Antes da viagem, ele tinha
uma rotina bem intensa, estudando e trabalhando como fotógrafo na Unisinos.
Hoje a rotina se mantém agitada e é marcada por novas descobertas. “Cada
vez que boto o pé na rua eu aprendo algo novo”, conta. O olhar de quem vê a
vida através das lentes de uma objetiva Christiaan levou junto para a Holanda,
observando de forma bastante peculiar cada pôr do sol, os campos de tulipas e
as ruas lotadas de bicicletas. “O país é sensacional, a fama de chuvoso e
frio não condiz com a energia que se encontra aqui”, relata o
dois-irmonense.
A capital holandesa,
Amsterdam, voa alto no cenário mundial, sendo uma das potências comerciais e
culturais mais importantes da Europa. O estudante, que é descende de
holandeses, tem um apreço especial pela cultura do país, retratada por meio de
museus, parques, concertos e festivais internacionais. Além da bagagem cultural
que está acumulando ao longo da viagem, o grande ganho da experiência, para
Christiaan, é a chance de poder, futuramente, compartilhar seu aprendizado
para ajudar no desenvolvimento do Brasil.
Apegado às tradições, o bom
e velho chimarrão é seu companheiro inseparável de viagem, e recentemente
ganhou a companhia de uma bicicleta. Os três percorrem diariamente as ruas do
país, onde Christiaan segue atento a cada detalhe, buscando eternizar cada
momento. Leia a entrevista:
Como
era sua rotina antes da viagem?
Christiaan:
A minha rotina antes da viagem era bem intensa.
Todos os dias eu ia de Dois Irmãos para São Leopoldo, trabalhava como fotógrafo
na Unisinos e fazia cinco disciplinas do curso de Publicidade e Propaganda.
Por que você resolveu participar do Programa
Ciência sem Fronteiras?
Christiaan: Os
principais motivos foram o interesse em fazer um intercâmbio, aperfeiçoar o
inglês, conhecer o mundo e, consequentemente, adquirir uma bagagem cultural,
valorizando a experiência acadêmica. Buscava encontrar uma forma de cursar parte
da minha graduação no exterior, e o CSF contemplava exatamente o que eu
procurava: um ano de estudos na Holanda com aproveitamento no retorno ao
Brasil, na universidade de origem. O propósito do programa também é um dos meus
pontos motivadores. Viajar ao exterior para trazer para o Brasil conhecimento
que, aplicado e compartilhado, pode, de alguma forma, ajudar no desenvolvimento
do país.
Quais eram suas expectativas?
Christiaan: Havia
grandes expectativas, especialmente em relação ao estudo, ao curso escolhido.
Também em relação às diferenças culturais e dúvidas a respeito da adaptação.
Essa é minha primeira experiência morando sozinho e longe da família e amigos.
Como está sendo a experiência de morar
e trabalhar na Holanda?
O que você aprendeu de mais importante
para sua vida profissional e pessoal?
Christiaan: O
aprendizado aqui, tanto profissional quanto pessoal, é constante. Cada vez que
boto o pé na rua eu aprendo algo novo. Mas principalmente na questão de sair da
zona de conforto e ver o mundo de formas diferentes. Recomendo essa
experiência para todos os estudantes, o programa vem sendo uma iniciativa
louvável do governo e acredito que vá trazer ótimos resultados para o país.
Qual sua expectativa para o retorno?
Christiaan: É
retomar os estudos na Unisinos, compartilhar meu conhecimento adquirido aqui
de alguma forma com o meio acadêmico e, principalmente, aproveitar as amplas
oportunidades que o Brasil possui.
O que mais está gostando na Holanda e o
que sente mais falta daqui do Brasil?
Christiaan: Acredito
que é difícil sintetizar o que mais gosto daqui, a experiência toda está sendo
excelente, mas a Holanda superou minhas expectativas. Um país bonito, bem
organizado, com o sistema de transporte público altamente completo, com um povo
peculiar e uma língua um tanto complicada de se aprender. Ah, claro, o país com
o melhor queijo do mundo. Do Brasil, o que mais sinto falta são as pessoas, em
especial família e amigos. O chimarrão me acompanha aqui, mas um churrasco me
faz uma falta danada.
(Michelli
Machado / Unisinos)