Moradores
de Dois Irmãos, Morro Reuter e de Campina das Missões deram início a uma
mobilização para tentar ajudar uma menina diagnosticada com leucemia aguda no
mês de abril. Júlia Spohr Viana tem 8 anos, faz sessões de quimioterapia e está
na fila de espera por um transplante de medula óssea. Ela mora com os pais,
Lisandra Spohr e Claudir Viana, ambos de 33 anos, e a irmã Flávia, de dois
meses, no Loteamento Encosta Verde, em Dois Irmãos.
Lisandra
conta que o câncer foi descoberto quando ela levou a filha ao médico por conta
de uma alergia avermelhada nos braços. Desde então, Júlia vem batalhando contra
a doença e tendo cuidados redobrados para que não fique com a imunidade baixa.
No último domingo, dia 26, ela foi internada no Hospital Santo Antônio, do
Complexo da Santa Casa, em Porto Alegre, para prosseguir com o tratamento. “É
importante mencionar que essas doações não servirão apenas para ajudar a minha
filha, mas sim, para todas as pessoas que estão na fila aguardando por um
doador compatível”, diz a mãe, ressaltando que esta é uma grande chance para
fazer o bem para o próximo.
Na
segunda-feira, dia 3, das 10h às 12h e das 13h30 às 15h, a Unidade Móvel do
Hemocentro de Porto Alegre estará na Praça do Imigrante, no Centro, para coletar
amostras de sangue na tentativa de identificar possíveis doadores de medula
óssea. A iniciativa foi organizada pela prefeitura, por meio da Secretaria de
Saúde, em parceria com a Fundação Assistencial de Dois Irmãos (FADI), que está
engajada na procura por doadores compatíveis para a menina Júlia. Ao todo,
serão disponibilizados 300 testes para as pessoas dispostas a fazerem sua
doação, sendo que o atendimento irá até o final das fichas.
CIDADE
MOBILIZADA
A prefeita Tânia da Silva salienta que essa
mobilização pode ajudar não apenas à menina Júlia, mas a um grande número de
pessoas por todo o Brasil que estão na fila aguardando por um transplante.
“Existe um cadastro único para doadores, e quanto mais pessoas se
disponibilizarem a ajudar, maior será número de possibilidades de que essas
pessoas possam encontrar um doador compatível”, afirma a prefeita.
A superintendente da FADI, Líxia Stoffel, que
esteve acompanhada da coordenadora da Unidade Educativa Bons Amigos, Maristela
Steffen Wickert, informa que a direção, funcionários e pais estão mobilizados
para ajudar Júlia, que foi aluna da instituição. “Até o momento já temos 80
pessoas que desejam ser doadoras, mas queremos incentivar que toda a comunidade
se mobilize. Quanto mais pessoas estiverem cadastradas, maiores são as chances
de quem está na fila de espera por um transplante”, lembra ela.
COMO
FUNCIONA
Inicialmente, a pessoa deve preencher a ficha
cadastral e assinar o Termo de Consentimento, que será detalhadamente explicado
a cada doador. Em seguida, os técnicos do Hemocentro farão a retirada de uma
amostra de sangue. Essa amostra vai identificar as características genéticas
necessárias para a compatibilidade entre doador e paciente. A chance de
encontrar uma medula compatível é, em média, de uma a cada 100 mil. Os
resultados são confidenciais e servem apenas para o Registro Nacional de
Doadores de Medula Óssea (REDOME). Não é necessário estar em jejum para a
coleta da amostra. Pessoas saudáveis entre 18 a 54 anos podem ser doadoras. São
retirados apenas 5 ml de sangue para o teste. Haverá uma equipe para auxiliar
as pessoas na hora de preencher o cadastro. É necessário que a pessoa
interessada em doar traga carteira de identidade.
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