Jovem dado como desaparecido viajou para Fortaleza
O
mistério do desaparecimento do dois-irmonense Rafael Henrique Dietrich, de 28
anos, chegou ao fim para a Polícia Civil de Dois Irmãos, que trabalhava no caso
desde a última sexta-feira, quando ele desapareceu. Em coletiva de imprensa
cedida no final da tarde desta terça, a delegada responsável pelo caso, Ariadne
Langanke, divulgou o desfecho da história.
Segundo
Ariadne, Rafael embarcou com destino à região Nordeste do país ainda na
sexta-feira, entre 11h e 13h, por livre e espontânea vontade. “Já no sábado
começamos a trabalhar com esta hipótese e ontem à noite conseguimos uma imagem
dele embarcando entre este horário no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre,
provavelmente com destino a Fortaleza, no Nordeste”, diz ela, ressaltando ainda
que a quebra do sigilo telefônico possibilitada por autorização judicial foi
crucial para o desfecho do caso. “Através da quebra de sigilo telefônico,
constatamos que as mensagens enviadas do celular de Rafael partiam de
Fortaleza”, afirma.
Com
a repercussão nos meios de comunicação e nas redes sociais, uma pessoa
reconheceu Rafael como sendo o mesmo homem que viu em uma parada de ônibus às
margens da BR-116, próximo da entrada do bairro Portal da Serra, na manhã da
última sexta. A testemunha foi ouvida na delegacia esta manhã. “Ela confirmou
que o viu nessa parada e que ele teria embarcado em um ônibus da empresa
Citral”, destaca a delegada. A afirmação de que era Rafael na imagem captada no
aeroporto dependia ainda do reconhecimento de um familiar, o que ocorreu na
tarde de hoje. “Precisávamos do reconhecimento e tivemos a confirmação de que
se tratava dele agora há pouco”, afirma a delegada Ariadne.
Com
o caso solucionado, a delegada destacou o empenho de todos na investigação.
“Foi um trabalho incessante desde sexta-feira, com buscas no mato, em
hospitais, IML e muitos telefonemas. Recebemos apoio da Delegacia Regional, do
DEIC, da Brigada Militar, e um apoio importantíssimo do plantão do Poder
Judiciário, que atuou com agilidade, presteza e muita eficiência”, diz a
delegada, ressaltando ainda que, o objetivo era descartar completamente todas
as possibilidades de sequestro, que era a informação inicial, já que em uma das
mensagens induzia a este crime. “Quando ele voltar, vai ter que, pelo menos,
nos dar uma explicação. E, se algo ocorrer lá, não caberá a nós”, finaliza
Ariadne.
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