Na última terça-feira, dia 15, o Jornal Dois Irmãos divulgou o caso de um homem de 31 anos que estava com um problema de saúde há mais de um mês. O homem era Jones Alvez da Silva, de 31 anos, morador do Loteamento Picada 48. Segundo a família, ele passou por mais de 20 atendimentos no Posto 24h, passou por exames, inclusive tomografia, mas mesmo assim os médicos não souberam informar o
que tinha. Sem diagnóstico, ele morreu por volta das 23h desta quinta-feira, dia 17 de outubro, em
uma das salas de atendimento do Posto 24h. O drama vivido pela família há mais de um mês,
acabou de forma trágica e desumana, de acordo com os familiares. A irmã Eva da Silva, de 42 anos, relata as últimas horas de vida do irmão. “Ele só piorou desde segunda-feira. Levamos ele todos
os dias ao Posto 24h. Ontem, ele deu entrada no posto por volta das 19h. Chegamos lá, e o médico se negou a atender, disse que não iria atender um ‘vagabundo’. Uma enfermeira também se negava a atender”, conta a irmã. Uma vizinha da família também fala do descaso dos dois profissionais. “O doutor dizia que estava saindo do plantão. Questionamos sobre o juramento que ele fez quando se formou médico, e ele nos respondeu “que se dane o juramento”. A família foi muito humilhada por eles”, completa a vizinha. “Pedimos para que ele fosse internado muitas vezes, e todas as vezes eles nos negaram a internação. Durante toda essa semana, ele teve várias convulsões”, acrescenta Eva. Após o atendimento ser negado por um dos médicos e uma enfermeira (a família não soube identificar quem eram os profissionais) um outro médico realizou o atendimento, mas mesmo assim Jones veio a óbito. “Minha mãe estava acompanhando o atendimento, e em um dos momentos eles a mandaram para fora. Quando ela pode ver meu irmão de novo, ele já estava morto”, diz ela, destacando que a família tomará providências. “Não podemos deixar assim e permitir que mais pessoas morram por falta ou negligência no atendimento”, completa Eva. O corpo de Jones foi enterrado às 17h de sexta-feira, no Cemitério Municipal de Dois Irmãos. Ele não era casado e não tinha filhos. Família diz que homem morreu após ter atendimento negado por médico e enfermeira no Postão Homem já tinha sido levado ao Postão na segunda.
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Durante mais de um mês, a família levou diversas vezes Jones ao Posto 24h. Ele se queixava de dores de cabeça, estava muito magro, vomitava e não tinha forças. Teve também convulsões A mãe, dona Erondina da Silva, de 60 anos, diz que o filho foi usuário de drogas, mas já esteve em tratamento e hoje não usava mais. Em conversa com a redação, na segunda-feira, a mãe se queixava do atendimento no Posto, dizendo que só medicavam o filho, o deixavam em observação e depois o mandavam para casa. Jones chegou a passar por mais de uma tomografia, e em uma delas diagnosticaram como sinusite. Ele também
passou por outros exames, inclusive raio X.
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