continuando com eles por uns 10 anos. Daí engordou mais chegando a 104. Aos 33 anos engravidou novamente e foi a 110. “Eliminei 24 quilos e voltei a engordar”, comentou.

Ela acredita que o fator que a fez engordar foi a família desestruturada com um pai muito bravo, o que fez com que ela usasse a comida para suprir suas frustrações. Depois de um estômago dilatado, fica difícil manter um peso mais baixo. “Decidi fazer a cirurgia em fevereiro de 2013, após a minha formatura. Comecei o processo de exames no dia 15 de março e no dia 25 de junho fiz a cirurgia. Tive muito medo, apesar de tentar me manter calma, pois tinha uma filha de 8 anos. Imaginei mil coisas, mas estou aqui cuidando dela hoje”, relata.

O que a mais motivou a fazer a cirurgia foi a preocupação com a saúde. “Sou filha de pai diabético, tios paternos diabéticos e tenho uma irmã diabética. Como quem tem a circunferência abdominal muita grande, corre mais riscos de desenvolver o diabetes comecei a me preocupar”, conta ela. Outro motivo muito forte foi a sua profissão. “Sou professora de culinária e ensino aos alunos receitas saudáveis para que possamos substituir por aquelas industrializadas. Era incoerente ser obesa e falar com tanta ênfase sobre saúde”, revela Lea.

Ela diz que não sofreu bullying, pois tinha aprendido a conviver consigo mesma e com sua situação e brincava muito com ela. “Recebi alguns apelidos, (hipo, barril, baleia, orca) mas não pegaram por que eu não ficava brava”, relembra ela, aos risos.

Uma mudança necessária
Questionada se indica a cirurgia para outras pessoas que querem perder peso, ela diz: “Só indicaria para pessoas que estão com uma cabeça bem preparada, porque a mudança é muito grande. Você somente opera o estômago, e não a cabeça. Ela continua pensando gorda, ou seja, em comida. Não cabe mais tanta comida, mas com o tempo pode ganhar peso novamente”. Além disso, para fazer a cirurgia, a pessoa deve estar bem ciente do que quer, pois muitas mudanças vão ocorrer. “Faz um ano e dois meses da minha cirurgia, e até hoje não tomei refrigerante nem bebida alcoólica e tenho evitado os embutidos. Os cuidados são grandes, mas valem a pena se é isto que você quer”.

Os principais cuidados após a mudança foram os horários fixos de alimentação e tomar muita água. Além das atividades físicas que começaram no hospital. “Em casa tinha que caminhar aos poucos, pois existia o risco de dar trombose. Com um mês de cirurgia comecei a caminhar 30 minutos, aumentando 10 minutos a cada semana até chegar a 1 hora. Com 3 meses passei a fazer academia 3 vezes por semana”, diz ela. A professora de culinária pesava 109 quilos e hoje pesa 74 quilos. De calça 52/54 veste hoje 42, e se sente muito feliz por toda a mudança que aconteceu. O pior da cirurgia foi dormir no hospital. “No mais, não achei nada difícil. Era um objetivo que havia traçado para mim. Encarei como uma mudança necessária e fui”, revela.

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Ela emagreceu 54 quilos sem remédio e cirurgia e quer perder mais


Acredite, a administradora Sovenir Enzweiler, 28 anos, emagreceu 54 quilos sem remédio e sem cirurgia. Ela diz que começou a engordar aos 14 anos, e acredita que o fator que tenha tomado maiores proporções na balança foi a crença: “Estar gordinho é estar saudável”.
Ela já fez vários tipos de dietas, e teve resultados passageiros. “Hoje posso dizer que encontrei o que realmente me motiva a levar uma vida mais saudável. Descobri que cuidando da minha saúde isso implica em vários fatores, um deles no meu emagrecimento. Andar de roller (patins) era uma das minhas grandes vontades. Hoje já me divirto em cima das rodinhas. Afinal, se eu quero só depende de mim”, diz ela, determinada a atingir os resultados.

Ela conta que não sofreu bullying. “Sempre fui uma pessoa feliz e consciente do meu peso e estilo de vida. Uma das minhas características é a diversão, então sempre me diverti muito com tudo isso. Para não perder a piada, eu dou risada junto”, garante Sove, aos risos. Perguntada sobre a maior dificuldade durante a dieta. Ela responde de supetão: “Não estou de dieta... Estou em busca de uma vida mais saudável. Dei início nesse processo com a dieta Dukan, e hoje a matemática é gastar mais energia do que ingerir. Uma dificuldade ou desconforto é quando as pessoas julgam que não posso comer as coisas por estar de ‘dieta’. Na verdade, eu posso, mas no atual momento não quero ou evito”, revela ela.

Sove faz exercícios todos os dias e gosta muito de ir na aula de Zumba. “Encontrei alternativas que me fazem feliz, e o resultado disso é a redução de peso. Hoje participo do Grupo de Emagrecimento com Coach, que vai me auxiliar a eliminar os últimos quilinhos (risos). As mudanças estão na forma de pensar e no conjunto de crenças que nos movem, sou fã da PNL e acredito que o sucesso é intransferível”, conta ela. Até agora, ela já eliminou 54 quilos e pretende pesar bem menos. “Afinal! Não é só os quilos que se perdem, mas é a vida que ganha”, diz ela referindo-se a sensação de estar atingindo os resultados.

Leia a matéria completa na edição impressa do Jornal Dois Irmãos.