A dona de casa Maria Helena Hansen, 66 anos, já teve inúmeros prejuízos com o ar que vem junto com os canos da água. “Filtro de água, três bombas de água e bóia da caixa d’água foram alguns dos equipamentos danificados pelo ar ou pela forte pressão”, diz ela. Maria Helena ressalta que técnicos da Corsan visitaram sua casa e solicitaram que ela fizesse uma instalação próxima do relógio para diminuir a pressão da água, mas não resolveu a situação. “Tenho que evitar usar a máquina de lavar roupa, e isso causa transtornos nos afazeres da casa. Além disso, o relógio contabiliza o ar como se estivéssemos gastando água”, comenta.
A aposentada Santina Frizon, 60 anos, já quebrou inúmeras louças devido aos jatos de ar ou da água. “É um verdadeiro transtorno. O problema já perdura há três anos. Não é o ano todo, mas é um ou dois meses por ano”, diz ela. O morador Roque Nicodhemos, 51 anos, já teve prejuízos com uma máquina de lavar roupas que estragou em decorrência do ar que vem pelo encanamento da Corsan. “Já realizei inúmeros protocolos, até já levei uma garrafa com água para os vereadores, mas nada foi solucionado”, comenta Roque.
O que diz a Corsan
O chefe da unidade da Corsan de Dois Irmãos, Oneide Adel da Silva Castro, diz que teve conhecimento do fato há dois meses. “Conforme informações dos engenheiros da Corsan da Coordenadoria Regional de Campo Bom, não é problema de excesso de pressão, e sim de entrada de ar na tubulação, que tem ocorrido toda vez que há um desligamento do motor bomba do booster localizado na São Miguel. Isso pode acontecer quando falta energia elétrica ou se fazem consertos e substituição de equipamentos. O acionamento dos motores pode gerar a entrada de ar na rede, ocasionada pelo tipo de tubulação existente que é de menor diâmetro na sucção da saída do poço”, explica.
Segundo Oneide, será necessário substituir a tubulação de saída do poço até a rede na Av. São Miguel por uma tubulação de diâmetro maior. “Acredita-se que isto cessaria de vez a entrada de ar na rede de distribuição de água, que tem ocorrido ocasionalmente nas residências de alguns moradores próximos ao sistema de bombeamento”, afirma. Já foi realizado um projeto de investimento para aquisição de peças e materiais para atendimento desta demanda. “Mas, com a transição no Governo do Estado, estima-se que nos primeiros meses do ano de 2015 possamos realizar as melhorias necessárias, resolvendo de vez os transtornos que vem ocasionando insatisfação a estes moradores”, conclui o chefe da unidade.
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