Blog do Jornal Dois Irmãos


16 de out. de 2013

Amigos do Patrimônio celebram 18 anos de história nesta sexta



A Associação de Amigos do Patrimônio Histórico e Cultural de Dois Irmãos está completando 18 anos de fundação. Para comemorar sua maioridade, o grupo também chamado de Amigos da Antiga Matriz apresenta nesta sexta-feira, dia 18, a exposição “50 Anos de Fotojornalismo”, de Octacílio Freitas Dias. A noite ainda terá show de Carlos Badia e Rodrigo Duarte (violão e voz) e um espetáculo de música e dança com a Campanha Flamenca. A exposição no Espaço Cultural Antiga Matriz de São Miguel será aberta às 19h e poderá ser visitada até o dia 26 de outubro, de quarta a domingo, das 14h às 17h. O show inicia às 20h, tudo com entrada franca.
A exposição tem a curadoria de Ladislau Cochlar Jr. e apresenta 50 imagens do significativo acervo do fotógrafo Octacílio Freitas Dias, 76 anos, captadas com sua câmera Rolley Flex por meio de lentes e filmes 120 (6x6) em preto e branco. A mostra retrata a vida, a cultura e a política de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul nas décadas de 1960 e 1970, com registros de manifestações populares e dos momentos de maior realce social e político. Entre outros trabalhos, Octacílio flagrou Elis Regina, Roberto Carlos e a despedida de Lupicínio Rodrigues. Deteve-se, também, no mais importante episódio da história política do Rio Grande no século passado: a Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola, em 1961, que defendia a posse do vice-presidente da República, João Goulart (Jango), após renúncia de Jânio Quadros.
- Foram selecionadas 54 imagens de um acervo de aproximadamente 500 fotografias. É um documento bastante variado, com fotos políticas, de arte noturna, eventos e momentos especiais. Tem, por exemplo, uma foto da Elis Regina em casa, na intimidade com a família, comendo um churrasco com a língua de fora – relembra seu Octacílio, que é pai de sete filhos e avô de cinco netos.

Quem é Octacílio?
Octacílio Freitas Dias iniciou a carreira no jornal Última Hora, em 1959. Um ano depois, e até 1967, esteve no Jornal do Comércio. A partir de 1964, passou a trabalhar também na Revista do Globo, onde fez o que certamente não desejou: a foto da última capa, em 1967. De 1967 a 1975, foi fotógrafo da Companhia Jornalística Caldas Júnior. Um dos seus primeiros trabalhos na empresa foi fotografar um estranho fenômeno luminoso no céu de Porto Alegre, o que lhe valeu o Prêmio Ari de Fotografia. As imagens mostraram um objeto voador não identificado, que estimulou a curiosidade popular e chamou a atenção das autoridades. Na atividade de classe, exerceu a presidência da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul, entre 1971 e 1973. Em 1975, foi admitido como técnico em comunicação social e repórter fotográfico no Gabinete de Imprensa da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Ali, testemunhou as administrações de Villela, Dib, Collares, Olívio, Tarso, Pont, Verle e Fogaça, e também ali, em 2008, a aposentadoria o encontrou. Octacílio reside desde julho de 2000 em Dois Irmãos, onde integra a Associação dos Amigos do Patrimônio Histórico.

Campana Flamenca

A Campana Flamenca é uma escola de dança que há 15 anos dedica-se exclusivamente ao ensino e a prática do flamenco. Nasceu de uma parceria com o Tablado Andaluz de Porto Alegre, e hoje é considerada “a casa mais flamenca do Vale dos Sinos”. Possui uma linha de flamenco atual, em constante aprimoramento, porém clássica, respeitando as raízes e a origem Andaluza. Permite ao aluno não só a prática da dança como também o convívio com a música, com a arte, com o estilo de vida, além do contato com renomados profissionais nacionais e internacionais através da divulgação e promoção de cursos e workshops. 
Sob direção de Ana Cândida Amaral, premiada recentemente com o 2º lugar no concurso de baile flamenco do Tablado Andaluz, a Campana possui cinco níveis de aprendizado nesse estilo de dança, aulas especiais para crianças, além de classes de especialização de castanholas, técnica para todos os níveis, guitarra flamenca, língua espanhola, etc. Além das aulas e cursos de aperfeiçoamento, a Campana promove shows e espetáculos em diferentes formatos, com a possibilidade de acompanhamento ao vivo da Banda Flamencura de Porto Alegre, e de bailarinos profissionais. Um flamenco verdadeiro que leva o público ao encantamento numa atmosfera surpreendente, como nos cantos mais remotos do sul da Espanha.

PRESENÇA ILUSTRE

Quem deve prestigiar a abertura da exposição, na sexta-feira, é o jornalista e escritor Walter Galvani, 79 anos, último editor do jornal Folha da Tarde, da Companhia Jornalística Caldas Júnior, onde Octacílio trabalhou. O autor de livros como Nau Capitânia (2000) e Anacoluto do Princípio ao Fim (2004) foi convidado pessoalmente na semana passada, em Porto Alegre. Na foto, Galvani recebe o convite do curador Ladislau Cochlar Jr., ao lado de Paulo Hermann.

Carlos Badia

Compositor, violonista, arranjador e produtor musical, Carlos Badia atua profissionalmente na música desde o final dos anos 80. Iniciou sua formação na escola da OSPA (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre), estudando harmonia e improvisação em vários cursos e workshops, além do estudo do violão clássico. Como instrumentista, tocou com vários artistas brasileiros, como João Donato, Nei Lisboa, Vítor Ramil, Babi Mendes, Thiago Espírito Santo, além de abrir shows importantes como de Elomar e Stacey Kent. Até o ano passado, fazia parte do grupo de jazz Delicatessen, que produziu com Beto Callage em uma trajetória de três discos de enorme sucesso em todo o mundo e várias premiações importantes. Em agosto de 2011, começou a investir em seu trabalho instrumental com o projeto que tem chamado de Carlos Badia Experimentais (www.experimentais.com.br). Também tem apresentado seu trabalho autoral de canções em shows chamados “Solos & Canções”, além de ser autor e ator do espetáculo teatral “O Músico e o Mágico”, ao lado do mágico francês Eric Chartiot.

Rodrigo Duarte

Cachoeirense radicado no Vale dos Sinos há 20 anos, além de músico, cantor e compositor, Rodrigo Duarte também é arquiteto. Atua em festivais pelo Estado desde 2003 e participa de projetos com grupos de choro e samba. Sua marca é o ecletismo, influenciado por diversas vertentes: do MPB ao samba, do choro ao jazz. É músico autodidata desde os 15 anos e ainda integra grupo “O Choro é Livre” e a banda “Rodrigo Duarte e os Brutus”.



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