Blog do Jornal Dois Irmãos


16 de abr. de 2015

“Estou de alma lavada”, diz ex-prefeito Miguel


A Câmara de Vereadores de Dois Irmãos recebeu, no início da semana, o ofício 2209/2015, do Tribunal de Contas do Estado, com a aprovação das contas do ex-prefeito Miguel Schwengber no exercício de 2012, último ano do seu mandato. O documento também recomenda a aprovação por parte do Poder Legislativo, o que deve ocorrer na próxima sessão. Na tarde desta quarta-feira, o ex-prefeito esteve no Jornal Dois Irmãos para manifestar sua alegria com a aprovação das contas. Ele ainda fez um desabafo sobre a última campanha eleitoral.

“Sinto uma alegria imensa, uma grande felicidade”

A notícia foi recebida com grande entusiasmo pelo ex-prefeito Miguel. “Para mim, está sendo um desabafo, me sinto de alma lavada. As contas do nosso governo foram aprovadas na sua integridade, com todos os votos favoráveis. Isso prova que tudo foi feito dentro da legalidade, sem nenhuma ressalva”, comenta.
Mesmo passados mais de dois anos, o período eleitoral ainda estava engasgado. “Na época da campanha, fizeram um reboliço a respeito das minhas contas. Fiquei guardando isso por muito tempo e agora o Tribunal de Contas julgou e aprovou por unanimidade. Hoje, sinto uma alegria imensa, uma grande felicidade em poder dar essa notícia”, afirma ele, sem esconder o sorriso de satisfação.
Miguel reitera que fez tudo com correção. “Algumas pessoas que acreditavam em mim me olhavam entristecidas por tudo o que era dito nas ruas. Agora, posso dizer para as pessoas que tinham dúvidas quanto a minha administração, que elas não precisam mais ter. Está provado que tudo foi feito com correção. Posso ter meus erros, meus limites, minhas deficiências, mas sempre fiz as coisas pensando no interesse da cidade. Não houve má fé”.

“Isso prova que o que disseram sobre mim não era verdade”

Apesar do desafogo, o ex-prefeito não esconde a mágoa de alguns adversários, entre eles os vereadores Paulinho Quadri (PMDB) e Sérgio Fink (PTB). “A decisão do Tribunal de Contas é a prova de que aquilo que disseram sobre mim não era verdade. O Paulinho Quadri dizia para as pessoas que eu ia sair algemado da prefeitura, que eu ia ser preso pelo Tribunal de Contas. O vereador Sérgio Fink também, certa vez, passou por mim de carro e fez esse sinal com as mãos (Miguel imita aquele gesto de atrás das grades com os dedos). São coisas muitos graves, que me feriram e que eu não esqueço. Por isso esse desabafo”, afirma Miguel.
Ele também contesta as acusações de ter deixado dívidas para trás. “Algumas pessoas ligadas à atual administração, por numerosas vezes, disseram que ficaram pagando contas no primeiro ano de governo, para justificar seu estado de letargia e inoperância. Colocavam a culpa na administração anterior, dizendo que havíamos deixado dívidas. Se fosse verdade, as contas não teriam sido aprovadas pelo tribunal”, garante. “Agora, cai por terra esse discurso falacioso de algumas lideranças do PMDB, do PP e do grupo do Sérgio Fink. Essas pessoas agiram de má fé”, completa o ex-prefeito.

“Agora eles não têm mais o que falar. Eles precisam trabalhar”


Miguel diz que não quer bater na atual administração, apenas defender o que foi feito na sua gestão. “Fui vereador por oito anos e votei pela aprovação das contas dos outros prefeitos. E olha que algumas apresentavam ressalvas. Se fosse hoje, o tribunal não deixava passar”, argumenta ele, dizendo que é normal ter alguns apontamentos. “No meu período, um dos apontamentos era sobre um funcionário que se aposentou com um valor maior, em 2001 ou 2002, e que caiu na minha gestão. É claro que não foi culpa de nenhum prefeito, pois quem faz esse cálculo é uma comissão qualificada para isso. Mas era nesse tipo de coisa que antes a oposição (atual situação) se apegava como tábua de salvação. Mas agora eles não têm mais o que falar. Eles precisam é trabalhar”, conclui Miguel, sentindo-se com dever cumprido.

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