Liberdade! Essa parece ser a palavra certa para descrever o sentimento de Júlia Caroline Klauck quando está montada em um cavalo. Com apenas 10 anos, a pequena já é uma campeã. Quem vê a menina de sorriso tímido e cabelos esvoaçantes não imagina que se trata de uma amazona (nome dado às mulheres que praticam hipismo). Ela, que começou nesse esporte há, mais ou menos, dois anos atrás, relata que foi o pai, Fabiano André Klauck, quem a levou para fazer uma aula experimental em uma hípica de um município vizinho e, desde então, não parou mais. “Fiquei com o coração na mão. Me preocupava muito, com medo que ela caísse e se machucasse, mas com o tempo fui notando o desempenho dela e isso foi me deixando mais segura”, relembra a mãe, Márcia Regina Mossmann.
O medo, porém, parece não ser companheiro da menina. Ela, que diz sempre ter sido apaixonada por cavalos, afirma que o hipismo, assim como qualquer outro esporte, precisa ser levado muito a sério. “É um esporte que precisa de muita determinação, esforço e dedicação” afirma ela, destacando ainda que, desde que começou a praticá-lo, se sente mais segura também para desempenhar outras atividades do dia a dia. “Além do equilíbrio, é um esporte que te deixa mais segura, mais confiante”, completa Júlia.
A ROTINA DA CAMPEÃ
Além da escola, três vezes na semana Júlia se desloca até a Hípica Terra Santa, na cidade de Estância Velha, onde ela permanece durante uma hora realizando os treinos. O treino é intenso, mas a menina é incansável quando se refere à prática do esporte.
Apesar de já ter participado de outras competições, na quarta etapa da XIV Copa Terra Santa de Hipismo, que ocorreu no local onde a garota realiza os treinos, que Júlia saiu vitoriosa. Para ela, a sensação foi indescritível. “É muito boa essa sensação, ainda mais depois de tanto esforço”, avalia Júlia, completando que foi campeã na modalidade Trail Open Avançado e ficando em terceiro no pódio no Salto de 60cm. Além dessas duas provas, durante os treinos a jovem também participa da modalidade de Volteio, que consiste em realizar uma ginástica elaborada em cima do cavalo, enquanto esse ainda está galopando.
PARA O FUTURO
Questionada sobre o futuro, e se pensa em seguir profissionalmente no esporte, a menina diz que, por enquanto, tem praticado hipismo apenas por lazer. “É algo que gosto muito de fazer, e que me esforço para evoluir, mas ainda não decidi se quero fazer apenas isso no futuro”. A mãe Márcia acredita que, se for o que Júlia decidir, se comprometer e se destacar, fará o possível para que ela realize esse sonho. “É um esporte que tem altos custos e muitos investimentos. Então, precisamos ver se é o que ela quer, para correr atrás de patrocínio e outras questões”, projeta ela.
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