Blog do Jornal Dois Irmãos


9 de set. de 2014

Feira de Ciências do Imaculada apresenta mais de 40 trabalhos

Começou dia 4 a 1ª Feira Interna de Ciências, Sociedade e Tecnologia do Imaculada Conceição. A programação, que dura dois dias, deve expor 43 trabalhos das turmas do 6º ao 9º ano e do ensino médio. Diversos assuntos foram abordados, entre eles alcoolismo, lixo eletrônico, chuveiros ecológicos e deficiências visuais. A mobilização dos alunos começou no fim do mês de julho e cada turma contou com um professor na orientação e no desenvolvimento do assunto. Na tarde de ontem os trabalhos do ensino fundamental foram avaliados por professores da Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha, e os dois melhores serão expostos na Mostratec Júnior.

Quinta-feira - Turmas do ensino fundamental apresentaram seus 25 trabalhos para o público.
Sexta-feira - Na sexta-feira foi a vez dos alunos do ensino médio apresentarem seus 18 trabalhos.

Comparação de alimentos em busca de algo mais saudável
Os alunos da turma 71 escolheram um tema que aborda os maus hábitos alimentares das pessoas hoje em dia. O grupo explica que escolheu o assunto devido aos altíssimos índices de obesidade e doenças decorrentes da má alimentação. O principal objetivo da exposição é mostrar que as pessoas podem se alimentar de modos mais saudáveis sem abrir mão do sabor. Um exemplo é o bolo de feijão, feito pelos alunos, que para a surpresa de todos na pesquisa prática agradou 64% das pessoas, quando o bolo de chocolate ficou apenas com 36% da preferência.

Dínamo de bicicleta que carrega celular
O grupo da turma 301 desenvolveu um modo de transformar força mecânica em energia elétrica. O sistema funciona com um dínamo ligado à uma bicicleta, desta forma, quando a bicicleta começa a entrar em movimento, por meio das pedaladas, a força passa a ser revertida em energia elétrica, capaz de recarregar a bateria de um celular. A proposta é que as pessoas economizem energia e com isso ainda pratiquem um exercício físico. As referências para o trabalho foram tiradas da internet e de muitos livros que serviram de base para todo experimento.

Aproveitamento integral dos alimentos
O trabalho da turma 62 começou cedo este ano. Em parceria com o IMEC, os alunos tiveram a ideia de criar receitas com alimentos que muitas vezes são tirados da prateleira do supermercado por questões estéticas, e não por falta de qualidade. Uma fruta no ponto que ficou um pouco amassada, ou então aquelas verduras que já não estão fresquinhas na prateleira, tudo isso faz parte do objetivo principal que é evitar ao máximo o desperdício de alimentos. Além disso, os alunos pretendem também acabar com outro tabu, que é não utilizar a casca de certos alimentos nas receitas. As receitas apresentadas para degustação foram muitas, bolo de casca de banana, bolo de laranja com casca, bolo salgado de brócolis, cenoura e folhas de beterraba, além do suco de casca de abacaxi, tudo aprovado pelos alunos que experimentaram. 

Ενέργεια (do grego Energia)
A pesquisa da turma 301 foi baseada em problemas atuais, e algo que chamou a atenção dos alunos foram os altos valores das contas de energia elétrica. Apesar de existirem outros modos de produzir energia, como a eólica, elas se tornam caras na implantação, além de exigir muito espaço terrestre. Foi pensando nisso que o grupo se empenhou em desenvolver um modo de produzir energia elétrica que ocupe menos espaço, uma espécie de “mini hidrelétrica”. Com restos de material de construção, canos de PVC e raios de bicicleta os alunos elaboraram e produziram de forma simples, barata e sustentável, um gerador energético hidráulico a fim de diminuir o consumo de energia paga e os impactos ambientais.

Palmilha Tetra Pak
Outra preocupação dos alunos é a poluição e os baixos níveis de reciclagem. A turma 101 conseguiu dar um destino muito criativo para as chamadas caixas Tetra Pak (caixinhas de leite e suco). Como a reciclagem desse material acaba se tornando cara, devido diversas camadas de revestimento, os alunos desenvolveram palmilhas feitas com o material. Nos testes foram obtidos resultados interessantes, por exemplo, quando exposta a um calor de 110 C°, a palmilha conseguiu isolar totalmente a temperatura da parte superior, onde ficam os pés. Além disso, baseados em alguns cálculos, os alunos chegaram á conclusão de que a palmilha também isolaria totalmente dos pés uma temperatura de -47C°. O custo de produção de cada par fica em torno de R$0,25.

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