Blog do Jornal Dois Irmãos


25 de ago. de 2015

Travessão faz abaixo-assinado por creche nova


Os vereadores receberam nesta segunda-feira a visita de representantes da Associação de Moradores do Travessão. Na oportunidade, o presidente Marcos Lauxen fez a entrega de um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas, pedindo que a prefeitura construa um novo prédio para a escola de educação infantil do bairro. A atual administração pretende ampliar o espaço da escola Jardim da Alegria, ocupando a quadra de areia da sede da associação. Segundo Marcos Lauxen, a ideia da prefeitura não resolve o problema do bairro.
- Aquele prédio está condenado, precisa de uma reforma urgente. Não temos nada contra a ampliação, desde que ela resolva o problema do bairro. Acontece que, em 2006, aquela creche tinha 25 alunos. Hoje, no mesmo espaço, são 65. Sem contar que são mais 30 na lista de espera e que a escola Albano Hansen já atende 40 crianças de 4 a 5 anos. Não adianta gastar mais de 1 milhão na ampliação e depois não ter mais para onde ampliar – comentou o presidente da associação.
Os moradores sugerem no documento a utilização de outro terreno no bairro e a construção de uma nova unidade, com o prédio atual ficando para o contra-turno escolar. O abaixo-assinado também foi protocolado na prefeitura e seria encaminhado ao Ministério Público.

O QUE DIZ A PREFEITA
De acordo com a prefeita Tânia da Silva, a construção de uma nova unidade é inviável. Ela lembra que se reuniu três vezes com a comunidade do bairro para explicar o que é possível fazer neste momento e reiterou que o espaço pretendido para a ampliação é institucional.
- Uma creche nova custa quase R$ 2 milhões. Com a ampliação que faremos, vamos poder atender mais 60 crianças de 0 a 4 anos, totalizando 125 num primeiro momento e podendo chegar a 150 depois. Além disso, vamos otimizar o espaço já existente, sem precisar contratar muitos funcionários a mais – comenta Tânia.
O projeto prevê a reforma e a ampliação do prédio da escola Jardim da Alegria, com estimativa de gastos entre R$ 800 mil e R$ 850 mil. O contrato para elaboração do projeto arquitetônico já foi assinado e a empresa responsável tem 45 dias para apresentá-lo. A expectativa é concluir a obra até maio do próximo ano.
- É uma situação que tem o lado político e o lado de gestão. Num momento de crise como o que estamos vivendo, sou obrigada a seguir o que a gestão diz. Eu já vi prefeito ser acusado de não investir em educação, mas nunca ser acusado de investir. Temos todo o direito de usar um terreno que é da prefeitura, mas sempre respeitando o que a associação construiu. Não estamos tirando o campo de futebol sete e a praça – afirma.
Sobre as sugestões apresentadas de construir a nova unidade em outro terreno institucional da prefeitura e utilizar o prédio atual para o contra-turno, Tânia é direta:

- Esse outro terreno fica próximo à estação de tratamento de esgoto do bairro. E o espaço da Jardim da Alegria não tem como atender crianças de 6 a 12 anos – conclui a prefeita.

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