Blog do Jornal Dois Irmãos


8 de out. de 2013

Tânia diz que agora não pode fazer nada pelas merendeiras

Categoria anuncia que vai entrar em greve a partir de quinta-feira por melhor salário e outros benefícios


As merendeiras entrarão em greve a partir das 8h30 de quinta-feira, dia 10. A decisão foi tomada em assembleia realizada no início da noite de ontem, com participação de 32 das 47 serventes de escola da rede municipal. A categoria reivindica melhoria salarial, com a reclassificação de padrão, além de outros benefícios. Na sessão da Câmara, ontem à noite, representantes das merendeiras reclamaram da falta de negociação e do tratamento recebido da prefeita Tânia da Silva (leia a cobertura completa na página 5).
A categoria de servente ou merendeira está classificada no padrão 2 do plano de carreira do servidor público, com salário-base de R$ 893,38 para 44 horas semanais (R$ 4,06 a hora). “Hoje existe grande disparidade salarial entre serventes de escola e serviços gerais, mas as funções exercidas pelas duas categorias são praticamente as mesmas”, comenta Bruno Rodriguez, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Dois Irmãos. Um funcionário de serviços gerais recebe os mesmos R$ 893,38, mas por 34 horas semanais (R$ 5,25 a hora). Com a reclassificação para o padrão 5, o salário-base passaria para R$ 1.130,63 (R$ 5,13 a hora).
As merendeiras também pleiteiam sua inclusão no sistema dos chamados feriados-ponte, a fim de compensar as horas necessárias para gozar destes feriados estabelecidos no calendário escolar; recesso de cinco dias no inverno e reavaliação de forma inteligente da disposição das serventes de acordo com a proximidade entre a escola e sua residência. “No início, a prefeita até sinalizou positivamente para aquilo que não precisava gastar, como o recesso de inverno e os feriados-ponte. Criou-se uma comissão para negociar, mas na primeira reunião ela voltou atrás em tudo. Chegou com respostas prontas: ‘É não, não e não’. Disse que não tinha recursos, mas a gente fez o cálculo do impacto financeiro, que seria pequeno. A folha passaria de 47,71% para 48,45% com a reclassificação”, explica Bruno, dizendo que a prefeita se mostrou completamente intransigente.

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