Blog do Jornal Dois Irmãos


8 de jul. de 2013

Hoje é Dia do Padeiro

O primeiro alimento consumido por muitas pessoas logo de manhã cedo é aquele pão gostoso e geralmente fresquinho. Mas para ter aquele pão fresquinho é necessário que o padeiro inicie cedo o seu trabalho. 
Hoje, dia 8, é o Dia do Padeiro, data de parabenizar estes profissionais por produzir incansavelmente essa grande variedade de delícias, que são verdadeiras fontes de carboidratos, responsável por fornecer energia para o corpo.
Não temos como saber quem foi o primeiro padeiro da História. O pão com suas mais variadas vertentes, cozido, com ou sem fermento, doce, salgado ou recheado está presente na imensa maioria das civilizações. É a referência básica em alimentação na maior parte do mundo. Os Cristãos têm na Bíblia várias referências ao pão, sendo a mais famosa a da Santa Ceia, onde o vinho é identificado como o sangue e o pão como o corpo de Cristo. 
Antigamente a profissão de padeiro era passada de “pai para filho”, pois a imensa maioria das padarias eram negócios familiares. O pai era padeiro e transmitia seus ensinamentos para os filhos que davam continuidade ao negócio. 

Origem da comemoração - A origem do Dia do Padeiro é relacionada a História de Santa Isabel. Isabel era Rainha de Portugal e seu reino passava por dificuldades no fornecimento de trigo e por consequência, para fabricar o pão. Isabel então manda vender suas jóias sem que seu marido saiba e com os recursos, manda trazer trigo para seu reino. Em uma das distribuições de pão para a população, onde ela estava presente, chega o Rei e ela surpreendida, esconde alguns pães em seu colo, dentro da saia. O Rei então perguntou o que ela tinha ali escondido. Ela diz que são rosas. O rei pede para ver e quando ela revela, os pães haviam se transformado em rosas, em um dos primeiros milagres da posterior consagrada Santa Isabel.
Por esse motivo a data de 8 de Julho é o Dia de Santa Isabel e também comemorado o Dia do Padeiro. Parabéns a todos os profissionais!

Cada padaria é uma escola

O dia do padeiro Marino Stoffel, 78 anos, começa cedo. O sol ainda nem nasceu, mas ele já está no seu local de trabalho, pronto para colocar a mão na massa. Na verdade, essa tem sido sua rotina há mais de meio século. “Em fevereiro de 1949, meu pai e meu tio fizeram uma parceria e abriram a empresa. Além deles, tinha também um confeiteiro que trabalhava com nós, que ensinou a nós três sobre o ofício. Eu tinha apenas 14 anos na época”, relembra ele. Mesmo depois de 64 realizando o mesmo trabalho, o padeiro afirma que não abandonaria o ofício para se dedicar a outro. “As pessoas precisam fazer o que gostam. Se eu estou há mais de seis décadas me dedicando a isso, é porque me faz muito bem”, explica Marino.
Ao longo de sua vida dedicada à empresa que ele ajudou a construir, Marino relata que, apesar das boas recordações, já passou por momentos difíceis. “Essas experiências ruins também ajudam muito no nosso crescimento. Dificuldades sempre vão existir, mas a gente tem que tentar sempre aprender com elas”. Questionado sobre o que alguém precisa ter para exercer a função, ele analisa: “Acho mais fácil ensinar as pessoas que não tenham trabalhado com isso antes. Facilita o aprendizado, porque a pessoa não traz ‘vícios’, pois cada padaria é uma escola”. Para ele, a forma como cada profissional prepara a massa, muda, e é isso que dá a cada produto um sabor diferente.

Paixão pela profissão

Em Dois Irmãos, a Padaria Becker que iniciou as suas atividades há 34 anos, oferece desde o pão branco, até uma grande variedade de pães integrais que são a novidade do momento. Entre eles, pães de chia, aveia, pão sem glúten e sem lactose. De acordo com os proprietários João Becker e Cristina Becker Zimmer, a nova variedade de pães integrais é mais uma alternativa para os clientes que buscam alimentos mais saudáveis e naturais. “Também era o pedido de muitos clientes”, diz João.
Mesmo com a grande variedade de pães integrais, a maior procura continua sendo o pão branco, conta João. A Padaria também oferece tele-entrega de segunda a sábado. Conheça mais sobre os produtos e a história da padaria no site produtosbecker.com.br.
Padeiro há 21 anos, Lauri Strassburger, 43 anos, conheceu a profissão através de um familiar. Começou como auxiliar e depois assumiu os desafios da profissão.
 “Inicio o meu trabalho diariamente às 4 da madrugada. Às vezes venho até antes pela grande demanda de encomendas e em função do frio, quando a massa demora mais para crescer. Em média ajudo a assar 2.000 pães e cucas todos os dias”, conta Lauri. Questionado se pretende algum dia trocar de profissão, ele afirma: “que vou ficar na profissão até me aposentar como padeiro, pois faço o que gosto”.
Como toda a profissão tem seus pontos negativos, o padeiro pode esquecer-se de colocar algum ingrediente no alimento ou os pães e as cucas não crescer em função do intenso frio do inverno, segundo o profissional. 
A colega de Lauri, Noeli Célia Engel, 47 anos, é auxiliar de padeiro há 12 anos. A auxiliar conta que a função dela é ajudar a colocar recheio nas cucas, negrinhos, branquinhos e risoles. “Adoro o que faço. Aqui não se faz de tudo um  pouco. Cada dia tem pedidos diferentes em quantidade, recheios. E a época com maior número de encomendas para o padeiro e auxiliar é o Kerb de São Miguel, onde não vencemos em fazer tantas cucas”, conta Noeli.

30 anos de dedicação como padeiro

Francisco Berres dedicou, dos seus 47 anos, 30 para a profissão de padeiro. Seu primeiro emprego no ramo de padaria foi aos 16 anos, na cidade natal de Cerro Largo, ao lado dos dois irmãos.
A maior satisfação para Francisco é receber elogios dos clientes pelas delícias que produz diariamente. Para os que querem começar na profissão, ele dá algumas dicas básicas. “Tem que ter vontade de aprender. Não é necessário ter cursos. Muitos conhecimentos  se aprendem na prática”, diz ele.
Francisco sabe fazer pães, cucas, pizzas, bolos, risoles e massas caseiras e todas as receitas já estão memorizadas. Ele garante que ficar olhando no papel perde muito tempo. E, literalmente, tem que colocar as mãos na massa de manhã cedo. “Começo às 4h da madrugada de segunda a sábado até as 15h30. Já me acostumei a rotina, pois nem preciso de despertador”, afirma.
Esta matéria foi produzida sem ele saber que era para o Jornal Dois Irmãos, a pedido dos proprietários e colegas de trabalho, Edemar, Rose, Rosália, Rosete e Chico, da Confeitaria Geni.

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