No início da tarde de hoje, a prefeita Tânia negou que tenha desrespeitado a categoria e disse que o sindicato foi ofensivo na sua manifestação. “Recebi o primeiro ofício já determinando prazos, com palavras pesadas como ‘desrespeito’, sem ninguém ter me procurado antes para conversar. Estive em todas as escolas e nenhuma servidora se manifestou”, disse ela. Depois do ofício, Tânia teve um primeiro encontro apenas com as merendeiras. “Fizemos uma roda de conversa, e as que falaram diziam que o assunto deveria ser tratado apenas com o sindicato. O termo que elas usaram foi ‘chega de enrolação’, dizendo que já tinham sido enroladas pelo Juarez (Stein), pelo Renato (Dexheimer) e pelo Miguel (Schwengber)”, conta a prefeita Tânia.
Foi marcada, então, uma nova reunião para o dia 2 de outubro. “Nesta reunião, eu realmente disse ‘não’, porque elas pediram para não ser enroladas. Juridicamente, não é possível ver a questão dos feriados-ponte e do recesso de inverno sem prejuízo às férias normais porque elas não fazem parte do plano de carreira do magistério. Elas são do plano de carreira normal dos servidores públicos. Na questão do remanejo, acredito que não existe falta de inteligência por parte da administração na forma como as merendeiras são colocadas nas escolas”, explicou ela.
A respeito do ponto mais sensível, que é a reclassificação de padrão, a prefeita Tânia foi enfática: “Todo funcionário público merece ser valorizado, mas no momento em que se fizer a reclassificação de um padrão, os outros também vão querer. E nós temos que pensar a prefeitura como um todo. Portanto, não há como fazer nada agora”. Ela disse ainda que a prefeitura está retomando a revisão do plano de carreira do servidor, a fim de readequar os cargos e as funções, mas que esse é um trabalho demorado. “Se a greve acontecer, vamos ficar fragilizados, assim como as funcionárias e, mais ainda, a comunidade escolar. Mas vale lembrar que, quando prestaram concurso, as serventes sabiam da carga horária e do seu padrão de vencimentos”, disse ela, acrescentando que o salário atual é compatível com o que se paga em outros municípios da região. “Elas têm um salário-base de 893 reais, mais insalubridade de 177 e vale-refeição que fica em torno de 148 reais por mês”, concluiu.
Atualmente, todas as escolas da rede municipal de ensino dependem do trabalho das merendeiras, principalmente as unidades de educação infantil, que contam com almoço e demais refeições. As serventes de escola também são responsáveis pelo serviço de limpeza.
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