Blog do Jornal Dois Irmãos


15 de jul. de 2013

Pizza é boa em todas as estações do ano

Na quarta-feira, dia 10, foi o Dia da Pizza. Mas não precisa uma data especial para devorarmos um bom pedaço desta iguaria que cai bem em todas as estações do ano. Seus criadores foram mesmo os italianos. Mas existem várias hipóteses para explicar a chegada da pizza à Itália.
A principal delas conta que, três séculos antes de Cristo, os fenícios costumavam acrescentar
ao pão coberturas de carne e cebola. O pão deles era parecido com o pão sírio, redondo e chato como um disco. A mistura também foi adotada pelos turcos, que preferiam cobertura à base de carne de carneiro e iogurte fresco.
Os napolitanos tomaram gosto pelo petisco e foram aperfeiçoando-o com trigo de boa qualidade para a massa e coberturas variadas,especialmente queijo. Nascia, então, a pizza quase como a que conhecemos hoje. Faltava só o tomate, introduzido na Itália no século XVI, vindo da América, e incorporado como ingrediente tão básico quanto o queijo. A mais antiga pizzaria que se conhece está em Nápoles e foi fundada em 1830.
A pizza Margherita também surgiu em Nápoles, em 1889, graças à habilidade do primeiro pizzaiolo da história, dom Raffaele Espósito, um padeiro da cidade a serviço do rei Umberto I e da rainha Margherita, a quem ele homenageou ao confeccionar uma pizza imitando as cores da bandeira italiana, branco, vermelho e verde, utilizando para isso mussarela, tomate e manjericão. A rainha apreciou tanto este prato que dom Raffaele decidiu batizá-la de Margherita.



PIZZAIOLO HÁ 28 ANOS
José Miranda da Silva dedicou 28 dos seus 52 anos à profissão de pizzaiolo. Natural de Solânea, na Paraíba, seu primeiro emprego foi como capataz de fazenda, dos 12 aos 20 anos.
Depois, foi em busca de oportunidades em São Paulo. Ele tem uma memória muito boa, além de saber fazer todas as pizzas sem olhar na receita. Começou na profissão de pizzaiolo em 1° de março de 1980, quando foi para São Paulo. “A convite de um primo da minha esposa que trabalhava numa pizzaria, eu resolvi encarar o desafio. Iniciei como lavador de pratos por dois anos e meio e depois quatro anos como assador”, conta. Entre as histórias mais engraçadas nestes 33 anos trabalhando em pizzaria, ele lembra de uma em 1987, quando assava três pizzas calzone,uma pizza que necessita de mais tempo para assar. “Fiquei
atento cuidando as pizzas, quando olhei de novo, vi que as três estavam queimadas. Tive que fazer tudo de novo, além de ouvir um sermão do chefe da pizzaria e do garçom que teve que explicar o pequeno imprevisto aos clientes”, conta ele, aos risos. Perguntado se pizza engorda, ele brinca “A pizza não engorda, quem engorda é quem come”.
José não pretende largar tão cedo a profissão, pois é o que realmente gosta de fazer. É também a profissão que seus três filhos escolheram. E quem acha que é fácil fazer essas delícias, se engana. “Numa noite, em São Paulo, eu e mais dois pizzaiolos fizemos 1.005 pizzas. Sozinho já fiz 360 numa só noite”.

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