Blog do Jornal Dois Irmãos


20 de ago. de 2013

Grupos questionam horários e plano de prevenção a incêndio

O tenente Francisco Antônio Maria disse hoje que uma nova reunião será realizada na sexta-feira, às 17h30, no quartel. A reunião contará com a participação da BM, do Corpo de Bombeiros, de representantes dos grupos festivos e membros da Secretaria de Turismo.
“No Kerb não podem faltar os grupos festivos, o desfile e a segurança pública, mas tudo precisa ser avaliado. So­bre a questão do horário, principalmente, na sexta-feira vamos discutir os prós e os contras”, diz o tenente, des­tacando que a decisão será tomada também com base no que será possível fornecer de policiamento. “Vamos ter que contar com o apoio de efetivos de outras cidades. São três dias que a BM vive em função do Kerb. Nossos trabalhos iniciam na sexta, seguem no sábado, durante o dia, noite e madrugada, e assim até o domingo. Inclusive, no domingo, temos jogo em Novo Hamburgo, e policias da região terão que dar apoio também”, ressalta o co­mandante, fazendo um alerta aos grupos: “O horário pode até mudar, mas de quem será a responsabilidade caso aconteça algo dentro dos grupos? Se acontecer uma desgraça, uma pessoa ferida, passando mal ou brigas? Temos responsabilidade em relação a vida das pessoas”.
Mais uma vez, o comandante destaca que, além da segurança dos grupos, a Brigada Militar precisa ga­rantir a segurança de toda a comunidade. “Precisamos garantir a segurança de quem está no kerb, nos grupos e das pessoas que estão nas suas casas”, conclui o tenente.
As regras estabelecidas para o Kerb de São Miguel estão dan­do o que falar na cidade. A mais polêmica diz respeito ao horário em que os grupos festivos podem distribuir chope e manter o som ligado: sábado das 10h às 19h30 e domingo das 10h às 18h.
Outra determinação bastan­te questionada pelos grupos é o Plano de Prevenção de Combate a Incêndio (PPCI), que deve ser elaborado por empresas especia­lizadas e encaminhado ao Corpo de Bombeiros para liberação.
Ontem à noite, representantes de grupos festivos se reuniram com os vereadores, na Câmara, para pedir que o Poder Legis­lativo interceda junto às autoridades competentes. O presidente Jair Quilin disse que procuraria o tenente Francisco Antônio Maria para falar sobre a situação. “A Brigada Militar (BM) não deve ficar determinando ho­rário. Temos diversas festas em outras cidades da região, e a BM não fica determinando isso. Eles precisam é dar se­gurança. Dois Irmãos tem uma festa por ano e a BM não tem capacidade para dar segurança?”, questionou ele.
EXIGIR PPCI É ABSURDO
Para Diego Petry, integrante +1 Clube Festivo, o ho­rário deve ser revisto. “A sugestão é estender uma hora a mais em cada dia, no mínimo, para desligar o som, e com meia hora de tolerância para dispersar o pessoal. Por exemplo: sábado até as 20h30 o som e o fechamento do grupo às 21h. No domingo até as 19h30 o som e o fe­chamento do grupo às 20h, para dar tempo de dispersar o pessoal e fechar tudo”, comenta. A questão do PPCI é considerada inviável. “É um absurdo por se tratar de local aberto. Como será feita a vistoria e a liberação de um dia para o outro se as estruturas são montadas de sexta para sábado? Vai ter fiscalização da noite para o dia? Um PPCI custa caro e demora para ser feito. O que podemos garantir é a colocação de extintores de incêndio e seguranças, como já é feito todo ano”, afirma Diego.
Bruno Vicente Bender, do Bullets United, lembra que os grupos investem pesado na festa. “Acredito que a Brigada Militar tenha suas razões para estabelecer este horário, mas os grupos não concordam em razão do tra­balho e dos altos valores envolvidos no evento, que ocorre apenas uma vez por ano em Dois Irmãos. Sobre o PPCI, é algo que não fará diferença alguma num local aberto, onde uma multidão assustada não será controlada, pois todos se direcionam para somente um local, a saída. E to­dos os grupos têm apenas uma entrada e saída”, diz ele.
FORÇA DA TRADIÇÃO
Diego também destaca a força da tradição do Kerb de São Miguel em Dois Irmãos e região. “Muitos dos que reclamam da barulheira e do horário, estarão pulan­do junto ou terão seus filhos lá. Kerb é uma vez por ano e não dói nada para ninguém ter bom senso. Não quere­mos ir contra nenhuma autoridade, nem fazer baderna. Queremos apenas que as autoridades e a população te­nham bom senso com os grupos por se tratar de um even­to que é uma vez por ano”, completa o integrante do +1.
A princípio, BM determinou das 10h às 19h30 sábado e das 10h ás 18h domingo

“O estranho é os horários só valem para os grupos”

Lucas Argenta Neves, presidente do grupo São Bei Kerb, questiona os horários da programação oficial. “Entendemos que alguns pouquíssimos grupos desres­peitaram o horário estabelecido no ano passado, mas estes receberam multas que deixaram clara a rigidez da BM, e acreditamos que não haverá reincidência. O estranho é que os horários só valem para os gru­pos, visto que os shows disponibilizados pela prefei­tura nunca sofreram as mesmas limitações”, diz ele, que também destaca investimento feito pelo grupo. “De que adianta, então, correr atrás de lugar, de som, de patrocinadores, camisetas, canecos e tudo o que for possível? Investir tempo e muito dinheiro, tentando dar uma festa boa para os nossos amigos, se depois os órgãos públicos simplesmente impõem mais e mais barreiras para estragar o que construímos?”, conclui.

 Sexta tem reunião na Brigada Militar
O tenente Francisco Antônio Maria disse hoje que uma nova reunião será realizada na sexta-feira, às 17h30, no quartel. A reunião contará com a participação da BM, do Corpo de Bombeiros, de representantes dos grupos festivos e membros da Secretaria de Turismo.
“No Kerb não podem faltar os grupos festivos, o desfile e a segurança pública, mas tudo precisa ser avaliado. So­bre a questão do horário, principalmente, na sexta-feira vamos discutir os prós e os contras”, diz o tenente, des­tacando que a decisão será tomada também com base no que será possível fornecer de policiamento. “Vamos ter que contar com o apoio de efetivos de outras cidades. São três dias que a BM vive em função do Kerb. Nossos trabalhos iniciam na sexta, seguem no sábado, durante o dia, noite e madrugada, e assim até o domingo. Inclusive, no domingo, temos jogo em Novo Hamburgo, e policias da região terão que dar apoio também”, ressalta o co­mandante, fazendo um alerta aos grupos: “O horário pode até mudar, mas de quem será a responsabilidade caso aconteça algo dentro dos grupos? Se acontecer uma desgraça, uma pessoa ferida, passando mal ou brigas? Temos responsabilidade em relação a vida das pessoas”.
Mais uma vez, o comandante destaca que, além da segurança dos grupos, a Brigada Militar precisa ga­rantir a segurança de toda a comunidade. “Precisamos garantir a segurança de quem está no kerb, nos grupos e das pessoas que estão nas suas casas”, conclui o tenente.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário