A 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, entre 23 e 28 de
julho, encerrou sua programação no último domingo, com a participação entusiasmada
de pessoas de diferentes partes do Brasil e do mundo. Em uma semana no Brasil,
o Papa Francisco reuniu milhões de fiéis no Rio de Janeiro e em Aparecida,
interior de São Paulo. Carismático, bebeu mate, abraçou as pessoas, desceu do
papamóvel, abençoou crianças, jovens e adultos com palavras de fé e coragem,
mas também com discursos duros, contra a desigualdade social, pedindo mais
amor aos pobres e mais respeito aos políticos e às instituições. Em uma intensa
agenda de eventos, também pediu empenho na renovação da Igreja. A Jornada
Mundial da Juventude chegou a reunir 3,5 milhões de pessoas em Copacabana,
segundo a organização. O Papa anunciou que a próxima será em 2016 na Cracóvia,
Polônia.
- Eu peço a vocês que sejam revolucionários, que vão contra a corrente;
sim, nisto peço que se rebelem; que se rebelem contra essa cultura do
provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir
responsabilidades, que não são capazes de amar a verdade. Eu tenho confiança
em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”.
Tenham a coragem de ser felizes! – disse o pontífice.
MENSAGEM TOCANTE
De Dois Irmãos, 42 pessoas participaram do evento e retornaram à cidade na madrugada desta terça-feira, por volta das 3h. Além do Rio de Janeiro, os viajantes também conheceram as cidades paulistas de Aparecida e Cachoeira Paulista, onde fica localizada a Comunidade Católica Canção Nova. De acordo com um dos membros do Curso de Liderança Juvenil (CLJ) da Paróquia São Miguel e um dos organizadores da viagem, Anderson dos Santos, 21 anos, o evento foi bastante produtivo. “Tudo valeu a pena. O contato com pessoas de diferentes partes do Brasil e do mundo e, apesar de falarmos diferentes idiomas, todos se entendiam, em função dessa sintonia, dessa comunhão entre as culturas”, destaca o jovem.
Sobre o discurso do Papa, Anderson destaca que a mensagem do Pontífice sobre a fraternidade foi bastante tocante, mostrando que o que deve prevalecer é o amor e união entre todos. Além disso, outro ponto ressaltado por ele foi a exclamação do Papa de que “jovem que não protesta não me agrada”. “Ele nos mostra que nós somos responsáveis pelas mudanças que queremos. A nossa viagem, se formos avaliar, traduz bem esse sentimento. Foi difícil organizá-la, com cada um tendo que doar um pouco de si para fazê-la acontecer, mas nós queríamos fazer parte”, ressaltou Anderson.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Segundo Décio Weber, 50 anos, que também participou do evento, mesmo com todos os contratempos enfrentados, como a questão da mobilidade com o transporte público, e também a espera em filas para participar do evento, onde chegaram a ficar mais de 10 horas, Décio define a JMJ como extraordinária, levando a todos a mensagem de respeito com o próximo que conseguiu penetrar no coração daqueles que estavam presentes. “Todo o jovem, seja de idade ou de espírito, deve ser missionário. A rebeldia, como o próprio Papa colocou, pode ser benéfica, desde que sejamos humildes e responsáveis em nossas ações, sabendo pelo o que lutamos, prezando pelos preceitos humanos e cristãos”, declara ele.Sobre o Santo Padre, Décio o descreve como uma figura acolhedora e simpática, que chama a atenção por sua simplicidade e preocupação com o próximo. “Ele é absolutamente humilde. Tem respostas autênticas e verdadeiras, e seu discurso consegue chamar a atenção para o que precisa ser dito, sem ser agressivo ou hostil, comovendo quem o escuta”, define Décio.
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