Blog do Jornal Dois Irmãos


23 de set. de 2013

Amor pelo Rio Grande vivido no Exterior

A Semana Farroupilha é o momento certo de expressar os nossos sentimentos pelo Rio Grande do Sul e o orgulho de preservar as tradições gaúchas que nos diferencia dos outros estados brasileiros. As pessoas nascidas nesta terra preservam suas ligações e sentem muita saudade da tradição. A redação do Jornal Dois Irmãos entrou em contato pelo Facebook com alguns gaúchos que residem no exterior para saber como cultivam e mantém as tradições vivas por lá.

ALOÍSIO PREUSS, 31 anos, mora em Soltau, na Alemanha. Estagiário na área de Economia Animal. Estuda e trabalha em uma criação suína
“Faço de tudo pra manter essa tradição mesmo longe de casa. Para preparar um bom chimarrão sempre trago uma erva boa do sul do Brasil quando vou visitar minha família que mora em Santa Maria do Herval. O maior problema é quando esse estoque de erva acaba. Aí se torna caro comprar através de sites brasileiros. E do bom churrasco nós gaúchos não abrimos mão, pois por aqui se consegue muita carne boa vinda do Brasil, Uruguai e Argentina. Mas do que mais sinto falta é poder ir num açougue comprar uma carne fresca de gado criado no pampa. E também não falta a saudade enorme dos bailes gauchescos. Nada melhor que as tradições para retemperar a saúde de nossa alma brasileira”.













CRISTINI ISABEL ANSCHAU, 25 anos, mora em Triesenberg, em Liechtenstein. Trabalha em uma propriedade agrícola
“Estou morando há um ano em Liechtenstein, e a minha maior preocupação ainda no Brasil, era de como ter erva mate o suficiente para os dois anos na Europa. Eu tinha um limite de peso na bagagem, e não podia levar mais erva do que roupa, mas mesmo assim levei 5 kg (risos). Quando eu sabia de alguém que vinha do Rio Grande do Sul, pedia para trazer erva mate. Por isso, mesmo estando longe da minha terra, tenho orgulho de ser gaúcha e essa tradição estará sempre viva por onde quer que eu vá. Seja nos passeios pelas montanhas, no ônibus, com neve ou aquele verãozinho bagual, na roda de amigos, ou até mesmo sozinha, o
mate amargo do Sul é sempre a melhor companhia”.



TIAGO LUIS PAULI, 27 anos, mora em Aulendorf, na Alemanha. Trabalha e estuda no setor alimentício e de embutidos
“Como bom gaúcho sinto saudade da minha terra e tradições, pois quem ama suas origens, sempre encontra um jeitinho para matar a saudade. Isto no chimarrão de cada dia, ou vestindo a pilcha bem num churrasco com os amigos em qualquer lugar, escutando aquela boa música, ou mesmo tocando gaita ou violão. E em cada Semana Farroupilha vive-se intensamente estes bons costumes gaúchos”.















EVERTON AUGUSTO WILLERS SCHNEIDER, 21 anos, mora na Austrália. Trabalha como assistente administrativo.        
“Morando no exterior sinto falta de diversas coisas da nossa tradição gaúcha, como tomar chimarrão todos os dias, frequentar os fandangos no CTG, escutar as músicas tradicionalistas e a nossas comidas típicas. As dificuldades para manter a tradição no exterior estão presentes no dia a dia, quando queremos comprar nossas especiarias, por exemplo. Tomar chimarrão é um hábito difícil de se manter longe de casa, mas sempre se dá um jeito de conseguir erva em mercados que vendem especiarias de outros países. Considero que é difícil manter as tradições no exterior como comidas, danças e curiosidades da nossa tradição, mas são mantidas com força no nosso coração”.

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