Neste mês de junho, o SAMU – Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência de Dois Irmãos completou 4 anos de atuação. Desde então, a
equipe formada pelos Técnicos de Enfermagem Juliana Abegg, Dalva Maicá, Samuel
Peters e Gilberto Backes; pelos condutores Antônio do Amaral, Cleomar Volkweis
e Elvis Mineiro; e pela responsável técnica Marili Bittencourt, já realizou
mais de 3 mil atendimentos de urgência e emergência.
De acordo com Juliana, do total de atendimentos,
cerca de 80% são clínicos, e o que mais vem preocupando, principalmente nos
últimos tempos, é o número de pessoas jovens vítimas de paradas cardíacas, AVC
e convulsões, por exemplo. “São casos repentinos, de pessoas mais jovens, entre
40 e 45 anos, que não têm uma doença prévia”, explica Juliana.
A atuação do SAMU alcança os extremos. Vai da mais
pura felicidade à mais pura tristeza. Enquanto registrou o nascimento de duas
crianças ainda dentro da ambulância, e salvou a vida de um garoto graças a coragem
da equipe, também registrou momentos de tristeza, onde mesmo tendo investido
todas as forças, uma vida se perdeu. “É triste quando se investe e se perde,
mas é gratificante quando vê que a pessoa está bem”, diz Juliana. “Fazer o bem
sem olhar a quem’ Esta é a nossa função. Não necessitamos de parabéns,
necessitamos de respeito”, completa Cleomar, destacando que ‘cada atendimento é
uma nova história’. “Todos os atendimentos são marcantes. Quando recebemos um
chamado, saímos daqui com brevidade, pois não sabemos qual a real situação no
local. Saímos daqui sabendo que uma pessoa precisa de nós”, diz ele, lembrando
de um atendimento ocorrido no bairro Moinho Velho. “Revertemos uma PCR (Parada
Cardiorespiratória). Isso é muito difícil, e foi muito gratificante”, diz ele,
reforçando que é preciso acreditar em um final feliz até o fim. “Tivemos um
atendimento na BR-116 onde um padre chegou no local e, enquanto imobilizávamos
a vítima, ele começou a dar a extrema-unção. Onde já se viu isso? Não podemos perder a esperança”, conta
Cleomar.
A equipe ressalta ainda a
importância de, ao acionar o SAMU através do 192, saber informar, de fato, o
que aconteceu, e responder com clareza as perguntas feitas pela Central de
Regulação. “É a partir dessas informações que o médico entrará em contato
conosco e nos deslocará até o local”, finaliza Cleomar.
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