Vereadores cobram ações no bairro Floresta

A oposição voltou a subir o tom das cobranças na sessão desta segunda-feira. A pauta principal da noite foi a falta de ações e obras no bairro Floresta / Vale Verde. Na última sexta-feira, dia 24, o Poder Legislativo realizou um encontro na Associação de Moradores do Vale Verde. Os pedidos da comunidade devem ser encaminhados na sessão da próxima semana.

Léo Büttenbender (PT) destacou algumas solicitações dos moradores:

- Entre os principais pedidos estão ônibus circular dentro do bairro, quebra-molas em alguns trechos da Rua Esteio, passeio público ao longo da Rua Affonso Wolf, mais segurança na pracinha do Vale Verde e uma solução para o problema da água que desce da BR-116 e atinge a Rua João Theobaldo Dapper, inundando as casas – enumerou.

Segundo Márcio Goldschmidt (PT), ficou acertado na reunião que será dado um prazo de três meses para que a prefeitura realize ações pontuais, como limpeza de bueiros, troca de lâmpadas e instalação de lombadas. Se nada for feito, os moradores querem um encontro com a prefeita, o vice-prefeito, todos os secretários municipais e vereadores.

- Tinha menos gente na reunião deste ano porque o pessoal está cansado de ser enrolado. Sempre prometem e nada acontece. O mais grave é que são coisas pequenas, simples de fazer. Se o município opta por não fazer obras no bairro, é uma questão de gestão. Mas essas coisas pequenas, que incidem no dia a dia da população, não podem ser deixadas de lado.

Eliane Becker (PP) afirmou que alguns serviços são feitos, mas admitiu que, diante do atual cenário econômico do país, o município é obrigado a fazer escolhas.

- A prioridade hoje é a saúde, além da manutenção da estrutura que está aí – comentou a progressista.

Pedidos não atendidos

Jair Quilin (PDT) não poupou a administração, dizendo que 99% dos pedidos encaminhados na reunião do ano passado no Vale Verde não foram atendidos.

- Não sei se é a comunidade que mente ou se é a prefeita (Tânia da Silva), mas acho que a população não mente. Veja o secretário de Obras (Carlos Arnold) mais nos bancos de que nos bairros. Aliás, as secretarias de Obras e de Serviços Urbanos estão uma bagunça, parece que não estão se respeitando, que até briga deu lá – disparou o pedetista.

Para Jailton Proença (PDT), a prefeitura deveria agradecer ao Poder Legislativo pela iniciativa de ir até os bairros e ouvir as demandas da comunidade.

- O Executivo está tendo uma grande oportunidade de atender a todos os bairros. São pedidos pequenos, mas importantes, que fazem a diferença no dia a dia das pessoas. A gente até dizia que o Miguel (Schwengber) perdeu a eleição porque fez as obras grandes e deixou de lado as pequenas. Até acredito que o município não tenha muitos recursos, mas com um Orçamento de R$ 60 milhões não podemos deixar de atender a comunidade nessas pequenas coisas.

Situação deplorável

Sérgio Fink (PTB) reforçou o coro da crise econômica no país:

- A gente lamenta que o país e o Estado estejam passando por uma situação tão deplorável em termos de recursos. São atrasos de repasses para todos os lados, e isso acaba afetando todos os municípios. Os programas criados pelo Governo do Estado e pela União, principalmente nas áreas de saúde e educação, são muito bons. O problema está nos repasses atrasados ou que não suprem o valor real da despesa, e o município se vê obrigado a cobrir essa diferença. Sorte que o povo de Dois Irmãos é ordeiro e cumpridor dos seus deveres.

Cobrança mais forte

Joracir Filipin (PT) reiterou que será dado prazo de três meses para a prefeitura atender aos pedidos dos moradores do bairro Floresta / Vale Verde.

- Se nada for feito depois de três meses, nós vamos tomar atitudes mais fortes – adiantou o presidente.

Ele também prometeu aumentar a cobrança a respeito de projetos aprovados pela Câmara de Vereadores e que ainda não saíram do papel.

- No começo do ano aprovamos o projeto para uma Academia de Saúde no bairro São João, e até agora a obra não aconteceu. A revitalização da praça do São João foi aprovada em fevereiro, mas também não saiu. O calçamento na Picada 48 foi aprovado em abril, e até agora nada. Se nós aprovamos aqui, tem que ser feito. Se existem problemas, nós podemos ajudar para liberar. Só não dá para esperar quatro, cinco, seis meses e nada acontecer.

Mais três reuniões nos bairros

Depois do encontro no Floresta / Vale Verde na última sexta-feira (foto), a Câmara de Vereadores terá mais três reuniões nos bairros nas próximas semanas. Os moradores das localidades do Vale Esquerdo e do Vale Direito terão a oportunidade de expor suas reivindicações no dia 7 de agosto. A reunião no Moinho Velho acontece no dia 21 de agosto. Falta definir apenas a data do encontro com a comunidade do Centro.