Não
é só em professores e demais funcionários do Estado que o Governador está dando
um “pedalão”. Já já vai aparecer, por exemplo, nos demais municípios do RS,
valores como os 434 mil reais que Sartori deve (em apenas 7 meses de governo)
para as prefeituras de Dois Irmãos e Morro Reuter.
Sartori
não é uma “vítima” do sistema de representação eleitoral. Ele é cúmplice, como
todos que lá estão. O Governador Tarso Genro, por exemplo, do PT, deu no pé do
Governo do Estado e ficou devendo 691 mil reais para Dois Irmãos e 264 mil para
Morro Reuter. Deveria ter pago, e não pagou.
O
Governador Sartori, do PMDB, só nesses primeiros sete meses de governo e
considerando apenas a área da saúde, já deu um calote de 280 mil em Dois Irmãos
e de 154 mil em Morro Reuter. E, na cara dura, informou que o que Tarso deixou
de pagar (e que ele, Sartori, por Lei deveria de pagar) os prefeitos “podem
esquecer”. Ou seja: calote puro e simples.
Políticos quebraram
o Governo
Não
foi apenas Sartori que o quebrou. Ele é cúmplice, como todo político, mas não
agiu sozinho. Foi ele e todos os colegas dele em outros governos, seja do
partido dele ou de outros, que deixaram o governo quebrar quando fizeram as
leis idiotas e absurdas que fizeram, proporcionando as mamatas e trampas que
proporcionaram. Sartori vai assinar o atestado de óbito do governo, se vier a
ser confirmada essa notícia de hoje onde se informa que, neste mês de agosto, o
Governo do Estado só pagará 500 reais por matrícula de servidor. É o fundo do
poço.
Mas
político inventa. E, ladino como todo político, Sartori vai tentar escapar da
degola aumentando imposto em cima da população. A população não quer mais
imposto. Mas Sartori não agirá só. Político nunca age só. E Sartori tem amigos
nos partidos (há quem chame de gangues) que estão no Legislativo. E são esses
partidos (os “representantes do povo”) que aprovarão o imposto em nome da
“salvação do Rio Grande”. E, após aprovado o aumento de imposto, quem não pagar,
será punido. Os políticos aprovarão porque sem esses impostos os “negócios” do
governo não andam e as comissões também não. Então é certo que o imposto será
aprovado.
Ocorre
que aumentar imposto não resolverá o problema do Estado, pois ele terá mais
dinheiro mas continuará com o mesmo tamanhão e com todas as mamatas, trampas e
apadrinhamentos que tem hoje. Sartori só vai aumentar impostos para (tentar)
sobreviver (sem ter de renunciar) aos três anos e meio que ainda lhe sobram de
governo.
Mas uma coisa é certa:
Tudo
que os políticos fizeram e fazem de malefício ao Brasil e ao Rio Grande do Sul,
agora está prestes a despencar em cima deles mesmos. As reduções de jornadas de
trabalho, as centenas de milhares de cargos criados para acobertar uma gentalha
imprestável na política, através dos poderes Executivo e Legislativo, as
mordomias de telefones grátis, carros grátis, transporte grátis, diárias
altíssimas, anuênios, triênios, quinquênios, as impossibilidades de demissão
mesmo quando a casa já não tem chão nem teto, tudo isso e mais todas as
roubalheiras em licitações e cartas convites que enriquecem tantos que
circundam o Poder, tudo vai, agora, vazar como um furúnculo exposto.
As
mamatas que inviabilizaram administrar a empresa governo (que não deveria ter
problema no caixa, já que toda renda do governo vem de “impostos” obrigatórios)
chegaram a um ponto tal de perversidade que agora estão afogando essas gangues
políticas que chegam ao Poder graças ao infame e (tecnologicamente)
ultrapassado sistema de representação eleitoral, que insistimos em manter.
Sartori é uma peça dessa engrenagem corrompida, mas neste momento ele é o rei.
E esse rei está nu.
Moral da história: a noite é mais
escura um pouco antes de amanhecer.
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