Oposição volta a cobrar mais atitude da prefeita Tânia e situação reage
O tema segurança pública ainda repercute com força em Dois Irmãos, principalmente entre os vereadores. Na sessão de ontem, situação e oposição voltaram a se alfinetar. O presidente Jailton Proença de Lima (PDT) também aproveitou para confirmar a devolução de mais 200 mil reais das economias do Poder Legislativo, com indicação para investir em segurança.
Para Márcio Goldschmidt (PT), todos estão dando sua contribuição: Câmara de Vereadores, Brigada Militar, Polícia Civil e Consepro. “A administração municipal, no entanto, nos deixou tristes. Faltaram com a verdade ou erraram nos números. A prefeita Tânia (da Silva) e o secretário Juarez (Stein, de Administração) disseram que a prefeitura está investindo mais de 600 mil reais em segurança, mas isso não consta no Portal da Transparência. Lá só aparece o convênio de 280 mil, assinado em janeiro, e um aditivo de 25 mil, em julho”, comentou.
Sérgio Fink (PTB) reiterou que o grande problema é que o Governo do Estado não cumpre com suas obrigações. “A questão da segurança pública está sendo muito politizada. Em nenhum município da região ouvi dizer que o prefeito é culpado pela situação da segurança. Aqui, a responsabilidade é da prefeita. Falam muito do auxílio-permanência, mas Dois Irmãos foi um dos primeiros a conceder esse auxílio. Na administração passada, o governo estadual e o governo federal eram do mesmo partido do prefeito, e mesmo assim o município não ganhou mais policiais. Nós precisamos unir forçar e não fazer politicagem”, declarou o vereador.
Joracir Filipin (PT) não gostou e rebateu. “Segurança é, sim, responsabilidade da prefeita em conjunto com o Governo do Estado. No material de campanha, sempre se fala em segurança, e agora não dá para fugir deste compromisso. Quando o prefeito Miguel (Schwengber) assumiu, quatro policiais ganhavam um auxílio de 50 reais. Nós estendemos para todos e aumentamos para 150 reais”, disse ele. O vereador Jair Quilin (PDT) engrossou o coro da oposição. “Um prefeito é responsável por qualquer coisa que envolva o município. Se não tem dinheiro e não tem como fazer, tem que dizer logo. Ela falou que também ia dar 200 mil, mas agora vai usar os 200 mil da Câmara. Isso é fazer política com o chapéu dos outros”, disparou o pedetista.
Paulinho Quadri (PMDB) saiu em defesa da atual administração municipal e voltou a criticar a gestão passada. “Que bela herança o prefeito Miguel nos deixou! Em quatro anos nunca vieram aqui na tribuna falar de segurança pública, e agora a prefeita Tânia é culpada de tudo. Nunca nos receberam na Secretaria Estadual porque somos do PMDB aqui do Sul, e não daqueles lacaios lá de cima”, afirmou.
Jailton Proença e Sérgio Fink trocam farpas
O presidente Jailton destacou que o Poder Legislativo está fazendo sua parte, com a devolução de 400 mil reais das suas economias. Ele também cobrou maior agilidade do Poder Executivo. “Se a ordem para execução do projeto das câmeras tivesse sido dada há quatro meses, quando houve a primeira audiência, agora já estaria sendo feito”, comentou. Sérgio Fink rebateu: “Pior é levar quatro meses para preencher um cheque”, disse ele, referindo-se ao primeiro repasse da Câmara. Jailton foi para a tréplica: “Se levei quatro meses antes, agora foi só uma semana”, comentou o presidente, fazendo menção ao segundo repasse e destacando que, da primeira vez, esperou a prefeita Tânia confirmar mais 200 mil da prefeitura, o que não ocorreu. Depois disso, houve um princípio de bate-boca e ameaças de advertência, mas os ânimos serenaram.
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