Desolada, dona Celma olha a destruição pela janela |
Após ter a casa tomada pelo fogo na manhã desta terça-feira, a família de Valtair da Silva Rosa, de 55 anos, o Sargento Rosa, busca forças para recomeçar. Para isso, eles contam com a solidariedade de familiares, amigos, vizinhos e de pessoas que eles sequer conhecem.
A família perdeu tudo, desde móveis e documentos, até fotos que registraram os momentos vividos por eles nos 24 anos em que moraram na casa. O dinheiro economizado pela filha mais nova, Ana Paula, de 19 anos, que seria investido em sua faculdada de Administração de Empresas, também foi destruído. Atualmente, Rosa morava na casa com a esposa Celma, os filhos Diego e Ana Paula e o neto Nícolas, de apenas 4 anos.
Na tarde desta quarta, o Jornal Dois Irmãos esteve novamente no local do incêndio, acompanhado de dona Celma, que ainda com um semblante muito triste, lembra as cenas da tragédia de ontem, mas também, já agradece a todos que estão sendo solidários com a família. “Desde ontem, muitas pessoas vieram até nós para ajudar. Uma das cenas que mais me emocionou foi quando as crianças aqui perto de casa trouxeram brinquedos para o Nícolas. Um menino trouxe um brinquedo que até já estava quebrado, o outro veio com os braços cheios de ursinho. Me emocionei quando os vi, tão pequenos e com uma atitude tão bonita”, lembra ela.
Entre as coisas que foram destruídas pelo fogo estavam também injeções e outros medicamentos do sargento aposentado, que é transplantado de fígado há cerca de dois anos. A maior preocupação da família foi essa, manter o tratamento do pai em dia. “Durante um ano, ele precisa ir toda a semana para Porto Alegre. Uma das injeções, que custa 6 mil reais, ele recebe do governo, mas mesmo assim, todos os meses investimos cerca de R$1.500,00 em remédios. Todas as semanas ele passa por exame de sangue e consulta”, diz ela, destacando que a Secretaria de Saúde se colocou a disposição para transportar Rosa quando necessário. Como dona Celma comentou, desde ontem eles estão recebendo doações. Entre as coisas que ainda faltam estão mesa, cadeiras, sofá e geladeira. “Pagamos ontem a segunda prestação da TV e da geladeira”, lamenta ela.
De acordo com ela, nestes primeiros dias, a família está ficando na casa de conhecidos, mas já procura uma casa para alugar. “De preferência, que seja perto. O Rosa já disse que não vai sair daqui, e assim que a gente puder, vamos começar a construir nossa casa neste mesmo lugar”, ressalta Celma.
A perícia esteve no local esta manhã e uma das hipóteses é de que o incêncio tenha sido causado por um curto-circuito.
COMO AJUDAR - Quem quiser ajudar a família pode entrar em contato pelo 9786-8584. Doações também podem ser entregues na Escola de Música Tio Joaquim (Av. 25 de Julho, 1311). Contato pelo 3564-3748, 8400-9177 ou 9353-4171.
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