Há pouco mais de dois anos, um equatoriano decidiu dar um novo rumo a sua vida, ao deixar de lado sua carreira como médico para se aventurar pela América Latina em cima de uma motocicleta. Francisco Sepúlveda, 26, é natural de Cuenca, e deixou sua cidade em 25 de janeiro de 2012, em cima de sua “Balita”, nome dado por ele a sua motocicleta Vespa, ano 1997. Durante a sua viagem, o médico já conheceu diversas cidades e localidades em países como Peru, Bolívia, Argentina e Uruguai, e agora Brasil.
Francisco chegou a Dois Irmãos na tarde do último sábado, dia 1º, totalizando, assim, 19.150 km rodados, desde que deu início a sua aventura. Acompanhado da namorada, a argentina Ivana Recalde, essa é a primeira vez que o equatoriano realiza esse tipo de viagem. “Quando pequeno, meu pai comprou uma motocicleta, e naquele momento começava um sonho, o de sair pelo mundo para conhecer lugares e pessoas, e viver grandes aventuras”,lembra ele. “Essa tem sido a melhor experiência em toda a minha vida. A quem gosta desse tipo de viagem, recomendo fazer algo assim. É libertador”, define Francisco.
Ao longo do caminho, o aventureiro tem contado com a colaboração de pessoas para seguir viagem, que oferecem a ele combustível, alimentação ou hospedagem. uma dessas paradas, enquanto ainda estava cidade argentina de Gualeguaychú, Francisco conheceu a namorada, Ivana, ao ficar hospedado na casa dela e de seus familiares. “Encantei-me por ela logo que a conheci, mas não tomei nenhuma iniciativa, afinal, não queria desrespeitá-la nem a família dela dentro da sua casa”,conta Francisco, destacando que ao chegar em solo brasileiro decidiu fazer o convite. “Quando estava em Pelotas, tomei coragem para dizer o que sentia, fiz o convite e ela aceitou. Até então, não tínhamos feito nada além de conversar”,relata o médico.
Os dois se encontraram em Santa Maria, no último dia 18, e seguiram rumo a Novo Hamburgo, vindo para Dois Irmãos a convite do grupo Confraria Vespa Motor Club. “É uma cidade muito tranquila, com uma paisagem muito bonita. E o que falar das pessoas? Todos têm sido muito gentis conosco”, comenta Ivana. A rota muda conforme o desejo dos dois aventureiros, mas a intenção era seguir em direção a Torres e conhecer o Litoral Norte do Estado. Além de contar com a generosidade alheia, Francisco tem custeado sua viagem através do patrocínio de pessoas e empresas, e também com a venda de souvenires, como adesivos alusivos a sua aventura, além do apoio de membros dos grupos de Vespa, como o Confraria, de Dois Irmãos. Inserido na rede de vespistas, que compreende a área entre Córdoba, na Argentina, e o Rio de Janeiro, o grupo Confraria Vespa Motor Club completa 7 anos em agosto, e dá suporte aos vespistas que se se aventuram mundo afora. Segundo Fábio Borba, em breve o grupo deve acolher um francês
que também está se aventurando pelo mundo.
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Quem quiser entrar em contato com o médico e seguir acompanhando sua aventura, pode conferir a página no Facebook: www.facebook.com/travessiavespa.
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