Blog do Jornal Dois Irmãos


25 de nov. de 2013

Câmara de Vereadores lotada durante audiência pública sobre o Residencial das Flores

A tarde da última sexta-feira, dia 22, foi de casa cheia na Câmara de Vereadores de Dois Irmãos, durante a realização de audiência pública para esclarecer para a comunidade questões relacionadas ao Residencial das Flores, condomínio popular do programa Minha Casa, Minha Vida localizado no bairro São João. Cerca de 250 pessoas, a maioria delas candidata a um dos 240 apartamentos do condomínio popular, estiveram no local a fim de esclarecimentos. Ao todo, foram 832 famílias inscritas para um dos apartamentos, que tem a conclusão das obras prevista para março de 2014.
Na ocasião, estiveram presentes o gerente da unidade da Caixa Econômica Federal (CEF) de Dois Irmãos, Mario João Walter; o gerente regional de construção civil da CEF, Jairo Antônio Manfro; além da prefeita Tânia da Silva, o ex-prefeito Miguel Schwengber, o deputado federal Ronaldo Zulke, o secretário de Planejamento e Habitação, Nei Fernando Ferraz, e vereadores. Durante a explanação, o gerente Jairo explicou qual é o perfil dos candidatos que serão contemplados pelo programa. De acordo com ele, famílias que residam em área de risco, mulheres como chefe de famílias, idosos e deficientes físicos, terão prioridade na concessão dos apartamentos. Além disso, a renda familiar bruta de até R$ 1.600,00, será outro fator determinante, bem como não ter sido contemplado por nenhum outro programa habitacional, seja a nível federal, estadual ou municipal. Além dessas, foram esclarecidas outras questões referentes aos apartamentos populares, como o valor total que será pago pelos beneficiados para a aquisição do imóvel.
De acordo com o secretário Nei, a lista dos contemplados com um dos apartamentos populares deve ser divulgada no próximo dia 15 de dezembro, com a intenção de que eles sejam ocupados já a partir de abril. Segundo ele, a demora na divulgação dos nomes ocorreu em razão de problemas com o programa de computador contratado para fazer a pontuação e a classificação dos candidatos, com base nos dados fornecidos por eles. “Não estamos dando ou tirando apartamento de ninguém. Tudo depende das informações dadas por vocês ao preencher a ficha de inscrição”, ressaltou o secretário. A prefeita Tânia também se pronunciou pedindo a colaboração e a honestidade dos inscritos, e que só participassem aqueles que realmente não tivessem condições de adquirir um imóvel. “Não mintam para o papel. Abram mão em solidariedade àqueles que não têm onde morar”, pediu a chefe do executivo.
Ao abrir espaço para os ouvintes, porém, a maior dúvida e o motivo que gerou indignação por parte de muitos dos inscritos era referente à renda estabelecida para ser contemplado com um dos apartamentos. O público se manifestou relatando que o valor de 1.600 reais por família dificultava que muitos se enquadrassem no perfil estabelecido, onde um casal que trabalhasse na indústria, por exemplo, já estaria desclassificado.

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