Silvio
destaca que, com o calor excessivo da estação, muitas plantas deixaram de
florir, e consequentemente falta alimentação para as abelhas. “Elas acabam
ficando mais agressivas e migram constantemente à procura de alimentos”, comenta.
Ao perceberem um enxame de abelhas, as pessoas devem manter distância e sair do
local o mais rápido possível. Também se deve evitar fazer ruídos, gritar ou
operar qualquer máquina motorizada (tratores, máquina de cortar grama,
pulverizador), pois o barulho também atiça as abelhas. “Em caso de ataque,
proteja principalmente o pescoço e o rosto das ferroadas. Uma picada pode ser
fatal para uma pessoa alérgica, por isso é recomendável procurar um médico”,
explica ele.
É
recomendável o uso de roupas claras, pois as abelhas são atraídas por cores
escuras. Além disso, não é recomendável matar a abelha, pois o cheiro dela
atrai outras. O apicultor explica que, caso a pessoa seja picada, deve retirar
imediatamente os ferrões, pois eles continuam liberando peçonha gradativamente.
Para os apicultores que trabalham diretamente com as abelhas, Silvio recomenda
o uso das roupas de proteção específicas para a colheita do mel. “Quando se vai
trabalhar na extração do mel é necessário ser ágil, para não deixá-las
irritadas”.
ADAPI TEM 23 ASSOCIADOS
Os
apicultores contam com o apoio da Associação Dois-irmonense de Apicultores
(ADAPI). O atual presidente da entidade é o próprio Silvio Jaeger. “A entidade
incentiva os apicultores, fornecendo informações técnicas, troca de
experiências e parcerias. Está cada vez mais complicado achar espaços adequados
para deixar as caixas com enxames de abelhas, em decorrência da urbanização”,
comenta. A ADAPI conta com 23 associados, mas apenas 15 deles são atuantes. A
expectativa era colher neste período cerca de 6 toneladas de mel, mas a falta
de alimentação reduzirá este número, elevando o preço do produto. “O valor do
mel aumentou 40%. Custava R$ 10 e subiu para R$14”, afirma ele. O mel e
derivados dele extraídos pela ADAPI podem ser encontrados no comércio local e
da região. De março a dezembro, é comercializado na Casa do Agricultor, que
fica na Praça do Imigrante.
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