Blog do Jornal Dois Irmãos


29 de jan. de 2015

Apicultor alerta para cuidados com abelhas


O calor e a florada influenciam no surgimento de enxames itinerantes e no aumento do número de insetos nas colméias. O calor, principalmente, deixa abelhas, vespas e marimbondos mais agitados e agressivos. Na noite do último sábado, um ataque de abelhas matou duas pessoas e deixou cinco feridas durante a prática do rapel em Maquiné, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A redação do JDI conversou com o apicultor Silvio Jaeger, 70 anos, para saber quais os principais cuidados que devem ser tomados para evitar ataques.
Silvio destaca que, com o calor excessivo da estação, muitas plantas deixaram de florir, e consequentemente falta alimentação para as abelhas. “Elas acabam ficando mais agressivas e migram constantemente à procura de alimentos”, comenta. Ao perceberem um enxame de abelhas, as pessoas devem manter distância e sair do local o mais rápido possível. Também se deve evitar fazer ruídos, gritar ou operar qualquer máquina motorizada (tratores, máquina de cortar grama, pulverizador), pois o barulho também atiça as abelhas. “Em caso de ataque, proteja principalmente o pescoço e o rosto das ferroadas. Uma picada pode ser fatal para uma pessoa alérgica, por isso é recomendável procurar um médico”, explica ele.
É recomendável o uso de roupas claras, pois as abelhas são atraídas por cores escuras. Além disso, não é recomendável matar a abelha, pois o cheiro dela atrai outras. O apicultor explica que, caso a pessoa seja picada, deve retirar imediatamente os ferrões, pois eles continuam liberando peçonha gradativamente. Para os apicultores que trabalham diretamente com as abelhas, Silvio recomenda o uso das roupas de proteção específicas para a colheita do mel. “Quando se vai trabalhar na extração do mel é necessário ser ágil, para não deixá-las irritadas”.

ADAPI TEM 23 ASSOCIADOS


Os apicultores contam com o apoio da Associação Dois-irmonense de Apicultores (ADAPI). O atual presidente da entidade é o próprio Silvio Jaeger. “A entidade incentiva os apicultores, fornecendo informações técnicas, troca de experiências e parcerias. Está cada vez mais complicado achar espaços adequados para deixar as caixas com enxames de abelhas, em decorrência da urbanização”, comenta. A ADAPI conta com 23 associados, mas apenas 15 deles são atuantes. A expectativa era colher neste período cerca de 6 toneladas de mel, mas a falta de alimentação reduzirá este número, elevando o preço do produto. “O valor do mel aumentou 40%. Custava R$ 10 e subiu para R$14”, afirma ele. O mel e derivados dele extraídos pela ADAPI podem ser encontrados no comércio local e da região. De março a dezembro, é comercializado na Casa do Agricultor, que fica na Praça do Imigrante.

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