Blog do Jornal Dois Irmãos


1 de out. de 2013

Escola Edvino Bervian passa a ter atendimento especializado


Um grande desafio lançado nas escolas municipais de Morro Reuter é a inclusão de crianças com necessidades especiais em classes regulares de ensino. A partir de hoje, dia 1º de outubro, a escola municipal Edvino Bervian, no bairro Planalto, inicia o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Os alunos frequentam as aulas regularmente e no contraturno, uma vez por semana, recebem atendimento em uma sala de recursos multifuncionais equipada recentemente através de recursos do Ministério da Educação.

Conforme as professoras que prestarão o atendimento no contraturno, Gisele Claro da Silva e  Daisy Eckhard Bondan, o principal objetivo do AEE é instrumentalizar os alunos com deficiência. “Esse processo de aprendizagem ocorre através de apresentação de materiais, equipamentos, sistemas e códigos, entre outros, que proporcionem acesso, autonomia, independência e participação nas atividades educativas e do cotidiano”, explicam elas, acrescentando que é de extrema importância este acompanhamento, pois o AEE é um suporte especializado para aluno e professor, e não um reforço escolar. O atendimento iniciará com sete crianças, sendo que quatro são da escola Francisco Weiler (Picada São Paulo), uma da Tiradentes (São José do Herval) e duas da própria Edvino Bervian.
Inicialmente, cada criança receberá acompanhamento uma vez por semana, durante uma hora. Os atendimentos ocorrerão nas terças-feiras, pela manhã e à tarde, nas quartas-feiras pela manhã e nas sextas-feiras à tarde. “É um recurso que vai agregar na aprendizagem das crianças”, comenta.
Dirce Schneiders, diretora da escola Edvino Bervian. 

Inclusão ainda é um desafio

Serão atendidas crianças com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação. Entre as atividades propostas, está a construção de materiais adaptados para o auxílio do professor em sala de aula, como pranchas de comunicação alternativa; e de materiais adaptados para a utilização dos alunos, como adaptador para segurar lápis, jogos e textos com letras aumentadas. 
As salas são adaptadas com materiais didáticos e pedagógicos, computadores, lupas eletrônicas, software para construção de pranchas de comunicação, mesas, quadro branco, tudo disponibilizado pelo MEC (sala tipo 1). As crianças são encaminhadas para o atendimento após uma triagem realizada pela equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, juntamente com as pedagogas das escolas.
Para o secretário de Educação, Márcio Malgarin, é uma grande satisfação poder prestar este tipo de atendimento. O município também já foi contemplado, através de um projeto do MEC/FNDE, com mais duas salas multifuncionais, uma na escola Francisco Weiler e outra na Tiradentes. “As salas são para o atendimento de crianças de inclusão, e estas duas escolas passarão a atender a partir de 2014”, conta Márcio. 

Quem são as professoras do AEE?
A professora Gisele Claro da Silva é formada em Licenciatura em Computação, Especialização em Informática na Educação e tem Mestrado em Inclusão Social e Acessibilidade. Daisy Eckhard Bondan é formada em Magistério, bacharel em Fisioterapia, com Especialização em Psicomotricidade Relacional e Especialização em Transtornos da Infância e Adolescência – Abordagem Interdisciplinar. Ambas também fizeram curso específico para Atendimento Educacional Especializado. Por ser um atendimento pioneiro na cidade, a expectativa é grande para o início do trabalho. “Sabemos que a inclusão ainda é um desafio para as escolas e professores. Saber que poderemos contribuir com o aprendizado destas crianças que serão atendidas nos estimula a sempre estudar mais e buscar novas ideias”, destacam elas.

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