Blog do Jornal Dois Irmãos


6 de set. de 2013

Exemplo da inclusão na escola Francisco Weiler

 
“Incluir não é inserir, mas interagir e contribuir”
 Esta frase é como um lema para o projeto de inclusão que está sendo desenvolvido des­de o último ano na escola municipal Francisco Weiler, da localidade de Picada São Paulo, em Morro Reuter. Apesar da inclusão de crianças e jovens com necessidades especiais nas escolas regulares ter aumentado nos últimos anos, ainda são grandes os desafios de preparar os professo­res para manter esses alunos na sala de aula com os demais colegas.
A escola Francisco Weiler conta hoje com 84 alunos e, destes, quatro apresentam algum tipo de deficiência, como atraso no desenvolvimento neurológico e alteração na coordenação motora, baixa visão e retardo mental moderado. “A esco­la não trata a patologia, mas ajuda as crianças e jovens a se inserir no convívio social”, comenta a coordenadora pedagógica Helenise Avila Ju­chem. Ela destaca que o mais importante para uma criança com deficiência não é aprender o mesmo conteúdo que as outras, mas ter a pos­sibilidade de colaborar, ter autonomia livre ex­pressão de ideias, governar a si próprio e ver seu esforço ser recompensado e reconhecido. A par­tir deste ano, também vem sendo desenvolvido o ensino colaborativo, utilizado para favorecer a inclusão escolar, envolvendo a parceria direta entre o professor de educação e o professor auxi­liar. “A educação é um trabalho de investimento a longo prazo, e para alunos especiais o prazo é ainda maior. Com os três professores auxiliares, o trabalho está bem melhor. Percebo que eles criaram um elo afetivo e de confiança com estes professores, que os ajudam a desenvolver as ati­vidades propostas em aula”, diz Helenise.

Dos quatro alunos com deficiência intelectu­al, três estudam pela manhã e um à tarde. Para cada aluno é feito um relatório de “Adaptação Curricular Individualizada”, com todas as ativi­dades desenvolvidas por eles. Os demais alunos também se envolvem com os colegas. “Eles aju­dam, cuidam, participam e auxiliam. E isso faz com que os alunos com algum tipo de deficiência avancem dentro de seus limites”, afirma Heleni­se. As crianças e jovens também recebem acom­panhamento semanal no Núcleo de Atendimento Clínico (NAC) de Morro Reuter, com psicóloga, psicopedagoga e fonoaudióloga. A professora de educação regular Janete Vitória Grendoski, destaca a importância das professoras auxiliares. “Elas realizam as mesmas atividades curriculares que seus colegas, mas de uma forma adaptada”, comenta.

Um aluno nunca é igual a outro
Elen fazendo um trabalho com colagem com a ajuda
da professora auxiliar Deloni
 Na manhã desta quinta-feira, Elen Hack, 10 anos, do 4º ano, que tem baixa visão e deficiência mental moderada, fazia um trabalho de colagem para representar a chegada dos portugueses ao Brasil, com a ajuda da pro­fessora auxiliar Deloni Ott Stoffel. “Gosto muito de vir para a escola. Está vendo como ficou o meu sol?”, indicava Elen, enquanto colava finas tiras de papel amarelo na folha para representar o sol. “A Elen se desenvolveu significativamente. Ela já consegue reconhecer praticamente todas as letras do alfabeto”, conta a professora Deloni.
Segundo o Censo de 2010, nos casos de pessoas com deficiência visual, au­ditiva e motora, o índice de analfabetismo caiu para 16,8%, 24,2% e 28,3%, respectivamente. A média brasileira, porém, foi de 10,5%. Para a professora regular de Elen, Magna Metz, ter uma criança com deficiência em sala de aula é uma experiência nova para ela, assim como uma professora auxiliar. “Essa turma é colega da Elen desde a educação infantil. Todos são muito parceiros dela”, diz ela. “Aqui em Morro Reuter existe essa preocupação em incluir e dar essa qualidade de vida. Os alunos estão todos incluídos e inseri­dos de fato no ensino. Cada um aprende de um jeito. Que o nosso projeto de inclusão seja exemplo para as outras escolas”, ressalta Deloni.
Conforme a diretora Marceli Robetti, foi fundamental que esse projeto de inclusão fosse executado na escola. “Na época tínhamos três alunos e víamos a necessidade de professores auxiliares, para que eles não ficassem desassistidos. Os alunos com deficiência intelectual requerem muita aten­ção”, comenta Marceli, que trabalha na escola desde 2007.

De acordo com o Censo Escolar, entre 2005 e 2011 as matrículas de crian­ças e jovens com algum tipo de necessidade especial (intelectual, visual, mo­tora e auditiva) em escolas regulares cresceu 112% e chegou a 558 mil.


Morro Reuter terá Academia de Saúde
Projeto contempla 12 equipamentos para exercícios 
  Foi licitado na última terça-feira o novo espaço de saúde no município. Voltada para a melhoria da qualida­de de vida, a Academia de Saúde de Morro Reuter será construída no espaço entre o Ginásio Municipal e o Complexo da Secretaria de Educa­ção e Cultura (SMEC), na Travessa 1º de Maio. O investimento do Mi­nistério da Saúde é de R$ 78.675,01.
A infraestrutura, que será par­cialmente coberta, contará com 12 equipamentos para exercícios físi­cos, além de um bicicletário e área de convivência. A previsão de tér­mino da obra é de 60 dias, a contar de seu início, que está previsto para setembro. O prefeito Adair Bohn comemora mais essa conquista para o município
- Esta é mais uma ferramenta que busca dar qualidade de vida para nossos munícipes. Nossa ad­ministração preocupa-se com a promoção da saúde, promoção de hábitos saudáveis, e proporcionar espaços públicos para o desenvol­vimento de atividades físicas é uma importante estratégia nas ações de melhoria da saúde da população – comentou Adair, ao lado do vice­-prefeito Harri Becker.

Nenhum comentário:

Postar um comentário