Cleiton Luís Boufleuher |
O jovem Cleiton Luís Bloufleuher, 20 anos, não podia imaginar que uma semente entregue a ele por um desconhecido seria responsável por um convite que pode levá-lo ao nordeste. Tudo começou quando ele ainda trabalhava em uma loja de materiais de construção. Na época, Cleiton atendia a um senhor, quando esse lhe surpreendeu ao lhe entregar um inusitado “presente”. “Ele me entregou uma semente. Disse que tinha várias na propriedade dele. Não sabia para o que servia nem o nome ao certo, mas que era medicinal e alguns usavam para fazer chá”, relembra ele.
O jovem não sabia na época, mas aquele senhor havia acabado de colocar em suas mãos o objeto de estudo da pesquisa que Cleiton desenvolve atualmente. Cientificamente denominada Dioclea Violacea, mas mais conhecida como olho-de-boi ou, ainda, estojo-de-luneta, o nome só foi descoberto após pesquisa com alguns biólogos. E, a partir desse momento, Cleiton iniciava sua pesquisa com a semente que, hoje, já lhe dá bons frutos. O Projeto Dioclea, como foi denominado, estuda as propriedades energéticas da planta e, também, a possibilidade da mesma poder ser usada como uma alternativa mais saudável à cafeína.
Estudante do curso técnico em Química Industrial da escola Affonso Wolf, no bairro Vale Verde, e graduando em Engenharia Química da Universidade Feevale, Cleiton se diz surpreso com a forma como tudo aconteceu e, mais ainda, com a oportunidade de participar de um congresso no nordeste. Segundo ele, que, inclusive, já teve um trabalho premiado na MostraTec2012, afirma que a intenção ao se inscrever na Feira era divulgar sua pesquisa e, quem sabe, conseguir bolsas e investimentos para seguir se dedicando a ela, mas que, apesar disso, já é gratificante o simples fato de ter sido classificado para o evento. “Mesmo que eu não consiga ir, esse reconhecimento já é recompensador. Me motiva a seguir em frente, me esforçando e me dedicando à pesquisa”, afirma ele.
A FEIRA
A feira, a qual Cleiton se refere, chama-se Movimento Científico Norte Nordeste (MOCINN), e acontecerá na cidade de Recife, em Pernambuco, no dia 5 de outubro. A menos de um mês da realização do evento, o jovem tem buscado subsídios para custear a viagem. Orientado pelas professoras Luciane Couto e Sabrine Genelli, a pesquisa de Cleiton agora tem como objetivo se aprofundar no estudo dos componentes encontrados nela, que, inclusive, foram obtidos através de uma parceria com a Universidade Feevale, que cedeu equipamentos e aparelhos para a realização da pesquisa.
SAIBA MAIS SOBRE O PROJETO DIOCLEA
Para quem acha que a contribuição daquele senhor acabou no dia em que ele deu a semente a Cleiton, engana-se. O senhor João Führ continua colaborando com projeto Dioclea, já que segue cedendo amostras de Dioclea Violácea presentes em sua chácara, para que Cleiton possa seguir fazendo sua pesquisa. Quem tiver interesse em conhecer e contribuir com o projeto Dioclea, pode acessar a fanpage www.facebook.com/projetodioclea.
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