O
secretário de Saúde, Jerri Meneghetti, esteve na sessão da Câmara desta
segunda-feira (foto). Ele destacou conquistas recentes e respondeu a diversos
questionamentos dos vereadores. Um dos principais temas de discussão foi a
possível transferência dos atendimentos de emergência para dentro do Hospital
São José. A prefeitura ganhou prazo de 180 dias para desocupar o prédio do
Postão 24h, que pertence à Previdência Social (governo federal). Jerri
confirmou que transferir para o hospital é a intenção, mas não deu garantias de
que irá acontecer imediatamente.
-
Não temos 100% de certeza que esse é o caminho. Estamos fazendo um levantamento
sobre a possibilidade. Caso não seja possível, uma alternativa seria manter o
Postão no lugar onde está até se construir um anexo junto ao hospital –
comentou.
A
respeito do posto de saúde do bairro São João, Jerri reconheceu algumas
dificuldades no atendimento e pediu a compreensão dos moradores.
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Estamos investindo mais de 300 mil reais na ampliação do posto de saúde, que
praticamente vai dobrar de tamanho. Com certeza o atendimento vai melhorar –
afirmou o secretário.
Mais
tarde, depois que Jerri já havia deixado a Câmara, a oposição voltou ao
assunto.
-
A gente percebe que ele não está seguro de que o pronto-atendimento no hospital
vai ser a melhor solução para a cidade. Desde que a minha família veio para
Dois Irmãos, em 1994, a estrutura do Postão é a mesma. Agora, sinto esse
imediatismo em querer resolver as coisas e não planejar a cidade a longo prazo
– disparou Márcio Goldschmidt (PT).
Joracir
Filipin (PT) lamentou o município ter ficado sem UPA (Unidade de
Pronto-Atendimento) e cobrou um projeto da administração.
-
O Postão está sem pai, sem mãe e sem teto. Talvez passar a emergência para o
hospital seja a solução mais rápida, mas não vai resolver o problema. Temos que
ter um projeto para construir uma nova unidade de pronto-atendimento no
município – declarou o presidente.
Paulinho
Quadri (PMDB) não gostou da expressão “sem pai, sem mãe e sem teto”:
-
O senhor precisa lembrar que o Postão já salvou muitas vidas e é importante
para a cidade.
ESGOTO NO SÃO JOÃO
A
questão do esgoto a céu aberto no bairro São João, oriundo do novo Residencial
das Flores, também entrou na pauta do Poder Legislativo. O problema já foi
noticiado pelo JDI, na semana passada, a partir das reclamações de moradores
das proximidades. Para o vereador Paulinho Quadri (PMDB), é preciso convocar a
Caixa Econômica Federal e a construtora responsável pela obra (Zecon Zechlinski
Engenharia) para dar explicações.
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Estive lá e o fedor é danado – afirmou.
Jailton
Proença de Lima (PDT) também cobrou providências em relação ao esgoto no local.
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Temos que apurar as responsabilidades e resolver rápido. O problema é
seriíssimo e vai custar de 200 mil pra cima. A prefeitura não pode arcar com
isso – disse ele.
O
colega Jair Quilin (PDT) enfatizou que a responsabilidade é da Caixa e da
construtora.
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É um problema que não afeta só o residencial, mas todos os moradores na volta –
comentou.
O
presidente Joracir Filipin (PT) disse que conversou com a gerência da Caixa
Econômica e que a empresa responsável pela obra já foi notificada do problema.
PROJETOS APROVADOS
Os
vereadores aprovaram por unanimidade, na noite de ontem, um importante projeto
na defesa dos direitos de quem tem necessidades especiais. O documento
075/2015, encaminhado pelo Poder Executivo, dispõe sobre a política municipal
da pessoa com deficiência, cria o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com
Deficiência de Dois Irmãos (COMPEDI) e o Fundo Municipal da Pessoa com
Deficiência (FUMPEDI).
Também
foi aprovado o projeto 058/2015, que altera a Lei 1.425/1996, sobre
parcelamento do solo urbano. O documento recebeu duas emendas. Além disso, os
vereadores ainda encaminharam quatro pedidos de informações, sete indicações e
12 pedidos de providências.
CHEQUE PRONTO
O
presidente Joracir Filipin (PT) afirmou, na segunda-feira, que já está com o
“cheque pronto” para devolver R$ 156 mil dos recursos do Poder Legislativo. A
ideia é fazer com que a prefeitura repasse R$ 13 mil ao Conselho de Pais e
Mestres (CPM) de cada escola municipal.
-
Estivemos reunidos com os conselhos e as direções das escolas, que pediram para
marcar uma reunião com a prefeita. Espero que a base governista sensibilize a
Tânia (da Silva). Se esse recurso não for para as escolas, eles disseram que a
Câmara não deve devolver – comentou.
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