A Semana Farroupilha é o momento certo de expressar os nossos
sentimentos pelo Rio Grande do Sul e o orgulho de preservar as tradições
gaúchas que nos diferencia dos outros estados brasileiros. As pessoas nascidas
nesta terra preservam suas ligações e sentem muita saudade da tradição. A
redação do Jornal Dois Irmãos entrou em contato pelo Facebook com alguns
gaúchos que residem no exterior para saber como cultivam e mantém as tradições
vivas por lá.
ALOÍSIO PREUSS, 31 anos, mora em Soltau, na Alemanha. Estagiário na área de Economia Animal. Estuda e trabalha em uma
criação suína
“Faço de tudo pra manter essa tradição mesmo longe de casa. Para
preparar um bom chimarrão sempre trago uma erva boa do sul do Brasil quando vou
visitar minha família que mora em Santa Maria do Herval. O maior problema é
quando esse estoque de erva acaba. Aí se torna caro comprar através de sites
brasileiros. E do bom churrasco nós gaúchos não abrimos mão, pois por aqui se
consegue muita carne boa vinda do Brasil, Uruguai e Argentina. Mas do que mais
sinto falta é poder ir num açougue comprar uma carne fresca de gado criado no
pampa. E também não falta a saudade enorme dos bailes gauchescos. Nada melhor
que as tradições para retemperar a saúde de nossa alma brasileira”.
CRISTINI ISABEL ANSCHAU, 25 anos, mora em Triesenberg, em
Liechtenstein. Trabalha em uma propriedade agrícola
“Estou morando há um ano em Liechtenstein, e a minha maior
preocupação ainda no Brasil, era de como ter erva mate o suficiente para os
dois anos na Europa. Eu tinha um limite de peso na bagagem, e não podia levar
mais erva do que roupa, mas mesmo assim levei 5 kg (risos). Quando eu sabia de
alguém que vinha do Rio Grande do Sul, pedia para trazer erva mate. Por isso,
mesmo estando longe da minha terra, tenho orgulho de ser gaúcha e essa tradição
estará sempre viva por onde quer que eu vá. Seja nos passeios pelas montanhas,
no ônibus, com neve ou aquele verãozinho bagual, na roda de amigos, ou até
mesmo sozinha, o
mate amargo do Sul é sempre a melhor companhia”.
TIAGO LUIS PAULI, 27 anos, mora em Aulendorf, na Alemanha. Trabalha e estuda no setor alimentício e de embutidos
“Como bom gaúcho sinto saudade da minha terra e tradições, pois
quem ama suas origens, sempre encontra um jeitinho para matar a saudade. Isto
no chimarrão de cada dia, ou vestindo a pilcha bem num churrasco com os amigos
em qualquer lugar, escutando aquela boa música, ou mesmo tocando gaita ou
violão. E em cada Semana Farroupilha vive-se intensamente estes bons costumes
gaúchos”.
EVERTON AUGUSTO WILLERS SCHNEIDER, 21 anos, mora na Austrália. Trabalha como assistente administrativo.
“Morando no exterior sinto falta
de diversas coisas da nossa tradição gaúcha, como tomar chimarrão todos os
dias, frequentar os fandangos no CTG, escutar as músicas tradicionalistas e a
nossas comidas típicas. As dificuldades para manter a tradição no exterior estão
presentes no dia a dia, quando queremos comprar nossas especiarias, por
exemplo. Tomar chimarrão é um hábito difícil de se manter longe de casa, mas
sempre se dá um jeito de conseguir erva em mercados que vendem especiarias de
outros países. Considero que é difícil manter as tradições no exterior como
comidas, danças e curiosidades da nossa tradição, mas são mantidas com força no
nosso coração”.
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