Um projeto está despertando o espírito empreendedor e cooperativo dos alunos das escolas de Morro Reuter, através do qual eles criam, administram e gerenciam uma cooperativa escolar. Através do programa União Faz a Vida, que já vem sendo realizado em outras escolas do município, o projeto de cooperativas escolares chegou esse ano à escola Edvino Bervian e tem como objetivo construir atitudes e valores de cooperação e cidadania, por meio de práticas de educação cooperativa. Para dar início ao projeto, foram convidados na escola estudantes das turmas de 6º a 9º ano, que toparam o desafio, se comprometeram, e agora estão colhendo os frutos (na verdade, o lucro) do seu esforço e dedicação.
Antes de fundarem a cooperativa, porém, além do esforço e da dedicação, os adolescentes participaram de um curso de formação em cooperativismo, no qual tiveram a oportunidade de se prepararem para gerir uma cooperativa. Atualmente, a Unibervian conta com 32 alunos associados. E cada um deles tem voz ativa na hora de tomar qualquer decisão relacionada a ela, desde a escolha do nome da mesma até a decisão de quais produtos serão confeccionados, seus valores e outros aspectos. São fuxicos, cofrinhos, marcadores de páginas... ideias não faltam para esses alunos, que contam com a colaboração um dos outros, e também dos pais, na hora de aprender a confeccionar os objetos. “O primeiro produto que começamos foi com o fuxico. Duas alunas sabiam fazê-lo, e foram ensinando para os outros colegas, multiplicando esse conhecimento”, relembra a professora Marileia dos Santos, orientadora da cooperativa escolar no local.
Ainda de acordo com ela, desde o início da atividade, é notável a mudança no comportamento desses jovens. “Eles estão mais maduros, responsáveis e com outra postura, principalmente se comparados a alunos que não fazem parte do projeto”, destaca Marileia. Para o estudante William Philippsen, presidente da cooperativa, esse tipo de iniciativa nas escolas, contribui também para a formação profissional dos estudantes que participam do projeto. “É um conhecimento que vamos levar para a vida toda, inclusive profissional, e que vai fazer a diferença no nosso currículo, quando entrarmos no mercado de trabalho”, completa William.
Com uma diretoria, e todos com funções definidas, os alunos já conseguiram juntar uma quantia significativa e, segundo a professora Marileia, 40% desse valor será utilizado em um passeio cultural, conforme prevê o estatuto da cooperativa, também elaborado pelos alunos, ou melhor, sócios.
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