Lucas, Thereza Lídia, Vivian, Luiza e Lourdes na sede da entidade |
A vontade de promover atividades que pudessem envolver e entreter crianças e adolescentes fez com que um grupo de amigos, lá em 2004, criasse a ONG São Francisco de Assis, em Dois Irmãos. Uma das fundadoras da entidade foi Luíza Nelsi de Souza, que segue até hoje envolvida com a ação social. De acordo com ela, o objetivo era criar uma entidade que pudesse buscar recursos para a promoção de atividades com estes jovens. Aí que surge a ideia da ONG São Francisco de Assis, fundada oficialmente em 23 de março de 2004. De lá para cá, a ONG passou por diversas mudanças, tanto na questão de espaço físico e sua utilização, quanto nas atividades proporcionadas às crianças e adolescentes.
Durante três anos, ONG foi também abrigo
Entre os anos de 2004 e 2006, a ONG desenvolveu seus trabalhos em uma casa cedida por Luíza e seu marido Wilmar de Souza, no bairro Travessão. Durante estes quase três anos, além de atuar como entidade e buscar recursos, o local serviu ainda como casa abrigo e atendimento extraclasse. Durante um período, crianças frequentavam a escola, almoçavam no local e, no contraturno escolar, participavam de atividades e oficinais, como por exemplo, oficinas de sentimento, artes, apoio escolar e horta. Luíza lembra que em 2006, 19 crianças e adolescentes ficaram abrigadas na ONG Assis. “Em alguns casos, mães chegaram a ficar abrigadas junto com os filhos porque não podiam voltar para casa, e também não tinham para onde ir”, destaca Luíza.
Em 2004 e 2005, a ONG atendia crianças e adolescentes de todo o município. Em 2006, no extraclasse, a entidade passou a atender apenas crianças do Travessão, permanecendo o atendimento, no abrigo, para todo o município.
Entre os anos de 2004 e 2006, muitos jovens ficaram abrigados na ONG, pelos mais variados motivos. Um deles foi Lucas Bento Alves, hoje com 25 anos. Ele morou na ONG de maio de 2005 a dezembro de 2006, quando já chegava à maioridade. Enquanto conversava com a redação do JDI esta semana, a gratidão dele à ONG era percebida em cada fala. Em especial, à Luíza e Wilmar. O carinho entre eles é algo lindo, digno de pai e filho. Nem a Luíza e nem o Lucas, que hoje já é um homem, contiveram as lágrimas. “O Lucas chegou até nós em uma situação delicada e sempre nos preocupamos em passar para ele os nossos valores de família”, diz Luíza, emocionada. “Com certeza, foi um dos melhores momentos que eu tive. Quando cheguei na ONG, eu tinha uma visão de adolescente, e isso mudou lá dentro. Sai de lá muito mais humano. A ONG me ensinou a ser solidário, que não devemos pensar apenas em nós mesmos, que precisamos pensar nas outras pessoas”, diz Lucas, destacando o belíssimo trabalho desenvolvido pela entidade. “Todos se empenhavam ao máximo para proporcionar o melhor a todas as crianças”, completa ele.
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