Jornalismo é jornalismo em quase todo lugar do mundo. Mas é sempre curioso escutar a rotina de um jornalista que trabalha numa rádio de um país de 36 mil habitantes espalhados em 160 km² de território.
Andreas Semjon Krättli, 36 anos, é da cidade de Triesen, no pequeno país de Liechtenstein. Ele é formado em jornalismo e atua desde 1998 na Rádio Liechtenstein, única rádio do país. Assim como no Brasil, ele conta que é difícil conseguir uma vaga na área da comunicação. E a carga horária é de 9 até 10 horas diárias. “Outra característica forte em nosso país, é que os veículos de comunicação são controlados pelos partidos políticos”, conta ele.
Liechtenstein é um dos países mais ricos da Europa, sendo que o salário de um jornalista varia de quatro a sete mil francos suíços. Com a cotação da moeda em torno de R$ 2,60, o salário pode chegar até R$ 15 mil mensais. O motivo que o trouxe ao Brasil foi a brasileira Cristine Isabel Anschau. Ela reside há dois anos no país e está namorando o jornalista há um ano. Além de conhecer os familiares da brasileira, já estão providenciando a papelada dela para o casamento, que deve acontecer o mais breve possível. Quem quiser conhecer a Rádio Liechtenstein deve acessar o site www.radio.li. A única dificuldade que pode ser encontrada pelos ouvintes brasileiros é que os locutores falam em dialeto, somente as notícias são transmitidas no alemão.
Impressão do Brasil
O jornalista está encantado com a receptividade dos brasileiros. “Aqui percebo que as pessoas são amigáveis, alegres e com sorriso estampado no rosto. Acredito que em Liechtenstein, as pessoas são muito invejosas e deixam de viver, para guardar dinheiro”, conta ele, que ficará no Brasil até o próximo dia 22 de novembro.
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