Blog do Jornal Dois Irmãos


6 de set. de 2013

Sicredi é assaltada em Morro Reuter


 Na manhã desta sexta-feira, dia 6, por volta das 8h30, bandidos fortemente armados assaltaram a agência da Sicredi Pioneira, no Centro de Morro Reuter. De acordo com as primeiras informações, eles levaram uma quantia em dinheiro não divul­gada de um dos caixas eletrônicos. A informação exata do que foi levado será revelada apenas após a realização da perícia, que seria feita ainda na tarde desta sexta-feira.
Apesar de a invasão na agência ter acontecido apenas na manhã de hoje, a execução do assalto iniciou já na noite desta quinta-feira, dia 5. Às 20h de ontem, dois bandidos armados invadiram a casa do vigilante da agência, na localidade de Walachai, em Morro reuter. Renderam o vigia, de 51 anos, a esposa, de 37 anos, e a enteada do vigia, de 17 anos. Os três ficaram por mais de 12 horas sob a mira das armas e da fúria dos bandidos. De acordo com uma das vítimas, eles usavam armas na cintu­ra e ainda seguravam armas nas mãos. No decor­rer do assalto, um terceiro indivíduo da quadrilha chegou na residência. “Nos colocaram no quarto”, conta uma das vítimas. Um dos reféns relatou ain­da que os bandidos teriam jantado na residência. A noite de terror parecia não ter fim. “Enquanto um dormia, os outros dois nos vigiavam”, conta uma vítima.
Já na manhã de hoje, por volta das 6h10, mãe e filha foram levadas por dois dos assaltantes no car­ro da família até as proximidades do Café Colonial Walachay, onde foram colocadas em um Focus Prata, onde dois outros bandidos da quadrilha já aguardavam. Dali por diante, a ação se intensificou e o plano do assalto seguia ao seu destino final, a agência da Sicredi. Mãe e filha foram levadas a uma estrada de difícil acesso, que segundo a Brigada Mi­litar, dá acesso a Batatenthal e fica também próximo ao Morro da Embratel. As duas ficaram sob a vigia de um dos assaltantes, no meio do mato. Enquan­to isso, os dois indivíduos que estavam no carro da família, retornavam à residência, onde o pai ainda estava sob a mira de outro assaltante.

 Quadrilha controlou horários do vigilante
A quadrilha seguiu os horários de rotina do vigi­lante e pouco antes das 8h, saíram com ele em dire­ção ao banco. De acordo com as informações, o vi­gilante teve que abrir a agência normalmente, como se nada estivesse acontecendo. Depois dele, outros funcionários da agência teriam entrado, foi quando dois dos assaltantes também foram vistos entrando. Um dos homens estava de terno preto e usava um óculos de sol no pescoço. Outro estava bem vesti­do, com jaqueta bege, de boné e luvas pretas. O de terno teria entrado logo depois de um funcionário, e o outro teria atravessado a rua de cabeça baixa e en­tão entrado no local. Detalhe: isso era por volta das 8h30, horário em que a agência ainda está fechada para os clientes, e os dois entraram pela porta que dá acesso direto ao interior da agência, e não aos caixas eletrônicos.

 Bandidos queriam roubar TRÊS CAIXAS E COFRE
Eles levantaram suspeita de pessoas que passavam no local. De acordo com testemunhas, um Focus prata com placas de Porto Alegre estava estacionado pró­ximo da agência. A Brigada Militar foi acionada para verificar a placa suspeita. “Recebemos a ligação e fomos confe­rir a placa, que não batia. É uma placa clonada. Batia em outro veículo, de ou­tra cor. Enquanto uma viatura seguia ao local para verificar, os bandidos ouviram a comunicação através dos rádios frequ­ências da BM, e percebendo que seriam pegos, iniciaram a fuga”, diz o tenente José Francisco Antônio Maria.
Ainda de acordo com ele, a ideia dos bandidos era roubar o dinheiro dos três caixas eletrônicos e ainda do cofre da agência. A ação deles teria durado de 10 a 15 minutos. “Felizmente conseguimos frustrar a ação dos bandidos e salvar as vítimas. Talvez a ideia deles fosse ren­der os clientes que também entrariam na agência depois das 10h, quando inicia o expediente externo”, completa ele. A ocorrência mobilizou as brigadas mili­tares de Dois Irmãos, Morro Reuter, Sa­piranga e Presidente Lucena.

Mãe e filha libertadas por volta das 10h
Os momentos de aflição de mãe e filha só acabaram por volta das 10h, quando elas finalmente conseguiram pedir socorro em uma chácara. De acordo com elas, o bandido teria mandado que elas ficassem ainda 40 minutos no local e só depois saíssem para pedir ajuda. Elas estavam com as mãos amarradas. As duas tiveram que caminhar cerca de 500 metros até achar socorro.

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