O secretário da Saúde, Jerri Meneghetti, esteve na
sessão desta segunda-feira. Além de fazer uma prestação de contas do trabalho
na sua pasta, ele respondeu a questionamentos dos vereadores. Jerri confirmou
que a prefeitura tem mais de R$ 1 milhão a receber em repasses atrasados do
Governo do Estado e da União, o que pode prejudicar o atendimento.
- Se até o final de julho ou início de agosto não
houver um aporte maior de recursos, vamos ter que cortar alguns serviços,
acabando com o atendimento a outros municípios – disse o secretário.
O presidente Joracir Filipin (PT) lembrou que,
pouco tempo atrás, o Poder Legislativo aprovou um projeto de R$ 1.153.000,00
para o Hospital São José e, agora, recebeu outro projeto no valor de R$ 576
mil. Jerri explicou que o projeto anterior era para os repasses de junho e
julho, e que este é para o pagamento que vai acontecer no início do setembro.
O debate sobre a saúde se estendeu aos
pronunciamentos dos vereadores. Paulinho Quadri (PMDB) concordou com o
secretário da Saúde quanto ao atendimento a pacientes de outros municípios.
- O governo federal cortou R$ 12 bilhões da área da
saúde, e isso afeta estados e municípios. Se tiver que cortar serviços, vamos
cortar dos outros, pois o que importa é o povo de Dois Irmãos – afirmou.
Antônio Renz (PDT), que está de volta ao Poder
Legislativo durante um período de licença do vereador Jair Quilin (PDT), não
gostou das declarações.
- Já pensou se agora o (prefeito) José Fortunati
dissesse que Porto Alegre não iria mais atender pacientes de outros municípios?
Se existe um convênio com o Governo do Estado, a prefeitura deve exigir que o
dinheiro seja repassado. Acho que o município já passa um valor exorbitante
para o Instituto Vida administrar o Hospital São José – comentou o vereador.
POLÊMICA
DO FGTS/INSS
Joracir Filipin (PT) voltou à tribuna para lamentar
o atraso nos depósitos de FGTS e INSS dos funcionários do Hospital São José,
conforme noticiado na semana passada.
- A gente poderia trancar os projetos de repasses
para o Instituto Vida, mas sabemos que o atendimento na saúde é muito
importante. O certo é que esses atrasos não podem acontecer. Se não resolverem
a situação dentro de um mês, vamos tomar uma atitude mais forte. Temos que
cobrar, pois o município repassa muitos recursos para essa entidade – afirmou.
Sérgio Fink (PTB) saiu em defesa da administração
municipal.
- Assim que tomou conhecimento do fato, a prefeita
Tânia (da Silva) encaminhou um ofício ao Instituto Vida. A verdade é que a
situação na saúde é delicada. Hoje, temos 15 hospitais no Estado fechados ou
com serviços suspensos por falta de dinheiro. Sem receber, as entidades são
obrigadas a buscar soluções – comentou o petebista.
Paulinho Quadri (PMDB) lembrou que, na gestão
anterior, do ex-prefeito Miguel Schwengber, o planejamento e gerenciamento do
Hospital São José foi apontado como deficiente pelo Tribunal de Contas do
Estado (TCE). Márcio Goldschmidt (PT) rebateu, dizendo que “é preciso olhar
para frente”, e cobrou um projeto da atual administração a respeito do futuro
do pronto-atendimento.
- O município ganhou prazo
para desocupar o prédio onde está o Posto 24h, e esse prazo está acabando.
Queremos saber como se dará essa transição – declarou o petista.
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