A
Câmara de Vereadores de Dois Irmãos recebeu, no início da semana, o ofício
2209/2015, do Tribunal de Contas do Estado, com a aprovação das contas do
ex-prefeito Miguel Schwengber no exercício de 2012, último ano do seu mandato.
O documento também recomenda a aprovação por parte do Poder Legislativo, o que
deve ocorrer na próxima sessão. Na tarde desta quarta-feira, o ex-prefeito
esteve no Jornal Dois Irmãos para manifestar sua alegria com a aprovação das
contas. Ele ainda fez um desabafo sobre a última campanha eleitoral.
“Sinto uma alegria imensa, uma grande felicidade”
A
notícia foi recebida com grande entusiasmo pelo ex-prefeito Miguel. “Para mim,
está sendo um desabafo, me sinto de alma lavada. As contas do nosso governo
foram aprovadas na sua integridade, com todos os votos favoráveis. Isso prova
que tudo foi feito dentro da legalidade, sem nenhuma ressalva”, comenta.
Mesmo
passados mais de dois anos, o período eleitoral ainda estava engasgado. “Na
época da campanha, fizeram um reboliço a respeito das minhas contas. Fiquei
guardando isso por muito tempo e agora o Tribunal de Contas julgou e aprovou
por unanimidade. Hoje, sinto uma alegria imensa, uma grande felicidade em poder
dar essa notícia”, afirma ele, sem esconder o sorriso de satisfação.
Miguel
reitera que fez tudo com correção. “Algumas pessoas que acreditavam em mim me
olhavam entristecidas por tudo o que era dito nas ruas. Agora, posso dizer para
as pessoas que tinham dúvidas quanto a minha administração, que elas não
precisam mais ter. Está provado que tudo foi feito com correção. Posso ter meus
erros, meus limites, minhas deficiências, mas sempre fiz as coisas pensando no
interesse da cidade. Não houve má fé”.
“Isso prova que o que disseram sobre mim não era verdade”
Apesar
do desafogo, o ex-prefeito não esconde a mágoa de alguns adversários, entre
eles os vereadores Paulinho Quadri (PMDB) e Sérgio Fink (PTB). “A decisão do
Tribunal de Contas é a prova de que aquilo que disseram sobre mim não era
verdade. O Paulinho Quadri dizia para as pessoas que eu ia sair algemado da
prefeitura, que eu ia ser preso pelo Tribunal de Contas. O vereador Sérgio Fink
também, certa vez, passou por mim de carro e fez esse sinal com as mãos (Miguel
imita aquele gesto de atrás das grades com os dedos). São coisas muitos graves,
que me feriram e que eu não esqueço. Por isso esse desabafo”, afirma Miguel.
Ele
também contesta as acusações de ter deixado dívidas para trás. “Algumas pessoas
ligadas à atual administração, por numerosas vezes, disseram que ficaram
pagando contas no primeiro ano de governo, para justificar seu estado de
letargia e inoperância. Colocavam a culpa na administração anterior, dizendo
que havíamos deixado dívidas. Se fosse verdade, as contas não teriam sido
aprovadas pelo tribunal”, garante. “Agora, cai por terra esse discurso
falacioso de algumas lideranças do PMDB, do PP e do grupo do Sérgio Fink. Essas
pessoas agiram de má fé”, completa o ex-prefeito.
“Agora eles não têm mais o que falar. Eles precisam trabalhar”
Miguel
diz que não quer bater na atual administração, apenas defender o que foi feito
na sua gestão. “Fui vereador por oito anos e votei pela aprovação das contas
dos outros prefeitos. E olha que algumas apresentavam ressalvas. Se fosse hoje,
o tribunal não deixava passar”, argumenta ele, dizendo que é normal ter alguns
apontamentos. “No meu período, um dos apontamentos era sobre um funcionário que
se aposentou com um valor maior, em 2001 ou 2002, e que caiu na minha gestão. É
claro que não foi culpa de nenhum prefeito, pois quem faz esse cálculo é uma
comissão qualificada para isso. Mas era nesse tipo de coisa que antes a
oposição (atual situação) se apegava como tábua de salvação. Mas agora eles não
têm mais o que falar. Eles precisam é trabalhar”, conclui Miguel, sentindo-se
com dever cumprido.
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