O
deputado federal Henrique Fontana (PT) esteve em Dois Irmãos na última
quinta-feira, dia 2. Acompanhado do ex-prefeito Miguel Schwengber, ele visitou
algumas obras na cidade e também esteve na redação do JDI. “Aproveito essas
oportunidades para ver de perto as coisas boas que o nosso governo está
fazendo”, disse ele, fazendo um contraponto ao momento turbulento vivido pelo
governo federal em Brasília.
Na
passagem pelo município, Fontana esteve no posto de saúde do bairro Primavera,
na escola pró-infância do São João, no centro de esportes e lazer do Bela Vista
e na usina de reciclagem de lixo. “Foi uma tarde de trabalho ao lado do
ex-prefeito Miguel, visitando algumas obras que a gente ajudou a viabilizar”,
comentou. “No posto do Primavera, tivemos uma emenda de 200 mil do deputado
Fontana. Na ampliação da usina, foram quase 400 mil investidos pelo governo
federal. São conquistas importantes”, acrescentou o ex-prefeito.
Fontana
é ex-líder de governo da presidente da Dilma Rousseff na Câmara Federal. Em um
bate-papo com o editor do JDI, Alan Caldas, ele também comentou os escândalos
de corrupção na Petrobras o momento delicado vivido pela economia brasileira.
Leia a seguir:
CRISE POLÍTICA
Os
desdobramentos da Operação Lava-Jato atingem vários partidos, mas é o PT quem
tem sofrido os mais fortes ataques da oposição e da opinião pública.
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Vivemos um momento bem difícil, um momento de crise política. Mas eu acredito
que tudo isso vai ser superado e que vamos sair melhores desta situação. Temos
problemas graves de corrupção, que estão sendo investigados. E, a partir disso,
o Brasil vai aprender a olhar para a corrupção e definir que ela não é um
problema só da política e dos políticos. Prova disso é que nunca se prendeu
tantos diretores de empresas – comenta Fontana.
Ele
destaca, ainda, o esforço do governo federal em apurar todas as denúncias de
corrupção:
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Não posso acreditar ou aceitar que até o PT chegar ao poder todas as obras
públicas eram 100% qualificadas e não havia propina no Brasil. A presidenta
está sendo muito firme. Quem governa o país é responsável pelo padrão de
investigação que estamos tendo atualmente.
CRISE ECONÔMICA
Para
o deputado federal, o atual momento econômico ainda é reflexo da grande crise
mundial.
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Essa questão da economia é um problema que vem de fora, que começou lá em 2008.
Internamente, temos o componente político que acaba contaminando as pessoas com
pessimismo. Apesar de tudo, o Brasil vive o melhor nível de emprego da sua
história. É claro que temos alguns problemas econômicos, mas nós não somos a
Grécia, por exemplo. Estamos passando por um ajuste complexo, e a presidenta
Dilma tem estabelecido medidas para manter o foco da sua política econômica,
que é o emprego e a distribuição de renda – enfatiza o parlamentar.
DIREITOS TRABALHISTAS
Sobre
as mudanças nas leis trabalhistas, o deputado contesta quem diz que a
presidente mentiu e não cumpriu com sua palavra. Na época da campanha
eleitoral, Dilma Rousseff fez uma frase emblemática: “Não mexo em direitos
trabalhistas nem que a vaca tussa”.
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As mudanças propostas na questão das pensões e no seguro-desemprego não querem
dizer que a vaca tossiu. Essas correções servem para fortalecer esses
mecanismos. Pergunte a qualquer um dos leitores se eles acham justo que um
pensionista de 30 anos, por exemplo, receba uma pensão vitalícia. O que está
sendo proposto é uma tabela em que uma pessoa entre 20 a 30 anos receba o
benefício por um determinado tempo. E assim por diante. Somente acima dos 45
anos é que a pensão seria vitalícia – explica.
No
seguro-desemprego, segundo Fontana, o governo pretende evitar casos de pessoas
que recebem o benefício e trabalham na informalidade. Antes, o trabalhador
podia solicitar o seguro após trabalhar seis meses. Com as novas regras, ele
precisa comprovar vínculo com o empregador por pelo menos 18 meses na primeira
vez em que requerer o benefício. Na segunda solicitação, o período de carência
será 12 meses. A partir do terceiro pedido, a carência voltará a ser seis
meses.
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Como eu já disse e volto a frisar, o Brasil vive o melhor nível de emprego da
sua história. Mesmo assim, em 2014, pagamos o maior número de
seguros-desemprego da história. Algo está errado, e o que se pretende é
aumentar o prazo de carência, para evitar que muitos trabalhem “frio” e
continuem recebendo o benefício do governo.
APROVAÇÃO DE DILMA
Pesquisa
Ibope divulgada semana passada mostrou que a administração de Dilma tem a
aprovação de apenas 12% dos entrevistados, percentual que reúne os que avaliam
o governo como “ótimo” ou “bom”. Já os que julgam o governo “ruim” ou
“péssimo”, são 64%. Para 23%, o governo é “regular”. A pesquisa, encomendada
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi feita entre os dias 21 e 25
de março e ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios. Apesar da maré contrária, o
deputado acredita que o governo federal dará a volta por cima:
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É claro que não vai ser da noite para o dia, mas vamos recuperar a curva de
popularidade da presidenta. Não há como a oposição sustentar um discurso de
corrupção durante três anos – avalia Fontana.
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