Blog do Jornal Dois Irmãos


5 de jun. de 2015

O mundo de outro ângulo num paramotor



Movidos pela insatisfação de enxergar tudo sempre do mesmo jeito, cada vez mais as pessoas buscam se aventurar e descobrir novas maneiras de ver tudo. Os mergulhadores, por exemplo, submergem em busca de outro olhar da vida, uma vida submarina. Já os montanhistas preferem uma visão panorâmica, subindo até o ponto mais alto de um monte.
Assim como os montanhistas, Dari Thomas, 53 anos, que é aposentado, também prefere uma visão aérea do mundo. Mas o “carango” dele é radical, e conhecido como paramotor, que permite que ele voe a mais de 2.000 metros de altura. Apesar da altitude que o veículo atinge, a segurança é enorme, assim como a atenção que Dari sempre tem na hora dos voos, “eu importei o meu paramotor da França, ele tem protetor de coluna e um paraquedas reserva. É muito seguro, os acidentes que acontecem normalmente são por descuido do piloto”, explica.
Dari já voou em diversos lugares, como por exemplo Rondônia, Mato Grosso, a região das Missões, em praias e até no Chile,  mas é sobre Dois Irmãos que ele costuma voar.

Também quer voar?
Para quem quer começar a voar de paramotor é necessário uma habilitação, que pode ser feita na Companhia do Ar, em Sapiranga. Dari conta que o valor é alto, mas que já nas primeiras aulas é impossível não se apaixonar pelo voo.

Carona para urubu
“O melhor lugar para voar é onde os urubus voam, quando decolamos e avistamos os pássaros, costumamos nos aproximar deles. Uma coisa que eu nunca ouvi ninguém contar é de acontecer um choque com esses animais no ar, mas comigo já aconteceu. Logo que comecei a voar um urubu voou na minha direção e se prendeu nas cordas do aparelho, então eu resolvi pousar. Quando estava próximo ao solo ele se soltou e seguiu o rumo”, conta Dari.

Do potreiro ao Vila

Apesar de ter um “passaporte recheado” de lugares diferentes, a rota tradicional de Dari é quase sempre a mesma. Decolando de um potreiro, no final da rua onde mora, e pousando no campo do Vila Rosa, “essa é minha rota em 99% das vezes que passeio aqui por Dois Irmãos. Mas algumas vezes eu já tive que pousar em roças, por algum imprevisto”, relata Dari.

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