Os
vereadores receberam nesta segunda-feira a visita de representantes da
Associação de Moradores do Travessão. Na oportunidade, o presidente Marcos
Lauxen fez a entrega de um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas, pedindo
que a prefeitura construa um novo prédio para a escola de educação infantil do
bairro. A atual administração pretende ampliar o espaço da escola Jardim da
Alegria, ocupando a quadra de areia da sede da associação. Segundo Marcos
Lauxen, a ideia da prefeitura não resolve o problema do bairro.
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Aquele prédio está condenado, precisa de uma reforma urgente. Não temos nada
contra a ampliação, desde que ela resolva o problema do bairro. Acontece que,
em 2006, aquela creche tinha 25 alunos. Hoje, no mesmo espaço, são 65. Sem
contar que são mais 30 na lista de espera e que a escola Albano Hansen já
atende 40 crianças de 4 a 5 anos. Não adianta gastar mais de 1 milhão na
ampliação e depois não ter mais para onde ampliar – comentou o presidente da
associação.
Os
moradores sugerem no documento a utilização de outro terreno no bairro e a
construção de uma nova unidade, com o prédio atual ficando para o contra-turno
escolar. O abaixo-assinado também foi protocolado na prefeitura e seria
encaminhado ao Ministério Público.
O QUE DIZ A
PREFEITA
De
acordo com a prefeita Tânia da Silva, a construção de uma nova unidade é
inviável. Ela lembra que se reuniu três vezes com a comunidade do bairro para
explicar o que é possível fazer neste momento e reiterou que o espaço
pretendido para a ampliação é institucional.
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Uma creche nova custa quase R$ 2 milhões. Com a ampliação que faremos, vamos
poder atender mais 60 crianças de 0 a 4 anos, totalizando 125 num primeiro
momento e podendo chegar a 150 depois. Além disso, vamos otimizar o espaço já
existente, sem precisar contratar muitos funcionários a mais – comenta Tânia.
O
projeto prevê a reforma e a ampliação do prédio da escola Jardim da Alegria,
com estimativa de gastos entre R$ 800 mil e R$ 850 mil. O contrato para
elaboração do projeto arquitetônico já foi assinado e a empresa responsável tem
45 dias para apresentá-lo. A expectativa é concluir a obra até maio do próximo
ano.
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É uma situação que tem o lado político e o lado de gestão. Num momento de crise
como o que estamos vivendo, sou obrigada a seguir o que a gestão diz. Eu já vi
prefeito ser acusado de não investir em educação, mas nunca ser acusado de
investir. Temos todo o direito de usar um terreno que é da prefeitura, mas
sempre respeitando o que a associação construiu. Não estamos tirando o campo de
futebol sete e a praça – afirma.
Sobre
as sugestões apresentadas de construir a nova unidade em outro terreno
institucional da prefeitura e utilizar o prédio atual para o contra-turno,
Tânia é direta:
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Esse outro terreno fica próximo à estação de tratamento de esgoto do bairro. E
o espaço da Jardim da Alegria não tem como atender crianças de 6 a 12 anos –
conclui a prefeita.
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