Blog do Jornal Dois Irmãos


29 de jul. de 2015

HEMOCENTRO fará coleta de sangue para encontrar possíveis doadores de medula óssea em Dois Irmãos



Moradores de Dois Irmãos, Morro Reuter e de Campina das Missões deram início a uma mobilização para tentar ajudar uma menina diagnosticada com leucemia aguda no mês de abril. Júlia Spohr Viana tem 8 anos, faz sessões de quimioterapia e está na fila de espera por um transplante de medula óssea. Ela mora com os pais, Lisandra Spohr e Claudir Viana, ambos de 33 anos, e a irmã Flávia, de dois meses, no Loteamento Encosta Verde, em Dois Irmãos.
Lisandra conta que o câncer foi descoberto quando ela levou a filha ao médico por conta de uma alergia avermelhada nos braços. Desde então, Júlia vem batalhando contra a doença e tendo cuidados redobrados para que não fique com a imunidade baixa. No último domingo, dia 26, ela foi internada no Hospital Santo Antônio, do Complexo da Santa Casa, em Porto Alegre, para prosseguir com o tratamento. “É importante mencionar que essas doações não servirão apenas para ajudar a minha filha, mas sim, para todas as pessoas que estão na fila aguardando por um doador compatível”, diz a mãe, ressaltando que esta é uma grande chance para fazer o bem para o próximo.
Na segunda-feira, dia 3, das 10h às 12h e das 13h30 às 15h, a Unidade Móvel do Hemocentro de Porto Alegre estará na Praça do Imigrante, no Centro, para coletar amostras de sangue na tentativa de identificar possíveis doadores de medula óssea. A iniciativa foi organizada pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, em parceria com a Fundação Assistencial de Dois Irmãos (FADI), que está engajada na procura por doadores compatíveis para a menina Júlia. Ao todo, serão disponibilizados 300 testes para as pessoas dispostas a fazerem sua doação, sendo que o atendimento irá até o final das fichas.

CIDADE MOBILIZADA
A prefeita Tânia da Silva salienta que essa mobilização pode ajudar não apenas à menina Júlia, mas a um grande número de pessoas por todo o Brasil que estão na fila aguardando por um transplante. “Existe um cadastro único para doadores, e quanto mais pessoas se disponibilizarem a ajudar, maior será número de possibilidades de que essas pessoas possam encontrar um doador compatível”, afirma a prefeita.
A superintendente da FADI, Líxia Stoffel, que esteve acompanhada da coordenadora da Unidade Educativa Bons Amigos, Maristela Steffen Wickert, informa que a direção, funcionários e pais estão mobilizados para ajudar Júlia, que foi aluna da instituição. “Até o momento já temos 80 pessoas que desejam ser doadoras, mas queremos incentivar que toda a comunidade se mobilize. Quanto mais pessoas estiverem cadastradas, maiores são as chances de quem está na fila de espera por um transplante”, lembra ela.

COMO FUNCIONA

Inicialmente, a pessoa deve preencher a ficha cadastral e assinar o Termo de Consentimento, que será detalhadamente explicado a cada doador. Em seguida, os técnicos do Hemocentro farão a retirada de uma amostra de sangue. Essa amostra vai identificar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre doador e paciente. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma a cada 100 mil. Os resultados são confidenciais e servem apenas para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Não é necessário estar em jejum para a coleta da amostra. Pessoas saudáveis entre 18 a 54 anos podem ser doadoras. São retirados apenas 5 ml de sangue para o teste. Haverá uma equipe para auxiliar as pessoas na hora de preencher o cadastro. É necessário que a pessoa interessada em doar traga carteira de identidade.

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