O tenente Francisco Antônio Maria disse hoje que uma
nova reunião será realizada na sexta-feira, às 17h30, no quartel. A reunião
contará com a participação da BM, do Corpo de Bombeiros, de representantes dos
grupos festivos e membros da Secretaria de Turismo.
“No Kerb não podem faltar os grupos
festivos, o desfile e a segurança pública, mas tudo precisa ser avaliado. Sobre
a questão do horário, principalmente, na sexta-feira vamos discutir os prós e
os contras”, diz o tenente, destacando que a decisão será tomada também
com base no que será possível fornecer de policiamento. “Vamos ter que
contar com o apoio de efetivos de outras cidades. São três dias que a BM vive
em função do Kerb. Nossos trabalhos iniciam na sexta, seguem no sábado, durante
o dia, noite e madrugada, e assim até o domingo. Inclusive, no domingo, temos
jogo em Novo Hamburgo, e policias da região terão que dar apoio também”,
ressalta o comandante, fazendo um alerta aos grupos: “O horário pode até
mudar, mas de quem será a responsabilidade caso aconteça algo dentro dos
grupos? Se acontecer uma desgraça, uma pessoa ferida, passando mal ou brigas?
Temos responsabilidade em relação a vida das pessoas”.
Mais uma vez, o comandante destaca que, além da
segurança dos grupos, a Brigada Militar precisa garantir a segurança de toda a
comunidade. “Precisamos garantir a segurança de quem está no kerb, nos
grupos e das pessoas que estão nas suas casas”, conclui o tenente.
As regras estabelecidas para o Kerb
de São Miguel estão dando o que falar na cidade. A mais polêmica diz respeito
ao horário em que os grupos festivos podem distribuir chope e manter o som
ligado: sábado das 10h às 19h30 e domingo das 10h às 18h.
Outra determinação bastante
questionada pelos grupos é o Plano de Prevenção de Combate a Incêndio (PPCI),
que deve ser elaborado por empresas especializadas e encaminhado ao Corpo de
Bombeiros para liberação.
Ontem à noite, representantes de
grupos festivos se reuniram com os vereadores, na Câmara, para pedir que o
Poder Legislativo interceda junto às autoridades competentes. O presidente
Jair Quilin disse que procuraria o tenente Francisco Antônio Maria para falar
sobre a situação. “A Brigada Militar (BM) não deve ficar determinando horário.
Temos diversas festas em outras cidades da região, e a BM não fica determinando
isso. Eles precisam é dar segurança. Dois Irmãos tem uma festa por ano e a BM
não tem capacidade para dar segurança?”, questionou ele.
EXIGIR PPCI É ABSURDO
Para Diego Petry, integrante +1 Clube
Festivo, o horário deve ser revisto. “A sugestão é estender uma hora a mais
em cada dia, no mínimo, para desligar o som, e com meia hora de tolerância para
dispersar o pessoal. Por exemplo: sábado até as 20h30 o som e o fechamento do
grupo às 21h. No domingo até as 19h30 o som e o fechamento do grupo às 20h,
para dar tempo de dispersar o pessoal e fechar tudo”, comenta. A questão do
PPCI é considerada inviável. “É um absurdo por se tratar de local aberto.
Como será feita a vistoria e a liberação de um dia para o outro se as
estruturas são montadas de sexta para sábado? Vai ter fiscalização da noite
para o dia? Um PPCI custa caro e demora para ser feito. O que podemos garantir
é a colocação de extintores de incêndio e seguranças, como já é feito todo
ano”, afirma Diego.
Bruno Vicente Bender, do Bullets United, lembra que os
grupos investem pesado na festa. “Acredito que a Brigada Militar tenha suas
razões para estabelecer este horário, mas os grupos não concordam em razão do
trabalho e dos altos valores envolvidos no evento, que ocorre apenas uma vez
por ano em Dois Irmãos. Sobre o PPCI, é algo que não fará diferença alguma num
local aberto, onde uma multidão assustada não será controlada, pois todos se
direcionam para somente um local, a saída. E todos os grupos têm apenas uma
entrada e saída”, diz ele.
FORÇA DA TRADIÇÃO
Diego também destaca a força da tradição do Kerb de
São Miguel em Dois Irmãos e região. “Muitos dos que reclamam da barulheira e
do horário, estarão pulando junto ou terão seus filhos lá. Kerb é uma vez por
ano e não dói nada para ninguém ter bom senso. Não queremos ir contra nenhuma
autoridade, nem fazer baderna. Queremos apenas que as autoridades e a população
tenham bom senso com os grupos por se tratar de um evento que é uma vez por
ano”, completa o integrante do +1.
A princípio, BM determinou das 10h às
19h30 sábado e das 10h ás 18h domingo
“O estranho
é os horários só valem para os grupos”
Lucas Argenta
Neves, presidente do grupo São Bei Kerb, questiona os horários da programação
oficial. “Entendemos que alguns pouquíssimos grupos desrespeitaram o
horário estabelecido no ano passado, mas estes receberam multas que deixaram
clara a rigidez da BM, e acreditamos que não haverá reincidência. O estranho é
que os horários só valem para os grupos, visto que os shows disponibilizados
pela prefeitura nunca sofreram as mesmas limitações”, diz ele, que também
destaca investimento feito pelo grupo. “De que adianta, então, correr atrás
de lugar, de som, de patrocinadores, camisetas, canecos e tudo o que for
possível? Investir tempo e muito dinheiro, tentando dar uma festa boa para os
nossos amigos, se depois os órgãos públicos simplesmente impõem mais e mais
barreiras para estragar o que construímos?”, conclui.
Sexta
tem reunião na Brigada Militar
O tenente Francisco Antônio Maria disse hoje que uma nova reunião será
realizada na sexta-feira, às 17h30, no quartel. A reunião contará com a
participação da BM, do Corpo de Bombeiros, de representantes dos grupos
festivos e membros da Secretaria de Turismo.
“No Kerb não podem faltar os grupos festivos, o
desfile e a segurança pública, mas tudo precisa ser avaliado. Sobre a questão
do horário, principalmente, na sexta-feira vamos discutir os prós e os
contras”, diz o
tenente, destacando que a decisão será tomada também com base no que será
possível fornecer de policiamento. “Vamos ter que contar com o apoio de
efetivos de outras cidades. São três dias que a BM vive em função do Kerb.
Nossos trabalhos iniciam na sexta, seguem no sábado, durante o dia, noite e
madrugada, e assim até o domingo. Inclusive, no domingo, temos jogo em Novo
Hamburgo, e policias da região terão que dar apoio também”, ressalta o comandante,
fazendo um alerta aos grupos: “O horário pode até mudar, mas de quem será a
responsabilidade caso aconteça algo dentro dos grupos? Se acontecer uma
desgraça, uma pessoa ferida, passando mal ou brigas? Temos responsabilidade em
relação a vida das pessoas”.
Mais uma vez, o comandante destaca que, além da
segurança dos grupos, a Brigada Militar precisa garantir a segurança de toda a
comunidade. “Precisamos garantir a segurança de quem está no kerb, nos
grupos e das pessoas que estão nas suas casas”, conclui o tenente.
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