Blog do Jornal Dois Irmãos


19 de ago. de 2014

Luta contra a balança







A obesidade vai muito além da estética, é uma questão de saúde que merece atenção especial. E para combatê-la é preciso muito esforço, dedicação e força de vontade.  O Jornal Dois Irmãos conversou com quatro pessoas que encararam o desafio de lutar contra a balança, seja através de cirurgia para redução do estômago ou de dieta e exercícios.






-

“Incoerente ser obesa e falar com tanta ênfase sobre saúde”


A professora Lea Eudes dos Reis Henrichsen, 43 anos, diz que sempre foi fofinha. Aos 19 anos pesava mais de 90 quilos. Aos 23 anos foi mãe e chegou aos 96 quilos, continuando com eles por uns 10 anos. Daí engordou mais chegando a 104. Aos 33 anos engravidou novamente e foi a 110. “Eliminei 24 quilos e voltei a engordar”, comentou.

Ela acredita que o fator que a fez engordar foi a família desestruturada com um pai muito bravo, o que fez com que ela usasse a comida para suprir suas frustrações. Depois de um estômago dilatado, fica difícil manter um peso mais baixo. “Decidi fazer a cirurgia em fevereiro de 2013, após a minha formatura. Comecei o processo de exames no dia 15 de março e no dia 25 de junho fiz a cirurgia. Tive muito medo, apesar de tentar me manter calma, pois tinha uma filha de 8 anos. Imaginei mil coisas, mas estou aqui cuidando dela hoje”, relata.

O que a mais motivou a fazer a cirurgia foi a preocupação com a saúde. “Sou filha de pai diabético, tios paternos diabéticos e tenho uma irmã diabética. Como quem tem a circunferência abdominal muita grande, corre mais riscos de desenvolver o diabetes comecei a me preocupar”, conta ela. Outro motivo muito forte foi a sua profissão. “Sou professora de culinária e ensino aos alunos receitas saudáveis para que possamos substituir por aquelas industrializadas. Era incoerente ser obesa e falar com tanta ênfase sobre saúde”, revela Lea.

Ela diz que não sofreu bullying, pois tinha aprendido a conviver consigo mesma e com sua situação e brincava muito com ela. “Recebi alguns apelidos, (hipo, barril, baleia, orca) mas não pegaram por que eu não ficava brava”, relembra ela, aos risos.

Uma mudança necessária
Questionada se indica a cirurgia para outras pessoas que querem perder peso, ela diz: “Só indicaria para pessoas que estão com uma cabeça bem preparada, porque a mudança é muito grande. Você somente opera o estômago, e não a cabeça. Ela continua pensando gorda, ou seja, em comida. Não cabe mais tanta comida, mas com o tempo pode ganhar peso novamente”. Além disso, para fazer a cirurgia, a pessoa deve estar bem ciente do que quer, pois muitas mudanças vão ocorrer. “Faz um ano e dois meses da minha cirurgia, e até hoje não tomei refrigerante nem bebida alcoólica e tenho evitado os embutidos. Os cuidados são grandes, mas valem a pena se é isto que você quer”.

Os principais cuidados após a mudança foram os horários fixos de alimentação e tomar muita água. Além das atividades físicas que começaram no hospital. “Em casa tinha que caminhar aos poucos, pois existia o risco de dar trombose. Com um mês de cirurgia comecei a caminhar 30 minutos, aumentando 10 minutos a cada semana até chegar a 1 hora. Com 3 meses passei a fazer academia 3 vezes por semana”, diz ela. A professora de culinária pesava 109 quilos e hoje pesa 74 quilos. De calça 52/54 veste hoje 42, e se sente muito feliz por toda a mudança que aconteceu. O pior da cirurgia foi dormir no hospital. “No mais, não achei nada difícil. Era um objetivo que havia traçado para mim. Encarei como uma mudança necessária e fui”, revela.

-

Ela emagreceu 54 quilos sem remédio e cirurgia e quer perder mais


Acredite, a administradora Sovenir Enzweiler, 28 anos, emagreceu 54 quilos sem remédio e sem cirurgia. Ela diz que começou a engordar aos 14 anos, e acredita que o fator que tenha tomado maiores proporções na balança foi a crença: “Estar gordinho é estar saudável”.
Ela já fez vários tipos de dietas, e teve resultados passageiros. “Hoje posso dizer que encontrei o que realmente me motiva a levar uma vida mais saudável. Descobri que cuidando da minha saúde isso implica em vários fatores, um deles no meu emagrecimento. Andar de roller (patins) era uma das minhas grandes vontades. Hoje já me divirto em cima das rodinhas. Afinal, se eu quero só depende de mim”, diz ela, determinada a atingir os resultados.

Ela conta que não sofreu bullying. “Sempre fui uma pessoa feliz e consciente do meu peso e estilo de vida. Uma das minhas características é a diversão, então sempre me diverti muito com tudo isso. Para não perder a piada, eu dou risada junto”, garante Sove, aos risos. Perguntada sobre a maior dificuldade durante a dieta. Ela responde de supetão: “Não estou de dieta... Estou em busca de uma vida mais saudável. Dei início nesse processo com a dieta Dukan, e hoje a matemática é gastar mais energia do que ingerir. Uma dificuldade ou desconforto é quando as pessoas julgam que não posso comer as coisas por estar de ‘dieta’. Na verdade, eu posso, mas no atual momento não quero ou evito”, revela ela.

Sove faz exercícios todos os dias e gosta muito de ir na aula de Zumba. “Encontrei alternativas que me fazem feliz, e o resultado disso é a redução de peso. Hoje participo do Grupo de Emagrecimento com Coach, que vai me auxiliar a eliminar os últimos quilinhos (risos). As mudanças estão na forma de pensar e no conjunto de crenças que nos movem, sou fã da PNL e acredito que o sucesso é intransferível”, conta ela. Até agora, ela já eliminou 54 quilos e pretende pesar bem menos. “Afinal! Não é só os quilos que se perdem, mas é a vida que ganha”, diz ela referindo-se a sensação de estar atingindo os resultados.

Leia a matéria completa na edição impressa do Jornal Dois Irmãos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário