Blog do Jornal Dois Irmãos


14 de jul. de 2015

Debate sobre saúde ganha força na Câmara


O secretário da Saúde, Jerri Meneghetti, esteve na sessão desta segunda-feira. Além de fazer uma prestação de contas do trabalho na sua pasta, ele respondeu a questionamentos dos vereadores. Jerri confirmou que a prefeitura tem mais de R$ 1 milhão a receber em repasses atrasados do Governo do Estado e da União, o que pode prejudicar o atendimento.
- Se até o final de julho ou início de agosto não houver um aporte maior de recursos, vamos ter que cortar alguns serviços, acabando com o atendimento a outros municípios – disse o secretário.
O presidente Joracir Filipin (PT) lembrou que, pouco tempo atrás, o Poder Legislativo aprovou um projeto de R$ 1.153.000,00 para o Hospital São José e, agora, recebeu outro projeto no valor de R$ 576 mil. Jerri explicou que o projeto anterior era para os repasses de junho e julho, e que este é para o pagamento que vai acontecer no início do setembro.
O debate sobre a saúde se estendeu aos pronunciamentos dos vereadores. Paulinho Quadri (PMDB) concordou com o secretário da Saúde quanto ao atendimento a pacientes de outros municípios.
- O governo federal cortou R$ 12 bilhões da área da saúde, e isso afeta estados e municípios. Se tiver que cortar serviços, vamos cortar dos outros, pois o que importa é o povo de Dois Irmãos – afirmou.
Antônio Renz (PDT), que está de volta ao Poder Legislativo durante um período de licença do vereador Jair Quilin (PDT), não gostou das declarações.
- Já pensou se agora o (prefeito) José Fortunati dissesse que Porto Alegre não iria mais atender pacientes de outros municípios? Se existe um convênio com o Governo do Estado, a prefeitura deve exigir que o dinheiro seja repassado. Acho que o município já passa um valor exorbitante para o Instituto Vida administrar o Hospital São José – comentou o vereador.

POLÊMICA DO FGTS/INSS
Joracir Filipin (PT) voltou à tribuna para lamentar o atraso nos depósitos de FGTS e INSS dos funcionários do Hospital São José, conforme noticiado na semana passada.
- A gente poderia trancar os projetos de repasses para o Instituto Vida, mas sabemos que o atendimento na saúde é muito importante. O certo é que esses atrasos não podem acontecer. Se não resolverem a situação dentro de um mês, vamos tomar uma atitude mais forte. Temos que cobrar, pois o município repassa muitos recursos para essa entidade – afirmou.
Sérgio Fink (PTB) saiu em defesa da administração municipal.
- Assim que tomou conhecimento do fato, a prefeita Tânia (da Silva) encaminhou um ofício ao Instituto Vida. A verdade é que a situação na saúde é delicada. Hoje, temos 15 hospitais no Estado fechados ou com serviços suspensos por falta de dinheiro. Sem receber, as entidades são obrigadas a buscar soluções – comentou o petebista.
Paulinho Quadri (PMDB) lembrou que, na gestão anterior, do ex-prefeito Miguel Schwengber, o planejamento e gerenciamento do Hospital São José foi apontado como deficiente pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Márcio Goldschmidt (PT) rebateu, dizendo que “é preciso olhar para frente”, e cobrou um projeto da atual administração a respeito do futuro do pronto-atendimento.
- O município ganhou prazo para desocupar o prédio onde está o Posto 24h, e esse prazo está acabando. Queremos saber como se dará essa transição – declarou o petista.

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